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Ibovespa sobe mais de 2%; otimismo no exterior se sobrepõe à cautela local

Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar

A sessão desta terça-feira (14) é bastante tranquila na bolsa brasileira: o Ibovespa sobe mais de 2% e já aparece acima do nível dos 81 mil pontos, um nível que não era atingido há mais de um mês. O dólar à vista, por outro lado, segue pressionado e permanece na faixa de R$ 5,18

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Por volta de 16h05, o Ibovespa avançava 2,10%, aos 80.492,89 pontos, impulsionado pelo otimismo visto nos Estados Unidos: por lá, o Dow Jones sobe 2,16%, o S&P 500 tem alta de 2,81% e o Nasdaq exibe ganhos de 3,73%. Na Europa, as bolsas terminaram o dia no azul.

No câmbio, o dólar à vista chegou a cair 0,64% mais cedo, a R$ 5,1503, mas agora apenas flutua ao redor da estabilidade: no mesmo horário, tinha leve valorização de 0,02%, a R$ 5,1842.

Há diversos elementos contribuindo para dar sustentação às bolsas internacionais — e, consequentemente, ao Ibovespa. O principal deles vem da China, com dados animadores da balança comercial em março: as exportações caíram 6,6% e as importações recuaram 0,9%, resultados melhores que os projetados pelos analistas.

Por mais que a economia chinesa ainda sinta os impactos do surto de coronavírus — por lá, o pico foi registrado em janeiro e fevereiro —, o nível de atividade do país parece estar se recuperando num ritmo mais rápido que o esperado. Assim, aumenta a esperança quanto a uma retomada igualmente veloz na Europa e nos EUA após a fase crítica da pandemia.

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Na Europa, as notícias de que os países mais afetados pela Covid-19, como Espanha e Itália, já começam a planejar o retorno gradual das atividades e um relaxamento leve na quarentena também ajudam a melhorar o humor dos investidores, dando força aos mercados do velho continente.

Cautela doméstica

O otimismo internacional acaba ofuscando os focos de preocupação vistos no Brasil. Ontem, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto emergencial de ajuda financeira aos Estados e municípios — o texto, agora, segue para votação no Senado.

Segundo uma nota técnica divulgada pelo ministério da Economia durante o fim de semana, o projeto pode causar um impacto de, ao menos, R$ 105 bilhões às contas públicas — e, por isso, a pauta é considerada uma 'bomba fiscal'.

A aprovação do texto pela Câmara pode ser considerada uma derrota do governo, que tentou emplacar uma contraproposta que viabilizaria o envio direto de cerca de R$ 40 bilhões a governadores e prefeitos. A iniciativa, contudo, não foi bem sucedida.

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Por mais que as turbulências domésticas não mexam com a bolsa nesta terça-feira, elas são responsáveis por gerar cautela no mercado de câmbio, levando o dólar à vista novamente ao nível de R$ 5,20.

Juros em queda

No mercado de juros futuros, o dia é de novo ajuste negativo, em meio ao avanço de apenas 0,35% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em fevereiro — um indício de que, mesmo antes do impacto do coronavírus, a atividade doméstica já estava bastante fraca.

Nesse cenário, os investidores continuam apostando em novos cortes na taxa Selic, de modo a fornecer estímulo à economia brasileira:

Top 5

Confira abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta tarde:

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CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
BRKM5Braskem PNA21,19 +26,06%
GNDI3NotreDame Intermédica ON56,09 +9,98%
CVCB3CVC ON14,29 +9,08%
VVAR3Via Varejo ON5,92 +9,02%
IRBR3IRB ON11,32 +8,95%

Veja também as cinco maiores baixas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
UGPA3Ultrapar ON14,25 -1,93%
CRFB3Carrefour Brasil ON20,40 -1,45%
CIEL3Cielo ON4,88 -1,41%
TIMP3Tim ON13,29 -1,26%
PETR3Petrobras ON17,09 -1,21%
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