A Ânima Educação (ANIM3) anunciou na sexta-feira (23) à noite que a superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra de todos os ativos brasileiros do grupo americano Laureate.
Agora, após a publicação do ato, terá início amanhã (27) a contagem do prazo de 15 dias para que referida decisão transite em julgado, se tornando, então, definitiva.
A decisão é o último passo para a Ânima incorporar um portfólio de faculdades que conta com nomes como Anhembi Morumbi e FMU, numa operação que totalizou R$ 4,4 bilhões, superando a proposta da Ser Educacional (SEER3).
“O movimento estratégico da Ânima Educação, por sua magnitude e relevância, cria a companhia com o portfólio de melhores e mais valiosas marcas do país e vem reafirmar nosso compromisso de construir uma companhia sólida, com visão de longo prazo e pessoas apaixonadas e obstinadas que buscam incansavelmente gerar impacto positivo para a sociedade”, diz trecho do comunicado.
No Brasil desde 2005, o Grupo Lareate tem mais de 270 mil alunos, distribuídos em 11 instituições de ensino superior, em sete Estados e 13 cidade, fechou inicialmente acordo com a Ser para vender seus ativos num acordo que envolvia o pagamento de R$ 1,7 bilhão em dinheiro mais 101.138.369 em ações.
No entanto, a Ânima ofereceu uma proposta superior em R$ 500 milhões a mais, e com pagamento integral em dinheiro, e acabou levando a melhor.
A Ser até brigou na Justiça para garantir que o contrato que assinou com a Laureate continuasse vigente, mas acabou optando por fechar um acordo com a Ânima e recebeu alguns dos ativos, no caso, a Faculdade Internacional da Paraíba (FPB) e do Centro Universitário dos Guararapes (UniFG) e do CEPEDE Business School, em Pernambuco.