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Cautela pré-feriado derruba bolsa e Ibovespa digere cenário local com inflação alta e dados econômicos fracos; dólar e juros avançam

queda da bolsa, tudo em vermelho

A bolsa brasileira caminha para um encerramento positivo da semana, mas a cautela começa a tomar conta dos negócios antes do feriado de segunda-feira (15), que manterá os mercados fechados por aqui. De olho nos balanços do dia e sem as turbulências de Brasília, o índice brasileiro cola no exterior e sobe hoje, mesmo após os dados de serviços mais fracos. 

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O Ibovespa operava em queda de 1,14%, aos 106.370 pontos por volta das 16h00, enquanto o dólar à vista avançava 1,01%, aos R$ 5,458 no mesmo horário. Para Marcel Andrade, especialista em Renda Variável da Vitreo, os aspectos mais específicos, como balanços e dados locais, devem movimentar os negócios e explicam a queda forte — ou a alta expressiva — de algumas ações (confira mais abaixo).

Nas últimas duas semanas, a maioria das empresas listadas em bolsas divulgaram seus balanços, e o arrefecimento do noticiário político com o fim dos debates envolvendo a PEC dos precatórios na Câmara deram espaço para o Ibovespa seguir seu próprio caminho. Contudo, os dados nacionais de inflação, vendas no varejo e serviços desapontaram os investidores.

Confira também como anda o mercado de contratos de DI futuro negociados na B3:

Serviços água a baixo

De acordo com o IBGE, o volume de serviços caiu 0,6% em setembro em relação a agosto, na contramão da mediana das projeções apontava para um avanço de 0,5% nas atividades após cinco meses de alta. Com isso, o setor ainda ficou 3,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas está 8,0% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014.

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Para os analistas, isso pode significar uma alteração no padrão de consumo brasileiro durante a retomada da economia para encarar uma alta da inflação, o que derruba o consumo do varejo mas aquece o setor de serviços. 

Segundo os dados do IBGE de ontem (11), o varejo ampliado recuou 1,1% em setembro, enquanto a mediana das expectativas apontava para estabilidade em 0%. O varejo restrito, por sua vez, recuou 1,3%, muito acima da mediana das projeções de queda de 0,6%.

Dragão gringo

Os Estados Unidos viram o índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) registrar o maior valor em mais de 30 anos, o que assustou os investidores pelo mundo. Com isso, o mercado espera que o “plano de voo” do Banco Central americano inclua uma turbulência de alta de juros nos próximos meses. 

Após os números do relatório Jolts de emprego e do índice do sentimento do consumidor nos Estados Unidos, os juros dos títulos do Tesouro americano, os chamados Treasuries, operam sem direção definida, com o T-note de 10 anos recuando 0,17% e o T-bond de 20 anos em baixa de 0,12% e o T-bonde de 30 em alta de 0,48%. 

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Mesmo assim, os índices de Nova York operam em alta após a abertura. Enquanto o S&P 500 ganhava 0,72%, o Dow Jones avança 0,50% e o Nasdaq subia 0,91%

Balanços que mexem com a bolsa

Sobe e desce da bolsa

Confira as maiores altas do dia:

TICKERNOMEULTVAR%
LAME4LOJAS AMERICANAS PNR$ 6,575,29%
AMER3AMERICANAS ONR$ 37,135,07%
BRML3BR MALLS ONR$ 8,492,66%
CRFB3CARREFOUR BR ONR$ 17,262,62%
ENGI11ENGIE UNITR$ 43,571,61%

Confira as maiores quedas de hoje:

TICKERNOMEULTVAR%
MGLU3MAGAZ LUIZA ONR$ 11,35-16,85%
NTCO3GRUPO NATURA ONR$ 33,38-16,59%
CASH3MELIUZ ONR$ 3,85-9,84%
LWSA3LOCAWEB ONR$ 19,00-9,09%
CVCB3CVC ONR$ 16,64-9,07%
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