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Vacinas e acordo na UE empolgam exterior; mercado local aguarda por proposta de reforma tributária do governo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência pública da Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes

Após dias de impasse nas negociações, a União Europeia finalmente chegou a um acordo sobre o pacote de estímulos de mais de 1,8 trilhões de euros. A notícia agrada os investidores, que também repercutem o avanço das pesquisas para a produção de uma vacina para a covid-19.

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Com a agenda de indicadores esvaziada nesta terça-feira (21), os investidores aguardam com grande expectativa a entrega da proposta de reforma tributária do governo. O ministro Paulo Guedes deve se encontrar às 14h30 com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir o texto.

Em busca da cura

Uma série de notícias positivas fez o Ibovespa a alcançar o patamar dos 104 mil pontos. Além do avanço das negociaçãoes entre os líderes da União Europeia sobre o pacote de estímulos ao continente, esperanças com a criação de uma vacina para o coronavírus animaram o mercado.

A Pfizer, em parceria com a BioNTech, anunciaram resultados positivos na Alemanha, já a Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, informaram que os mil participantes da fase inicial de testes desenvolveram anticorpos neutralizantes. Na China, a CanSino Biologics, também teve resposta imune dos cerca de 500 voluntários testados.

Vale lembrar que as notícias surgem em um momento em que o avanço do coronavírus nos Estados Unidos preocupa os investidores. O temor é de que seja necessárias novas medidas de isolamento, prejudicando uma recuperação mais rápida da economia.

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Assim, o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,49%, aos 104.426 pontos. O dólar teve um dia de alívio e caiu 0,75%, aos R$ 5,34. No exterior, o dia também foi marcado pelo apetite ao risco.

Retomando a agenda

Outra notícia que tem impulsionado a bolsa brasileira desde a semana passada é o avanço da reforma tributária e a volta da pauta ao centro das discussões.

O ministro Paulo Guedes deve entregar hoje a primeira versão da proposta do governo - que deve incluir a unificação de impostos federais (PIS/Cofins) e a criação de um imposto nos moldes da velha CPMF. A pauta deve esquentar a discussão em Brasília nos próximos meses.

Destaques da bolsa

Ontem, os grandes destaques da bolsa foram as empresas de telecomunicações - Tim, Telefônica Brasil e Claro -, após a oferta conjunta pelos ativos móveis da Oi. Mas o setor de varejo contou com um empurrãozinho da Via Varejo para performar bem nesta segunda-feira.

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No Twitter, em mensagens que foram apagadas posteriormente, foram postados diversos resultados operacionais da Via Varejo, que mostraram um desempenho supreendente nos últimos dois meses. As ações dispararam mais de 7% e a CVM abriu um processo para apurar.

Segundo a Via Varejo, a sequência de tweets foi uma falha do setor de comunicação da empresa. O balanço da companhia está programado para o dia 12 de agosto.

Outra empresa para se ficar de olho nesta terça-feira é a Vale. A companhia divulgou os seus resultados operacionais do 2º trimestre na noite de ontem, com um crescimento da produção mesmo diante da crise do coronavírus.

Aumentando o apetite

Durante a madrugada, além de repercutir as notícias positivas no front do coronavírus, os investidores também refletem o acordo entre os líderes da União Europeia sobre o fundo de resgate bilionário destinado aos países do bloco, fechado durante a madrugada. As negociações vinham acontecendo desde a última sexta-feira (17) era motivo para impasse.

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O pacote totaliza 1,8 trilhões de euros: 390 bilhões serão doações e o restante será distribuído como empréstimo. O bom humor levou as bolsas asiáticas a fecharem em alta.

Na Europa, o acordo anima os investidores, que andavam receosos. As principais praças apresentam alta firme e o índice pan-europeu Stoxx-600 chegou ao seu maior nível em quatro meses. Em Wall Street, os índices futuros também aparecem no campo positivo.

Recuperando velhas marcas

Com o apetite por risco renovado, o petróleo também reflete o bom humor dos investidores e voltou a atingir os maiores índices em quatro meses e meio.

Por volta das 7h15, o petróleo WTI para setembro avançava 2,37%,a US$ 41,89, enquanto o Brent subia 2,47%, a US$ 44,35.

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A notícia movimenta os ADRs da Petrobras em Nova York, que sobem 3,17% no pré-mercado.

Balanços

Com a agenda de divulgadores fraca, no exterior a temporada de balanço segue em destaque, com a diuvlgação da Coca-Cola, United Airlines e UBS.

Agenda

O grande destaque do dia é a entrega da proposta tributária do governo ao Congresso, que deve acontecer às 14h30.

No Brasil, a Petrobras deve divulgar o seu relatório de produção e vendas dos últimos três meses.

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Nos Estados Unidos, destaque para a divulgação do índice de atividade nacional dos Estados Unidos, às 09h30.

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