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Via Varejo, Petrobras, JBS… ufa! Os balanços de peso desta semana

Fachada da loja Casas Bahia, rede pertencente à Via (VIIA3)

Casas Bahia é uma das redes de lojas operadas pela Via (VIIA3)

Com muitos de nós há dois meses em casa, às vezes parece que estamos há 84 anos em isolamento. Mas, apesar de as noções de tempo muitas vezes ficarem confusas, não se esqueça que ainda estamos em maio — 2020 ainda está longe do fim.

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E, para o mercado, maio é mês de divulgação dos resultados do primeiro trimestre do ano. Boa parte das companhias da bolsa brasileira ainda vai publicar seus resultados — a maioria ancorada em uma época pré-coronavírus, enquanto ainda vivíamos o velho normal.

Entre os destaques da semana, temos pesos-pesados do Ibovespa, como Petrobras, Via Varejo e JBS. Todas devem mostrar resultados em certa medida influenciados pela pandemia, como você confere a seguir.

Na briga pelo seu cartão de crédito

Para os confinados em casa, as compras online se tornaram a saída mais segura para a sobrevivência. Uma rápida conversa entre a equipe aqui do Seu Dinheiro mostrou que os itens comprados variavam entre eletrônicos, roupas e até mercado do mês.

Se você pensa em fazer uma compra pela internet, qual marca vem na sua mente primeiro? Magazine Luiza? Mercado Livre? Americanas? É com essas gigantes que a Via Varejo, dona da Casas Bahia e Ponto Frio, vem brigando para conquistar um espacinho na sua conta do cartão de crédito.

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Com as compras majoritariamente nas lojas físicas, a Via Varejo vem passando por um lento processo de restruturação rumo à transformação digital.

Roberto Fulcherberguer assumiu o comando no ano passado, após um grupo de investidores liderados pelo empresário Michael Klein comprar a participação do GPA na companhia.

No meio desse processo, a Via Varejo descobriu uma fraude contábil com um impacto bilionário no resultado do 4º trimestre.

Ainda assim, a perspectiva para a empresa era bastante positiva. Até a crise provocada pelo coronavírus provocar uma reviravolta que voltou a colocar o futuro da empresa em dúvida.

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A varejista divulga os resultados na quarta-feira, dia 13, após o fechamento do mercado. Mas já divulgou alguns números recentemente, como o movimento das vendas nas lojas físicas que foram reabertas nas cidades que flexibilizaram a quarentena, que apresentam níveis semelhantes aos do pré-crise, segundo a companhia.

A Via Varejo também apontou o avanço das vendas online. Os resultados de grandes e-commerces já vem sendo positivos. Na última quarta-feira, 6, o Mercado Livre divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020 e mostrou um desempenho bastante resiliente, mesmo com a pandemia do coronavírus: sua receita líquida chegou a US$ 652,1 milhões, uma alta de 37,6% na base anual.

No embalo dos números da gigante latina, as ações da B2W, Magalu e da própria Via Varejo registraram forte alta. Mas o humor dos investidores com a dona das Casas Bahia voltou a azedar depois que a empresa anunciou que avalia fazer uma oferta de ações, o que representa uma diluição para os atuais acionistas.

Projeções para o primeiro trimestre da Via Varejo:

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Muito pelo contrário

Para disputar espaço na mídia com o coronavírus e a política nacional, o petróleo deu um show no mês de abril. Com a diminuição da demanda devido à metade do planeta estar em quarentena, o preço do petróleo caiu, e caiu com gosto.

Em águas, ou melhor, barris brasileiros, o trimestre e até mesmo abril foi bem diferente. É claro que a Petrobras não está imune à crise, mas o balanço do primeiro trimestre da estatal, que sai na próxima quinta-feira, 14 de maio, ainda promete bons resultados.

A receita líquida da estatal é estimada em R$ 85,52 bilhões entre janeiro e março, levemente maior que o mesmo período em 2019, segundo as projeções de analistas copiladas pela Bloomberg.

O relatório de produção e venda do 1º trimestre da estatal foi bem convidativo. A alta se deu devido à entrada de operação das plataformas nos campos de Búzios, Lula e Berbigão e Sururu.

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Mas os efeitos do coronavírus começaram a ser sentidos em março, com uma redução na demanda interna de derivados de petróleo. Apesar de uma diminuição tímida com o início da pandemia no Brasil, os efeitos do coronavírus foram contrários para a refinaria.

Diferente da grande quantidade de petróleo que ficou encalhado lá fora, a estatal bateu recorde de exportação da commodity, com 1 milhão de barris por dia em média. O principal destino das vendas externas foi a China.

Projeções para o primeiro trimestre do Petrobras

Tempo de vacas gordas?

Uma das poucas coisas que não escaparam da normalidade na crise foi a demanda por alimentos. Mas nem mesmo as indústrias do setor escaparam das restrições provocadas pela pandemia.

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A JBS, que divulga o balanço na quinta-feira, tinha expectativas altas para o ano, principalmente no mercado americano. Contudo, com os Estados Unidos se tornando o país com mais casos de coronavírus, os frutos do investimento da companhia devem ser adiados.

Assim como no caso da BRF — a empresa reportou seus números trimestrais neste domingo (10) —, a alta do dólar deve favorecer o lado operacional da JBS, que possui boa parte dos resultados em moeda estrangeira.

Mas o resultado financeiro deve levar a JBS a registrar um prejuízo de R$ 3,77 bilhões no primeiro trimestre, de acordo com a média das estimativas compiladas pela Bloomberg.

Projeções para o primeiro trimestre da JBS:

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Agenda da semana

Além de Via Varejo, Petrobras e JBS, ainda há muitas outras integrantes do Ibovespa que irão reportar seus números trimestrais nesta semana. Veja abaixo a lista com os destaques dos próximos dias:

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