A bolsa brasileira tem passado por fortes altos e baixos neste ano, e não tanto por causa das eleições. O clima externo tem falado mais alto, para o bem e para o mal. Mas, no mês de agosto, um fator local contribuiu para deixar o clima por aqui positivo.
A perspectiva de que a alta da taxa Selic tenha chegado ao fim, enquanto os juros dos países desenvolvidos estão apenas começando a subir para conter a inflação, contribuiu para animar o Ibovespa.
Somado ao rali visto nas bolsas americanas na primeira metade de agosto, esse fator levou o principal índice da B3 a fechar o mês em alta de mais de 6%, virando o jogo no ano.
Se até o fim de julho o Ibovespa acumulava perdas em 2022, agora o indicador acumula retorno positivo em quase 5%.
Acontece que o discurso mais duro contra a inflação do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no encontro de Jackson Hole, desanimou novamente as bolsas americanas perto do fim do mês, o que também contaminou o mercado por aqui.
Além disso, agora estamos a um mês das eleições presidenciais, um evento que tende a aumentar a volatilidade da bolsa local, especialmente nos anos com disputas mais polarizadas e incertas.
Ibovespa vai descolar do S&P 500?
Então, o que esperar daqui para frente para as ações brasileiras e americanas? O clima lá fora vai azedar de vez daqui para frente? Se sim, vai ser capaz de arrastar junto a bolsa por aqui? Ou nada vai estragar o bom humor de ver a Selic finalmente parar de subir?
A disputa entre Ibovespa e S&P 500 e qual das bolsas deve sair vitoriosa dessa “eleição” - se a americana ou a brasileira - foi o tema do podcast Touros e Ursos desta semana, que contou com a participação especial do analista da Empiricus e colunista do Seu Dinheiro, Matheus Spiess.
Para ouvir a visão dele sobre o que esperar para as bolsas daqui para frente, além das escolhas de touro e urso da semana, basta clicar no tocador abaixo.