Hack na Binance: invasão da blockchain da corretora drenou US$ 100 milhões; investimentos dos usuários estão seguros? Entenda
No plano de contenção de danos, a Binance pretende recompensar “hackers do bem” que encontrarem futuros bugs na rede
Os investidores em criptomoedas acordaram com uma notícia difícil de digerir nesta sexta-feira (07). Uma invasão de hackers drenou cerca de US$ 100 milhões da BNB Smart Chain (BSC), blockchain que hospeda a criptomoeda BNB (BNB) e é ligada à Binance.
A maior corretora de criptomoedas (exchange) do mundo emitiu uma nota oficial por meio das redes sociais da BSC.
Com isso, a BNB Smart Chain foi retirada do ar por algum tempo, mas já retoma pouco a pouco as atividades. Até a conclusão desta matéria, US$ 7 milhões dos fundos roubados já haviam sido bloqueados pela rede.
Mesmo assim, o token (criptomoeda) da Binance, o BNB (BNB), opera em queda de 3,75%, negociado a US$ 284,45 hoje.
Os investimentos na Binance estão seguros?
Segundo o próprio CEO da Binance, Changpeng Zhao, conhecido como CZ, os fundos dos investidores estão seguros. Em uma sequência de postagens no Twitter, o chefe da corretora pediu desculpas pelo ocorrido.
“O problema está controlado por agora. Suas poupanças estão seguras. Pedimos desculpas pelo inconveniente e forneceremos mais atualizações de acordo”, escreveu CZ.
Ainda, o CEO da Binance tentou minimizar o impacto do hack para seus seguidores. “A estimativa de impacto atual é de cerca de US$ 100 milhões equivalentes, cerca de um quarto da última queima [burn ou destruição] de BNB”.
O burn de criptomoedas serve para controlar a emissão de um ativo e torná-lo escasso, permitindo assim que seja usado como reserva de valor. Grosso modo, são moedas “jogadas no lixo” e destruídas.
Como ocorreu o hack
Não é de hoje que as pontes (bridges) são pontos frágeis entre as blockchains. Não poderia ser diferente mesmo em uma rede sólida como a da Binance.
A BSC faz a ponte entre a BNB Beacon Chain (BEP2) e a BNB Chain (BEP20 ou BSC), e foi exatamente aí que aconteceu o ataque.
Diferentemente do que alguns integrantes do mercado cripto gostam de afirmar — que manter seus tokens em exchanges é mais inseguro do que em carteiras (wallets) —, esse tipo de ataque às pontes pode acontecer em qualquer blockchain.
Até o momento, a Binance afirma que “boa parte dos fundos atacados ainda está sob custódia da exchange”, sem dar maiores detalhes.
Próximos passos da Binance contra o hack
Ainda de acordo com a nota da corretora, haverá uma votação de governança on-chain para decidir as medidas a serem tomadas pela comunidade em prol do BNB. São Elas:
- O que fazer com os fundos hackeados? Congelar ou não congelar os tokens na rede?
- Usar o BNB Auto-Burn para cobrir os fundos não roubados como medida de segurança ou não?
- Fazer um programa para beneficiar hackers “do bem” (no jargão do universo da programação, chamados de whitehat hackers ou simplesmente whitehats) para recompensar quem encontrar possíveis falhas (bugs) na rede — no valor de US$ 1 milhão para cada problema significativo encontrado?
- Uma recompensa por capturar hackers “do mal” de até 10% dos fundos recuperados?
As medidas devem ser votadas nos próximos dias pelo corpo de validadores da BSC.
Responsável pela crise da Terra (LUNA), a criptomoeda que virou pó, leva multa de até US$ 5,3 bilhões da SEC
A CVM nos Estados Unidos exige o pagamento de multa pelo calote aos investidores do protocolo Terra (LUNA) e outras ações civis
Após o halving, um protocolo ‘surge’ para revolucionar o bitcoin (BTC): entenda o impacto do protocolo Runes
Sim, o halving aconteceu, mas não é essa atualização que vamos falar hoje, mas sim uma atualização que mudou a história da rede
Após halving, bitcoin (BTC) sobe e toca US$ 66 mil, mas ainda não mostrou “tudo” para 2024
Os analistas da Kaiko, empresa especializada em research de criptomoedas, enxergam que o “efeito halving” deve acontecer dentro de alguns meses
Halving do bitcoin (BTC) aconteceu! Mas… E agora? Veja o que analistas esperam da criptomoeda agora que emissão foi cortada
Nesta sexta-feira (19), o evento aconteceu mais uma vez. A recompensa dos mineradores por bloco de bitcoin caiu pela metade — de 6,25 BTCs para 3,125 BTCs
Recuo antes do tsunami: bitcoin (BTC) se aproxima dos US$ 60 mil antes do evento que pode fazer criptomoeda disparar 150%
As atenções se voltam para o halving, quando a recompensa pela mineração da criptomoeda cai pela metade
O que a guerra no Oriente Médio significa para o bitcoin (BTC)? E quais criptoativos devem se sair bem logo após o halving?
O susto da guerra foi um gatilho de volatilidade que fez com que os preços do bitcoin e das altcoins corrigissem com força. Mas isso abriu uma oportunidade de compra
Bitcoin (BTC) cai e atinge menor nível em quase um mês — mesmo depois de uma ótima notícia para o mercado de criptomoedas
A maior moeda digital do planeta é um ativo sensível às variações macroeconômicas e as tensões internacionais não facilitam
Bitcoin (BTC) despenca: aumento da tensão no Oriente Médio cria ‘flash crash’ no mercado de criptomoedas; entenda
Depois do avanço de drones e mísseis balísticos sobre o território israelense, o mercado de criptomoedas reduziu a queda, mas segue pressionado
Por que o bitcoin (BTC) zerou os ganhos da semana faltando menos de 7 dias para o halving? Criptomoedas caem até 13% no período
Nos últimos dias, o mercado financeiro tradicional avaliou que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) só deve cortar os juros do país em setembro
Briga entre Elon Musk e Alexandre de Moraes faz criptomoeda disparar mais de 9.500% em menos de uma semana
A moeda-meme foi criada por internautas no último domingo (7) — e já se valorizou 9.550% em três dias de lançamento
Leia Também
Mais lidas
-
1
Órfão das LCI e LCA? Banco indica 9 títulos isentos de imposto de renda que rendem mais que o CDI e o Tesouro IPCA+
-
2
Após o halving, um protocolo 'surge' para revolucionar o bitcoin (BTC): entenda o impacto do protocolo Runes
-
3
Adeus, dólar: Com sanções de volta, Venezuela planeja usar criptomoedas para negociar petróleo