Bolsa hoje?: Unidos do Aperto Monetário… Nota… Dez!
Como se não bastasse ter que se preocupar com os resultados de Vale e Petrobras, que juntas representam mais de 20% do Ibovespa, ainda teremos que digerir a alta de 150 pontos-base da Selic
Bom dia, pessoal!
Lá fora, nesta quinta-feira (28), as ações asiáticas caíram após o recuo de ontem (27) em Wall Street, com bancos e empresas do setor de saúde retirando o S&P 500 e o Dow Jones Industrial Average de seus últimos recordes – naturalmente, haveria uma pequena correção depois de tantas altas seguidas, resultando na queda de mais de três quartos das empresas no índice de referência.
Os mercados europeus têm nesta manhã certa dificuldade em enveredar por um único tom. O dia é relevante para os mercados por lá, com reunião do BCE e entrega de dados de inflação ao consumidor alemão e espanhol. Os futuros americanos, por sua vez, sobem. Já no Brasil, deveremos digerir a falta de articulação para aprovar a PEC dos Precatórios e a alta da Selic, hoje em 7,75%.
A ver...
· Acelerando o aperto monetário
Como se não bastasse ter que se preocupar com os resultados de Vale e Petrobras, que juntas representam mais de 20% do Ibovespa, ainda teremos que digerir a alta de 150 pontos-base da Selic.
Isso mesmo, ontem (27) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou os juros de 6,25% para 7,75%, já contratando mais uma alta de mesma magnitude para a próxima reunião em dezembro; ou seja, deveremos encerrar o ano com 9,25% de taxa básica.
O tom “hawkish” (contracionista) do comitê veio em linha com o que era precificado na curva, refletindo uma tentativa de ancoragem de expectativas depois que o governo decidiu romper com a responsabilidade fiscal. O ciclo de aperto deverá seguir pelo primeiro semestre, levando a Selic para dois dígitos (entre 10% e 11%, provavelmente).
A decisão deverá ter um efeito de queda das taxas mais curtas, que passavam a precificar mais de 1,5 p.p. nessa reunião. Diante do compromisso de fazer com que a inflação convirja para a meta até 2023, taxas médias e longas também têm espaço para recuar.
Para dificultar este processo também, a Câmara adiou mais uma vez a votação dos precatórios. O governo fracassa seguidamente em conseguir maioria para aprovar a matéria, que precisa de 308 votos para passar – um quórum ideal seria de pelo menos 470 pessoas e ontem havia apenas 453. Uma nova tentativa será realizada hoje, quinta-feira (28), mas não há garantias de aprovação.
· PIBão vindo aí
O PIB do terceiro trimestre dos EUA vem aí. A estimativa consensual é de uma taxa de crescimento anual de 4% com ajuste sazonal, após a economia ter crescido 6,7% no segundo trimestre. Naturalmente, a variante delta e o fim antecipado dos benefícios adicionais de desemprego terão desacelerado a atividade. Eventuais revisões em dados anteriores também seriam bem-vistas.
Outro ponto de atenção, além do PIB americano, é a continuidade da temporada de resultados trimestrais, que até agora tem sido impressionante o suficiente para fazer os investidores deixarem de lado as preocupações que possam ter sobre crescimento econômico e inflação. Hoje, contamos com nomes como Apple, Amazon, Mastercard, Merck, Moody’s, Shopify, Starbucks e Yum!
· De olho no BCE
Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) reúne-se e poderá dar sinais sobre as decisões futuras de política monetária. Notadamente, é improvável que haja muita preocupação com a inflação, já que o mercado de trabalho europeu ainda não ofereceu pressão suficiente para contaminar os salários e, consequentemente, os preços. O objetivo do mercado é ouvir sobre as futuras ofertas de liquidez da autoridade monetária.
Ontem, o mercado de títulos reagiu, elevando os rendimentos, assim como o fazia nesta manhã. A combinação de preços de energia em alta com uma distribuição robusta de vacinas, após um início lento, está pressionando os formuladores de políticas do BCE. Contudo, a grande reunião está marcada para dezembro, fazendo desta apenas um ponto de transição.
· Anote aí!
A agenda é bastante cheia para os mercados lá fora e por aqui. No Brasil, contamos com a continuidade da temporada de resultados, tendo nomes a serem apresentados hoje como Petrobras, Vale e Ambev.
Em relação aos dados, vale acompanhar a digestão do IGP-M, o índice de confiança do comércio e dos serviços em outubro e o resultado primário do Tesouro.
