A China segue fechando o cerco contra atividades ilegais envolvendo criptomoedas. Depois de anunciar que restringiria atividades de mineração de bitcoin e instaurar legislações mais rígidas em uma das principais regiões mineradoras, o Gigante Asiático prendeu 1.100 suspeitos de lavagem de dinheiro com criptomoeda.
As investigações englobam 23 províncias e visavam 170 grupos criminosos que aplicavam golpes envolvendo fraudes online e por telefone. Autoridades do Ministério de Segurança Pública do país afirmaram que os criminosos faziam transações entre criptomoedas para ocultar seu rastro.
Ataques cibernéticos de sequestro de dados, chamados ransomware, exigem o resgate em criptomoedas, principalmente bitcoins (BTC). O FBI chegou a recuperar alguns BTCs do ataque ao oleoduto da Pipeline, o que surpreendeu o mercado. Mais recentemente, o mesmo aconteceu com a JBS, em um resgate de quase US$ 11 milhões.
História de filme
Na época das investigações, o mercado estava preocupado com a recuperação dos bitcoins, tendo em vista que para acessar uma carteira, seria preciso burlar um complexo sistema de chaves cruzadas, tido, até então, como impossível de ser hackeado. Mas a suspeita de que o FBI tivesse um informante na quadrilha, que recuperou as chaves das carteiras dos criminosos dissipou os temores de que as wallets não seriam seguras.
Vale lembrar também que as carteiras de criptomoedas são pseudo-anônimas. Isso significa que não é preciso se identificar para criar uma wallet, mas as transações são totalmente possíveis de serem rastreadas. Você pode conferir outros mitos e verdades sobre criptomoedas clicando aqui.
O preço do bitcoin é muito sensível ao noticiário. O dia começou com um forte avanço de 8% para a principal criptomoeda do mercado, mas vem perdendo força desde então e passou a subir 1,08%, aos US$ 36.785,10.
O HASH11, fundo de índice em criptomoedas da bolsa brasileira, também está passando por dias difíceis. Entretanto, o ETF sobe 0,92% hoje, valendo R$ 34,92 por volta das 12h40.