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Esquenta dos mercados: Investidores aguardam detalhes sobre ‘cenário alternativo’ na Ata do Copom de hoje, enquanto bolsas internacionais digerem falas de Jerome Powell de ontem e outros destaques do dia

Placa do Banco Central do Brasil (BC), autoridade monetária que conduz as reuniões do Copom para a decisão da Selic

A manhã desta terça-feira (22) começa com um cenário parecido com o dos últimos dias: os investidores se agarram a quaisquer novas notícias sobre a paz entre Rússia e Ucrânia e as bolsas por lá voltam a subir antes da abertura do Ibovespa por aqui. Ontem (21), o destaque foi o dólar, que fechou abaixo dos R$ 5 pela primeira vez em 9 meses. 

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Já o Ibovespa conseguiu se sustentar nos 116 mil pontos e encerrou a sessão do primeiro dia da semana aos 116.154 pontos, o que representa uma alta de 0,73%. 

Quem sustenta a alta na Europa na manhã desta terça são os papéis dos bancos e das empresas ligadas ao setor de energia — principalmente as que dependem do petróleo, que é negociado na casa dos US$ 114 o barril. 

Na Ásia, o protagonista foi o setor de tecnologia. As bolsas por lá fecharam em alta devido ao avanço da gigante do comércio eletrônico chinês Alibaba ampliar o plano de recompra de ações

Saiba o que deve movimentar as bolsas, o dólar e o Ibovespa hoje:

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Powell, o ‘gavião’ do Banco Central americano

Na tarde da última segunda-feira, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que está disposto a acelerar o ritmo do aperto monetário. Em outras palavras, as próximas reuniões do Fomc, o Copom americano, devem ser usadas para aumentar os juros com uma intensidade maior do que a esperada. 

Em seu último encontro na semana passada, o maior Banco Central do mundo elevou os juros em 0,25 ponto porcentual, para a faixa de 0,25% e 0,50%, como são calculados por lá. 

Para o próximo encontro, Powell deixou em aberto uma nova alta de 25 pontos-base “se houver uma clara necessidade”, nas palavras dele.

Vale destacar que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou a pouco menos de um mês, o que pode criar cenários alternativos para as autoridades monetárias pelo mundo.

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Bolsa de olho no Banco Central brasileiro

Por falar em cenários alternativos, o investidor local busca novas pistas sobre o que a autoridade monetária brasileira quis dizer com a adoção de um “cenário alternativo” na projeção para a inflação.

Ainda hoje deve ser divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Enquanto isso, analistas especulam o que o BC quis dizer com “cenário alternativo” da inflação — e se isso quer dizer que o ritmo do aperto monetário deve diminuir na próxima reunião do Comitê.

Investidor em bolsa: de olho nas contas públicas

Por fim, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 1º Bimestre de 2022 permanece no radar do dia.

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Como pano de fundo, a renúncia fiscal de cerca de R$ 1 bilhão para importação de etanol, alimentos e alguns bens de informática relembram velhos temores do mercado: o desrespeito às contas públicas cobra seu preço no longo prazo.

O Ministério da Economia confirmou na noite de ontem que a medida reduzirá à zero os impostos de alguns itens da cesta básica, entre eles o café moído, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja.

Na ponta do lápis

Diferentemente de outras renúncias, a redução desses impostos não precisa seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige uma compensação de receitas, por se tratar de um tributo regulatório. 

A medida visa amenizar a pressão inflacionária dos últimos meses. No entanto, ela vem na esteira de uma série de renúncias fiscais do Palácio do Planalto, que também busca aprovar medidas para reduzir o preço dos combustíveis. 

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Por mais benéficas que a redução de preços possa ser, essas medidas também podem ter caráter populista, tendo em vista a proximidade das eleições e a desaprovação da renúncia discal por parte de diversas entidades em meio a um Orçamento já apertado. 

Agenda do dia

Balanços do dia

Você pode conferir o calendário completo aqui.

Após o fechamento:

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