Nos EUA, o PIB do terceiro trimestre é o destaque do dia, somado à apresentação das reivindicações iniciais para benefícios de desemprego estaduais para a semana encerrada em 23 de outubro.
· Muda o que na minha vida?
Os gargalos da cadeia de suprimentos estão pesando sobre o crescimento econômico mundial, com destaque especial para Ásia, Europa e EUA. O problema está afetando consideravelmente a China, que já enfrenta uma crise de energia e preocupações com seu enorme setor imobiliário. Nos Estados Unidos, por sua vez, as fábricas não podem produzir tanto quanto gostariam devido à falta de trabalhadores e suprimentos, como semicondutores.
Com isso, fica a pergunta: estaria a recuperação global em risco?
Dados recentes deixaram claro que os principais motores econômicos do mundo estão perdendo força, gerando incerteza sobre a força da recuperação pós-pandêmica. Naturalmente, uma normalização do crescimento seria esperada, mas a sequência de problemas recentes tem feito com que o processo se dê em uma desaceleração maior do que a antecipada.
Um setor manufatureiro atormentado por atrasos na cadeia de suprimentos viu o crescimento da produção cair para o nível mais baixo desde os primeiros bloqueios do ano passado. Enquanto isso, o setor de serviços viu uma parte da recuperação desaparecer, ao mesmo tempo que o ressurgimento de surtos de Covid-19 em algumas localidades, como Rússia, renovou as preocupações.
Por meses, o mercado entendeu que, embora os problemas da cadeia de suprimentos sejam frustrantes, eles seriam superados pela demanda crescente de consumidores que economizaram durante a pandemia. Mas a situação está começando a ter um impacto real no sentimento, levando mais tempo para ser corrigida do que o antecipado anteriormente.
Tivemos uma recuperação econômica dramática, e esse processo está agora em transição para uma retomada em um ritmo mais lento. De todo modo, a economia global, após um colapso em 2020, parece incrivelmente forte para os padrões históricos. Seguimos otimistas com o crescimento global, com as devidas atenções destinadas às pressões de preços.
Oportunidades do Dia
-A Semana da Renda Fixa continua com tudo. Depois que a oportunidade de ontem se encerrou antes mesmo do almoço, tamanha a demanda, hoje a chance pode novamente se esgotar em poucas horas. Spoiler: o que acha de um título atrelado à inflação e com taxa gorda um dia depois do aumento da SELIC? Quer saber qual será a oferta? Clique abaixo às 10h e aja rapidamente.
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Bolsa hoje: caminhoneiros, fiscal e clima, começando novembro daquele jeito
Na véspera do feriado de Finados, seguimos acompanhando a chance de uma paralisação dos caminhoneiros autônomos. Fora isso, temos resultados corporativos e divulgação do Ministério da Economia sobre o resultado da balança comercial em outubro
Bolsa hoje: sim, tudo continua ficando mais caro
No Brasil, o IBGE divulga o resultado do desemprego no último trimestre, encerrado em agosto, e o Tesouro Nacional divulga o resultado das contas do governo central de setembro, bem como o Relatório Mensal da Dívida de setembro. O grande destaque do dia, porém, em paralelo à temporada de resultados, é a decisão sobre a Selic, a partir das 18h30
Bolsa hoje: pés no chão
Aqui no Brasil, agenda de dados e de Brasília é aguardada, principalmente com o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para definir a taxa básica de juros (Selic), que ameaça subir 125 pontos-base no resultado do encontro a ser divulgado amanhã depois do mercado
Bolsa hoje: Suas definições de “responsabilidade fiscal” foram atualizadas
A temporada de resultados brasileira, que começou na última sexta-feira, segue hoje com EcoRodovias, EDP Brasil, Neoenergia e TIM, após o fechamento do mercado. Enquanto isso, ao longo do dia, o presidente Jair Bolsonaro deverá lançar o Programa de Crescimento Verde, indicativo positivo para a COP26 de novembro
Bolsa hoje: parem o mundo que o Brasil quer descer
Apesar de haver espaço para uma recuperação depois de tanta queda (rebound), em um tradicional movimento de caça às barganhas, é difícil que haja ânimo para tal, uma vez que flertamos com a possibilidade de dominância fiscal
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Bolsa hoje: viagem de avião em um céu de incertezas fiscais e ETFs de cripto
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Lá fora, os mercados asiáticos sobem com entusiasmo derivado da possibilidade de fusão no mercado de semicondutores. A Europa acompanha o bom humor, depois de já ter entregado bons resultados ontem (14) com o otimismo global. O mesmo pode ser dito dos futuros americanos, que também sobem nesta manhã
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