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Diante de cenário global duvidoso, Brasil se firma como boa aposta entre emergentes; ouça o novo episódio do Market Makers

Foto da fachada do Banco Central; servidores finalizam greve

Fachada da sede do Banco Central do Brasil, em Brasília

Ainda que o cenário global traga cada dia mais incerteza aos investidores, dados os riscos envolvendo a economia dos Estados Unidos e a guerra na Ucrânia, o Brasil conta com fatores que podem fazer do país um refúgio para os próximos meses.

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Recentemente, o Federal Reserve (Fed) indicou que os juros da economia americana terão de subir acima do que o mercado esperava, aumentando as chances de uma recessão na maior economia do mundo.

Isso, sem dúvida, deve castigar os países emergentes. O Brasil, porém, desponta como um possível sobrevivente desse aperto monetário, já que o nosso ciclo de alta de juros começou bem antes na comparação com outros bancos centrais. Ao fazer a lição de casa antes, a tendência é que a economia local saia mais fortalecida do período.

Esse foi um dos pontos discutidos no episódio #16 do Market Makers desta semana. Desta vez, Thiago Salomão e Renato Santiago bateram um papo com um figura conhecida, mas ainda misteriosa e que não revela sua real identidade — o Tio Ricco, que conta com quase 300 mil seguidores no Instagram. Ele também comanda o podcast "Muito Risco, Pouco Ego" ao lado de Daniel Zukerman, abordando temas como oportunidades de investimento e cenário macroeconômico.

"A gente tem de aproveitar, já que o Brasil apanhou nos últimos dois anos, e acompanhar essa maturação do mercado de capitais. Temos uma renda fixa que está em 13,75%, mas a curva de juros está fechando. Então, eu acredito que para ganhar um pouquinho mais de alfa, [o investidor] precisa olhar para países emergentes começando pelo Brasil", afirma o Tio Ricco.

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Para ele, os próximos anos tendem a ser de equilíbrio na taxa de juros, sem um número alto como visto hoje mas que também não chegará aos 2% vistos há poucos anos.

Para ele, o quadro no exterior se deteriora em diversas frentes, o que justificaria alocação no Brasil: na Europa, todos os países do bloco se preocupam com o fornecimento de energia e sofrem os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Nos Estados Unidos, ainda é um mistério o rumo da taxa de juros e não há certeza sobre a dimensão de uma possível recessão. Já a China enfrenta uma crise imobiliária e passará em breve pelo Congresso do Partido Comunista, que estabelece uma agenda política para o país.

Você pode conferir o episódio na íntegra logo abaixo:

Eleição no Brasil

O assunto eleição no Brasil não ficou de fora, claro. Um dos pontos destacados como algo que traz tranquilidade ao mercado é de que haverá espaço para uma pressão em busca de mais reformas econômicas. Afinal, com a atuação formação do Congresso, as pautas liberais ganharam mais força, ainda que o resultado das urnas traga um governo mais alinhado à esquerda em caso de uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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"Não acho que se o Lula entrar vai haver uma grande ruptura", afirma o Tio Ricco.

Com anos de experiência no mercado e já tendo visto todo tipo de alinhamento ideológico ocupando a Presidência, ele tem a ponderação típica de quem já viu de tudo e hoje diz se preocupar mais com os ministros que tocarão cada pasta, especialmente a da Economia.

Um dos maiores desafios de quem estiver na presidência pelos próximos quatro anos, diz Tio Ricco, é garantir a responsabilidade fiscal do Brasil com respeito ao teto de gastos.

Também dá para assistir ao podcast no YouTube:

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