A partir desta terça-feira (16), já é possível apostar na Mega-Sena da virada. O prêmio pode chegar aos R$ 350 milhões, mas as chances de ganhá-lo ao comprar apenas um bilhete são quase inexistentes: cerca de 1 em 50 milhões, de acordo com o professor e matemático Rogério César, da Universidade de Brasília.
Mas imagine se houvesse uma forma de garantir que, com apenas uma aposta, você iria ser sorteado de qualquer jeito? No mundo das criptomoedas isso já uma realidade — que pode ser bem lucrativa. Estou falando da PoolTogether (POOL), cripto que pretende mudar o setor de loterias no mundo.
A PoolTogether é um protocolo de finanças descentralizadas desenvolvido na rede Ethereum para “jogos sem perdas”. Na loteria tradicional, a compra de um bilhete te garante presença em apenas um sorteio. Se perder — o que é a maior probabilidade — tem que comprar outro para tentar buscar o dinheiro novamente.
Já na Pool Together, a compra de um bilhete assegura a participação em todos os sorteios semanais até você finalmente ganhar. Além disso, é tudo online. E relaxa: especialistas do mercado alertam que não é pirâmide. Afinal, ninguém sai no prejuízo para o outro lucrar.
É importante destacar também que a iniciativa recebe o suporte da Binance, Fortune e CoinDesk, empresas consolidadas do universo cripto.
Mas como funciona a ‘loteria sem perdas’?
De acordo com o analista em criptomoedas da Empiricus, André Franco, responsável por um lucro acumulado de mais de 4.000% nos últimos 4 anos, a PoolTogether “funciona como uma loteria de yield gerado pelo dinheiro dos bilhetes”.
Para fazer parte, os usuários depositam o dinheiro nos chamados pools de liquidez da plataforma. Isso significa que os participantes deixam seu dinheiro em uma rede descentralizada, na qual seus dados são anônimos para concorrer aos prêmios.
São diversos pools informados em tempo real na plataforma. Cada pool recebe apostas e, a partir daí, calcula-se quanto será o prêmio. Para ilustrar, nesta semana um dos pools acumulou quase US$ 30 milhões oriundos de pequenas apostas.
O prêmio será de US$ 6,8 mil para cada um de 5 vencedores elegíveis. Assim, se, dentre esse montante milionário, você apostou US$ 100, por exemplo, você terá a chance de receber 68 vezes mais do que apostou.
Os sorteios acontecem por meio de contratos anônimos que mantêm aqueles que não ganharam inclusos nos próximos. Por isso, a plataforma é considerada uma ‘loteria sem perdas’, pois seu bilhete segue válido até que você seja premiado.
Assim, o usuário só paga taxas de entrada e saída dos pools. Até hoje a PoolTogether já distribuiu US$ 324 mil (o equivalente a R$ 1,7 milhão, na cotação atual) em prêmios semanais. A maior premiação foi na casa dos US$ 150 mil.
Maior ‘vaca leiteira’ do mundo cripto:
O token de governança da plataforma foi distribuído para a comunidade, recentemente. Ele ainda não representa direito de retorno yield — até porque a plataforma ainda não gera retorno.
“Mas, a expectativa é que os usuários passem a votar propostas com o objetivo de acelerar o aumento nas premiações e que, no longo prazo, consiga criar uma vaca leiteira da maior loteria do mundo, com dividendos sendo pagos aos holders de POOL”, explica André Franco.
O analista espera que, quando a PoolTogether pagar um prêmio na casa dos milhões, ela se torne manchete nos jornais ao redor do mundo, o que pode ajudar a atrair mais pessoas e até acelerar o processo de pagamento de um bônus bilionário.
No entanto, para que isso aconteça o mais rápido possível, é preciso que os investidores de POOL abram mão do crescimento no curto prazo em troca de premiações milionárias no futuro. A partir do momento em que a premiação passar a quebrar recordes, os detentores do token poderão criar, na opinião de Franco, “a maior vaca leiteira do mundo cripto”.
Mas lembre-se: trata-se de um investimento de alto risco e que deve representar uma pequena parcela do seu portfólio. Além disso, ressaltamos que este texto não é uma recomendação.
Ainda de acordo com André, existem riscos. “O risco é o mesmo que você corre interagindo com todas as plataformas de finanças descentralizadas. Por se tratarem de tecnologias novas, com pouco tempo de uso, eventualmente pode ter uma falha no código que os desenvolvedores não viram, e alguém explore essa falha”, diz.