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O mercado de juros futuros não mente: crescimento econômico e alívio da inflação despontam no horizonte

Montagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), com chapéu de aviador olhando sorrindo para o lado

O comandante do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto: a aeronave do Copom vai mudando a rota da Selic, apertando cada vez mais os juros

Hoje tivemos o resultado do IPCA-15, com avanço dos preços em 1,73% em abril frente ao mês anterior, acima do observado em março, quando a taxa avançou 0,95%.

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Porém, o resultado, abaixo do esperado pelo mercado (1,84%), o que a princípio pode soar como positivo, veio com avanço da difusão, que passou de 74,6% para 79,5%, ou seja, houve uma maior abrangência das altas de preços entre os itens da cesta de inflação - e sem dúvida isso é ruim.

Mas não foi a esse cenário, ruim, que o mercado de juros futuros reagiu.

O que foi observado imediatamente nos DIs, o mercado que nunca mente, foi uma queda nas expectativas de juros entre os vencimentos mais curtos, como o para janeiro de 2023, bem abaixo dos 13% até então observados, até os mais longos e a explicação está nos fatos que ocorreram nos últimos quinze dias assim como nos impactos macroeconômicos no âmbito internacional que poderemos observar nos próximos meses.

Pressão inflacionária diminui

O primeiro fato positivo é a desinflação dos preços observada nos indicadores de inflação semanal, como o IPC-S, cuja taxa para alimentação e transportes, com destaque para o preço dos combustíveis, vem perdendo força ao longo das últimas semanas.

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Já um segundo fato, não observado no IPCA-15 de abril, foi o impacto na mudança tarifária para a bandeira verde de energia elétrica, que passou a valer no dia 16 de abril. Por fim, os impactos do lockdown da China tendem a deflacionar as commodities, ainda que no curto prazo, mas que surtirão efeitos para o processo de desinflação no país.

Assim, o que todo esse conjunto de informação traz para o investidor é o aumento da probabilidade de que a taxa terminal da Selic esteja próxima, trazendo um melhor cenário para os ativos de risco, como os da bolsa.

Fim do ciclo de alta de juros está próximo

Em outras palavras, as menores pressões inflacionárias remetem que os juros a 12,75% ao ano (patamar previsto para a próxima quarta-feira na reunião do Copom) poderá ser suficiente para ancorar as expectativas de inflação para a meta dos próximos anos.

Por fim, a possível manutenção da Selic nos próximos meses e os fundamentos que levam para um processo de desinflação, corroboram para as expectativas positivas quanto ao crescimento econômico, já que melhora o consumo das famílias assim como a retomada de investimento pelas empresas.

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Além disso, com a continuidade desse cenário, a possibilidade de observarmos a primeira queda na Selic já começa a se tornar realidade nos últimos meses do ano.

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