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Indicação de Campos Neto para o comando do Banco Central chega ao Senado

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central no governo Bolsonaro

Com a proximidade da decisão do Copom, ibovespa recua e opera no vermelho hoje

O processo formal de indicação de Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central (BC) teve início com o encaminhamento de mensagem do presidente Jair Bolsonaro ao Senado Federal. Agora, aguarda-se a designação no presidente e dos membros da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para que seja designado um relator e agende-se, posteriormente, a sabatina com o indicado.

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A expectativa é que todo o processo, que também abarca votação na CAE e no Plenário do Senado, seja encerrada até o começo de março. Assim, Campos Neto poderá tomar posse e comandar o Comitê de Política Monetária (Copom) dos dias 19 e 20 do mês.

Por ora, Campos Neto se apresenta por meio de “argumentação escrita”, na qual faz um resumo de sua formação acadêmica e fala de sua experiência profissional. Nesse documento, o indicado afirma ter “perfeita afinidade intelectual e moral com a equipe econômica” e se diz convicto de que pode contribuir para o desenho de um país melhor.

Sua indicação ao cargo foi confirmada em 15 de novembro do ano passado pelo ministro Paulo Guedes e depois de um período de indefinição sobre a permanência, ou não, de Ilan Goldfajn no comando da instituição.

No texto, Campos Neto diz que uma das contribuições que espera trazer para o BC é “preparar a instituição para o mercado do futuro, em que as tecnologias avançam de forma exponencial, gerando transformações de uma forma mais acelerada”.

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Antes, ele explicou que no banco Santander, onde atou desde o ano 2000, participou de um projeto global de inovação tecnológica e fez parte do grupo responsável pelo “Banco Digital”. “Tenho estudado e me dedicado intensamente ao desenho de como será o sistema financeiro do futuro. Participei de estudos sobre blockchain e ativos digitais.” O BC já está conduzindo projetos na área de “open banking” e pagamentos instantâneos.

Campos Neto também ressaltou “a importância da recente consolidação da inflação em torno da meta e da ancoragem das expectativas de inflação, o que permitiu a redução sustentável das taxas de juros e contribuiu para a recuperação da economia”.

Ele também enviou declaração afirmando que vendeu toda a sua participação acionária no Santander, onde atuava como Tesoureiro, em dezembro de 2018. Campos Neto também detalhou participações em empresas e em veículos de investimento e ressaltou que seus investimentos no Brasil e no mercado internacional serão administrados por gestor independente sem sua participação efetiva durante o período que estiver no comando do BC.

Diretores

A CAE também irá apreciar a indicação de dois novos diretores. Bruno Serra Fernandes para a diretoria de Política Monetária e João Manoel Pinho de Mello para a diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Resolução. A mensagem presidencial com essas indicações ainda não chegou formalmente ao Senado.

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Comissão de Assuntos Econômicos

Tradicionalmente a presidência da CAE fica com a segunda maior bancada do Senado. Esse posto é do PSD, que tem 9 senadores. Essa comissão tem importância particular para a equipe econômica, pois praticamente todos os projetos da área passam por lá. Assim que presidente e membros forem definidos, Campos Neto e os diretores indicados devem fazer uma série de visitas de cortesia, se apresentando aos senadores.

A definição de quem comandará a CAE deve acontece na próxima semana, mas o senador Omar Aziz (PSD-AM) tem grande chance de receber a indicação formal do partido. Visto como um "bom nome" para o posto, Aziz é engenheiro de formação e está na política desde 1990, quando se elegeu deputado estadual pelo Amazonas, já foi vice-prefeito, vice-governador e governador de Amazonas e chegou ao senado em 2015.

Veja aqui a íntegra da carta e dos documentos contidos na mensagem presidencial ao Senado sobre Roberto Campos.

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