Eu sei que assistir de braços cruzados à forte queda das ações em meio à completa falta de clareza sobre os impactos do coronavírus nos investimentos é difícil. Mas foi exatamente o que nós aqui do Seu Dinheiro fizemos.
Bem, não ficamos exatamente de braços cruzados. Acompanhamos de perto todos os desdobramentos deste momento delicado para trazer todos os detalhes para você.
Como parte do nosso compromisso, abrimos mão de investir diretamente em ações para evitar qualquer conflito de interesses nas nossas reportagens. Mas podemos aplicar na bolsa por meio de ETFs (fundos que seguem um índice) ou fundos.
Enquanto escrevia a newsletter de hoje, fiz uma pesquisa informal com os meus colegas da redação para saber o que eles fizeram com os próprios investimentos nos últimos três dias. E a resposta que eu tive foi que ninguém mexeu nas aplicações.
De todos os entrevistados, apenas uma pessoa, cujo nome não vou revelar (podem me enviar os palpites por e-mail que eu respondo para quem acertou), disse ter sentido uma tentação de aproveitar a queda para investir em BOVA11, que segue o Ibovespa.
É claro que conferir o extrato das carteiras de investimentos neste fim de mês não vai trazer orgulho para nenhum de nós. Todos ficamos no vermelho em fevereiro, em uma queda que foi amortecida pelas proteções em renda fixa, dólar e ouro que carregamos.
Melhor ainda fez a Bruna Furlani, que voltou de férias nesta semana e nem sequer abriu o aplicativo da plataforma de investimentos onde tem conta.
O cenário sobre o coronavírus e os impactos da disseminação da doença seguem bastante incertos. Mas nesta sexta-feira os mercados tiveram uma leve trégua e o Ibovespa fechou em alta de 1,15%. O Victor Aguiar conta para você como foi o último pregão deste fevereiro complicado para os investidores.
Recordes do mal
Como um todo, a semana mais curta pelo feriado de Carnaval não foi nada fácil para as ações brasileiras. Mas o pregão da quarta-feira, em particular, já tem lugar na história. Na ocasião, não apenas o Ibovespa teve a maior queda desde o episódio Joesley Batista como marcou outro recorde negativo: a maior fuga diária de capital estrangeiro da história da B3. Os investidores estrangeiros retiraram R$ 3 bilhões da bolsa, em meio ao pânico que tomou conta dos mercados.
Quem ganha e quem perde?
O UBS listou as empresas brasileiras que podem sair beneficiadas ou prejudicadas com o surto do novo coronavírus. A análise inclui companhias de quatro setores, partindo de nomes como Notre Dame Intermédica e SulAmérica, passando por Pão de Açúcar, e chegando até Hering e C&A. Confira todos os nomes e os detalhes do estudo.
Para onde olhar
Que os mercados estão balançados pelo surto do coronavírus, isso ninguém discute. Mas a grande questão que fica nessas horas difíceis é para que lado você deve correr se quiser proteger seu patrimônio. A XP promoveu um evento nesta sexta-feira para discutir o tema e apontou duas indicações de setores para apostar na bolsa neste momento. A Bruna Furlani esteve lá e conta tudo para você.
Pérolas de Buffett
É natural bater aquele receio em momentos turbulentos no mercado como o que vivemos hoje. Mas um dos maiores investidores do mundo está longe de ficar preocupado com o novo coronavírus. Em carta divulgada a seus acionistas, Warren Buffett afirmou que o surto mundial da doença não é motivo para vender ações. Saiba o porquê nesta matéria.
Como vivem os tubarões
Gestores de fundos. Onde vivem? Do que se alimentam? E o que fazem em meio à forte queda do Ibovespa e da disparada do dólar? A resposta para a última pergunta você confere na coluna da Ana Westphalen. O exemplo de como os tubarões de mercado se comportam em momentos como o atual podem servir de exemplo para você, por isso recomendo muito a leitura.
Navegando em águas misteriosas
O coronavírus foi o grande tema dos mercados e também do podcast Touros e Ursos desta semana. O Victor Aguiar e eu falamos sobre o vendaval que varreu o mundo dos investimentos nos últimos dias. Atendendo a vários pedidos (mandem sugestões e perguntas para o podcast@seudinheiro.com), também discutimos o que (não) fazer com o dinheiro em meio às preocupações sobre a doença que já chegou ao Brasil. Ah, tem também comentários sobre a nova crise política do governo com o Congresso. Aperte o play e confira!