Depois de fechar a semana passada em baixa, o dólar voltou a cair nesta segunda-feira (23), e vale R$ 4,8054, recuo de 1,41%. O euro fechou praticamente estável e vale R$ 5,1387.
O que mexe com o câmbio por aqui
Nesta semana, um tema que deve ser recorrente nas conversas entre investidores é o Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos. O ministro da economia, Paulo Guedes, participará do evento e deve discutir diversos aspectos da economia brasileira até a quinta-feira (26), quando o evento se encerra.
Do lado dos indicadores, foi divulgada hoje a medição da terceira semana do IPC-S, índice que tem por objetivo detectar com agilidade mudanças na trajetória dos preços.
O avanço de 0,44% superou a segunda leitura, quando o índice ficou em 0,41%. Nos últimos 12 meses, o IPC-S acumula alta de 10,21%, em comparação aos 10,17% da quadrissemana anterior.
Durante o dia, a moeda norte-americana registrou máxima de R$ 4,8505, ao passo que a mínima ficou em R$ 4,7857. Já o euro operou no intervalo entre R$ 5,1965 e R$ 5,1079.
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E lá fora
Dados da OCDE revelaram que o PIB dos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico cresceu só 0,1% no primeiro trimestre deste ano. Isso depois de ter fechado o último trimestre do ano passado com avanço de 1,2%.
Nos Estados Unidos, também foi dia de falar em atividade econômica. O Federal Reserve de Chicago divulgou o seu índice de atividade nacional, que ficou em +0,47 em comparação aos +0,36 em março. Contudo, o resultado acabou ficando abaixo da expectativa do mercado, que estava mais próxima dos +0,50.
Apontada como uma das responsáveis pelo cenário de baixo crescimento e inflação acelerada que vem se desenhando, a guerra entre Rússia e Ucrânia foi descrita pelo FMI como o maior teste para a economia global desde a Segunda Guerra.
Para o Fundo, os países em desenvolvimento podem ter dificuldades importantes na área das exportações, causadas por mudanças nas cadeias produtivas e maiores dificuldades para a circulação de capital. Do lado das economias desenvolvidas, a principal preocupação é com a inflação e a produtividade — as estimativas do Fundo chegam a prever que algumas economias podem perder até 5% do seu PIB com a fragmentação tecnológica.
No Velho Continente, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse acreditar que a entidade encerrará seu programa de recompra de ativos já no início do terceiro trimestre. Além disso, a porta ficou aberta para a possibilidade de taxas de juro mais altas.
Segundo ela, se a inflação se estabilizar em 2% a autoridade monetária vai atuar, de maneira progressiva, em busca da taxa neutra.
Quem corrobora o discurso de Lagarde foi o presidente do Banco da França, e dirigente do BCE, François Villeroy de Galhau. Em comentário durante o Fórum Econômico Mundial, Villeroy disse que uma alta de juro no curto prazo já é algo praticamente certo.
Andrew Bailey, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), também tocou no assunto dos juros. Segundo ele, mesmo depois de quatro altas, a instituição segue preparada para empreender novas altas para trazer a inflação de volta para a meta, de 2%.
A recuperação do petróleo motivada pela nova rodada de estímulos que o governo chinês deve oferecer a sua economia também ajudaram o câmbio, ao influenciar a força do dólar em escala global e ainda oferecer mais uma 'forcinha' para os ativos de risco brasileiros.
Assim, o DXY, índice que compara o dólar a seus “pares”, como é o caso do euro e da libra, passou o dia no território dos recuos, indicando que o dólar perdeu força nesta segunda-feira.
Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados para acompanhar o desempenho de bolsa, dólar e juros hoje. Confira também o fechamento dos principais contratos de DI:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI jan/23 | 13,27% | 13,27% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 12,03% | 12,09% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,82% | 11,90% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,78% | 11,86% |