A popular gestora de fundos Alaska perdeu um dos executivos mais experientes de sua equipe. Ney Miyamoto, um dos sócios-fundadores e responsável pela área de distribuição, deixou o time de gestão da empresa.
O motivo da saída não foi revelado, mas ele permanece como sócio e investidor dos fundos da gestora, que contava com R$ 8,3 bilhões em patrimônio no fim de janeiro, de acordo com dados da Anbima, associação que representa o setor. O volume representa pouco menos da metade do início do ano passado.
Boa parte da queda no patrimônio veio das perdas nos fundos ao longo de 2020. Os da família Alaska Black BDR — que mantinham uma grande posição vendida em dólar — foram pegos no contrapé com a disparada da moeda norte-americana com a crise do coronavírus e fecharam o ano com queda da ordem de 45%.
O desempenho ruim de algumas das ações mais importantes da carteira da Alaska, como as da rede de educação Cogna (COGN3), também afetaram o retorno no ano passado.
Os fundos da família BDR também começaram o ano com o pé esquerdo e acumulam queda de 17,5% até fevereiro.
Fenômeno direto do avanço das plataformas de investimento fora dos grandes bancos, a Alaska uniu a experiência do lendário investidor Luiz Alves Paes de Barros com o gestor Henrique Bredda.
Leia também:
- Alaska atinge 200 mil cotistas nos fundos e tem ações novas na carteira
- Alaska zera posição em juros e câmbio do fundo Black BDR
- Fundo Kinea Atlas reabre para captação; saiba onde investir
- Existe valor nas lajes corporativas? Sim, e eu apresento um fundo imobiliário para você investir
Responsável pelos fundos da família Black, Bredda ganhou popularidade — e muitos desafetos — no Twitter. Em meio aos ruídos, o gestor decidiu recentemente apagar todas as postagens de sua conta.