A primeira semana de outubro foi bastante positiva para o mundo das criptomoedas, em particular para quem tem posições em bitcoin (BTC). A principal moeda digital do mercado registrou um avanço de 16,02% e, nesta sexta-feira (08), sobe 1,17%, cotada a US$ 54,366.54 (R$ 300.566,51).
Bitcoin de terno e gravata
O noticiário ajudou o mercado de criptomoedas esta semana, com a possibilidade do primeiro ETF em bitcoin ser aprovado pela SEC até o final deste ano.
A notícia animou os investidores porque seria uma forma da CVM americana reconhecer moedas digitais como ativos financeiros.
Dessa forma, as corretoras poderiam oferecer outros produtos em criptomoedas e diversificar o mercado nos Estados Unidos. No Brasil, a bolsa já possui cinco fundos de índice com lastro em criptomoedas (veja o desempenho deles mais abaixo).
Bitcoin nas mãos dos tubarões
Não é novidade que o bitcoin possa ser usado como reserva de valor imune à inflação. Uma pesquisa recente do Goldman Sachs afirma que milionários passam a ver as criptomoedas como uma proteção contra a alta dos preços.
Em uma nota divulgada na última quinta-feira (07), o JP Morgan afirmou que o rali da primeira semana de outubro se deve justamente a esse movimento.
A inflação crescente no mundo inteiro fez com que investidores institucionais — os chamados “tubarões”, no jargão do mercado — migrassem para ativos considerados resistentes à alta dos preços.
Geralmente, a fuga aconteceria para o ouro, mas o bitcoin foi o ativo da vez contra o dragão. O relatório ainda destaca que os Estados Unidos seguem um caminho diferente da China em relação às criptomoedas.
Enquanto o gigante asiático fecha o cerco contra o mercado cripto, os Estados Unidos procuram uma regulamentação que atenda aos interesses do investidor e das instituições. Além disso, uma atenção maior a projetos de soluções de segunda camada também tem animado os investidores.
Esses projetos second layer (ou “2L”, como também são chamados) são os aplicativos desenvolvidos dentro das blockchains das criptomoedas. Os mais famosos são os NFTs e os DeFis, mas existem uma série de aplicações com as mais diferentes finalidades.
ETFs brasileiros
Preço dos ETFs de criptomoedas negociados na B3 (10h40):
| Ticker | Gestora | Preço | Variação |
| HASH11 | Hashdex | R$ 53,08 | +0,53% |
| ETHE11 | Hashdex | R$ 58,74 | -0,73% |
| BITH11 | Hashdex | R$ 72,15 | +1,32% |
| QBTC11 | QR Capital | R$ 19,10 | +0,42% |
| QETH11 | QR Capital | R$ 14,48 | -0,28% |
Daqui para frente
O esperado rali de final de ano já começa a dar as caras no mercado de criptomoedas, que funciona 24h todos os dias da semana. Mas até onde vai a alta do bitcoin? No Papo Cripto, conversei com a Helena Margarido sobre o que deve acontecer com o mercado dos ativos digitais até o final de 2021:
