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Ibovespa vira e se firma em alta, destoando do exterior; dólar sobe a R$ 5,11

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Após quatro sessões consecutivas em alta, o Ibovespa começou o pregão desta quinta-feira (4) com um tom mais hesitante, dando a entender que poderia ceder a um movimento de realização de lucros. Mas, que nada: o índice virou ao campo positivo durante a tarde e, agora, já flerta com o patamar dos 94 mil pontos.

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Por volta de 16h30, o Ibovespa operava em alta de 0,48%, aos 93.447,41 pontos — mais cedo, chegou a cair 0,84%, aos 92.220,80 pontos. Com isso, o índice destoa do exterior: as praças da Europa fecharam em queda e as bolsas de Nova York exibem um tom ligeiramente negativo.

O tom mais cauteloso, contudo, segue sendo verificado no mercado de câmbio: o dólar à vista, agora, avança 0,57%, a R$ 5,1191 — a moeda americana passou boa parte da sessão oscilando entre os campos positivo e negativo.

A prudência vista no exterior se deve, em grande parte, aos sinais emitidos pelo banco Central Europeu (BCE) em sua decisão de política monetária. Por um lado, a instituição ampliou seu programa de compras emergenciais em 600 bilhões de euros; por outro, manteve as taxas de juros da região inlateradas.

O que pesa mesmo sobre o humor dos investidores, no entanto, são as declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde. Ela mostrou pessimismo em relação às perspectivas econômicas do bloco, projetando queda de 8,7% no PIB em 2020 — ela também trabalha com um cenário de queda de inflação.

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Esse tom mais realista adotado por Lagarde serviu para esfriar um pouco os ânimos do mercado, que vinha trabalhando com um cenário de recuperação rápida da atividade na Europa. Assim, um movimento de correção e realização de lucros acabou ganhando força nesta quinta.

Nos EUA, os investidores digerem os mais recentes dados do mercado de trabalho: na semana encerrada em 30 de maio, foram 1,877 milhão de novos pedidos de seguro-desemprego no país, número que ficou em linha com o projetado pelo mercado, mas que ainda mostra uma fraqueza importante na atividade americana.

Apesar da cautela global, os investidores domésticos continuam empenhados em puxar o Ibovespa para níveis cada vez mais altos e sustentar o dólar à vista abaixo de R$ 5,10. A calmaria vista em Brasília, com uma diminuição nas tensões entre governo, congresso e STF, tem reduzido o estresse dos mercados por aqui.

No entanto, é importante ressaltar que, apesar desse alívio pontual nos riscos políticos, o clima na capital federal ainda está sujeito à turbulências. Além disso, a pandemia de coronavírus continua numa fase ascendente no país, que já tem mais de 30 mil mortos por causa da doença.

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No mercado de juros, os investidores também mudaram de humor ao longo da sessão: se, durante a manhã, o tom era de ajuste positivo nos DIs curtos, agora o comportamento é inverso:

Top 5

Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa logo após a abertura:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
BEEF3Minerva ON13,43 +7,87%
JBSS3JBS ON21,55 +4,61%
EMBR3Embraer ON8,89 +4,34%
SUZB3Suzano ON39,69 +4,09%
SANB11Santander Brasil units30,51 +3,81%

Confira também as cinco maiores baixas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
RAIL3Rumo ON22,35 -3,46%
RENT3Localiza ON39,64 -3,36%
MGLU3Magazine Luiza ON60,57 -2,90%
ECOR3Ecorodovias ON13,82 -2,47%
SBSP3Sabesp ON53,60 -2,26%
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