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Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
LUCRO NA DOR?

Enquanto alguns perderam dinheiro com a FTX, quem comprou tokens de carteiras digitais se deu bem: veja as criptomoedas que dispararam 90%

O Trust Wallet Token (TWT), o utility token da carteira de criptomoedas descentralizada Trust Wallet, disparou 81,40% em uma semana

Camille Lima
Camille Lima
17 de novembro de 2022
13:23 - atualizado às 23:46
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Imagem: Pixabay

Nunca é fácil assistir à queda de um titã — muito menos quando sua decadência parece levar um mercado inteiro junto com ela. A derrocada da FTX instaurou um verdadeiro mar vermelho no universo das criptomoedas, com tensões crescentes rondando as operações de outras exchanges

Porém, como em todos os aspectos da vida, há quem encontre oportunidade na dificuldade — e os ganhos foram robustos, devo dizer.

O principal exemplo foi o Trust Wallet Token (TWT), que disparou 81,40% em uma semana enquanto o mercado de ativos digitais em maioria ainda se recuperava lentamente das duras perdas acumuladas no período.

Nas máximas da semana, a criptomoeda chegou a dar um salto de mais de 100%.

Por volta das 12h35, o bitcoin (BTC), por exemplo, acumula baixa de 5,08% em sete dias, acompanhado pelo ethereum (ETH), que recua 8,03% no mesmo período.

O TWT funciona como um utility token — um ativo que representa o acesso a um produto ou serviço — para a carteira de criptomoedas (wallet) descentralizada Trust Wallet, que permite que os usuários controlem totalmente os próprios fundos. Esse tipo de token viabiliza, entre outras coisas, o acesso a benefícios dentro do próprio app da carteira.

A janela de oportunidade do token se abriu no momento em que os investidores tiveram a confiança abalada após a quebra da segunda maior corretora de criptomoedas do mundo, e passaram a retirar seus fundos das exchanges.

De acordo com dados da plataforma de análise Glassnode, os investidores de criptomoedas retiraram em torno de US$ 3 bilhões em bitcoins na semana encerrada em 13 de novembro — o maior volume desde abril do ano passado.

Já segundo informações do site Coinglass, o saldo de bitcoin nas exchanges centralizadas caiu em torno de 10% desde o dia 07 de novembro, ao passar de 2,1 milhões para os atuais 1,89 milhão. 

Assim, o apetite por carteiras de autocustódia, como é o caso da Trust Wallet, passou a crescer entre quem investe em ativos digitais.

A Binance e as carteiras descentralizadas 

Não bastasse o simples fato de a Trust Wallet servir como alternativa às corretoras cripto centralizadas, o apoio do CEO da Binance, Changpeng ‘CZ’ Zhao, à wallet renovou a aceitação dos investidores de criptomoedas ao token, impulsionando seus ganhos recentes.

O executivo foi ao Twitter conversar com quem utiliza exchanges centralizadas ou carteiras de autocustódia.

“A autocustódia é um direito humano fundamental. Você é livre para fazê-lo a qualquer momento. Apenas certifique-se de fazê-lo direito. Recomendo começar com pequenas quantidades para aprender as tecnologias/ferramentas primeiro. Erros aqui podem custar muito caro”, disse CZ.

Em outro tweet no fio da rede social, o CEO da Binance mencionou a Trust Wallet com a frase “suas chaves, suas moedas”. Após a publicação, o token TWT disparou 39% em relação ao dia anterior na máxima do dia.

As “chaves” citadas por CZ são nada mais do que a origem do endereço das carteiras de criptomoedas — a informação mais sensível e necessária para realizar transações com ativos digitais. 

Isso porque qualquer pessoa que possua acesso às chaves poderia movimentar a carteira — no caso das exchanges, a custódia dessas informações sensíveis está em poder da corretora, o que permite que a empresa realize transações em nome do usuário.

“Os investidores entendem que, com a quebra da FTX, esses tokens podem se valorizar, mas, no longo prazo, isso não reflete uma verdade, visto que esses tokens não capturam receita ou qualquer valor das empresas e plataformas”, destacou Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Cripto.

“A disparada na venda de wallets acontece pela desconfiança que agora paira sobre todas as corretoras de cripto. Os investidores estão procurando um lugar seguro para manter seus ativos e, no momento, estão migrando para custódia própria em wallets”, explicou o analista.

A busca por carteiras físicas de criptomoedas

O apoio às corretoras de criptomoedas descentralizadas (DEX) e à autocustódia não veio apenas do CEO da Binance, porém: o cofundador da exchange Polygon, Sandeep Nailwal, o criador da Shapeshift, Erik Vorhees, e a corretora Uniswap também deram seus votos de confiança nos últimos dias.

O movimento de migração das exchanges centralizadas para descentralizadas não impulsionou apenas as cotações do token da Trust Wallet. O SafePal (SFP) subiu 92,1% na última semana.

A busca por carteiras físicas (as chamadas cold wallets), como a Ledger e a Trezor também disparou desde a crise da corretora FTX. 

Os fundadores destas wallets registraram um aumento nas vendas no período, enquanto os investidores de criptomoedas buscam soluções para manter seus ativos em segurança.

“A semana passada foi a semana de vendas mais alta da história da Ledger. Domingo foi nosso maior dia de vendas de todos os tempos. Até segunda-feira, quando batemos nosso recorde novamente”, disse o CEO da Ledger, Pascal Gauthier, por e-mail ao Decrypt.

As carteiras de criptomoedas físicas armazenam as chaves privadas dos usuários de modo offline — ao contrário das carteiras de software, que estão sujeitas a ataques hacker. Vale destacar, porém, que as cold wallets também possuem suas vulnerabilidades, e já foram alvo de ataques de phishing.

“A mensagem é clara: as pessoas estão percebendo que devemos voltar à descentralização e à autocustódia. ‘Não são suas chaves, não são suas moedas’. Um ditado tão antigo quanto a própria criptomoeda, mas nunca foi tão relevante”, encerrou Pascal.

*Com informações de Cointelegraph e Decrypt

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