Legisladores dizem sonoro “não” à Libra, a criptomoeda do Facebook
Desde que o CEO do Facebook divulgou o seu plano de lançar a criptomoeda, a iniciativa foi bombardeada. Mas agora um novo capítulo da novela se desenha

Sabe quando sua mãe diz para você não brincar com fogo porque vai acabar se queimando?
Pois bem, do alto da sua experiência de 8 a 10 anos de vida, você pensa que já viveu o bastante para saber que não vai se queimar — mas sua mãe tem certeza que você vai.
Ela fala de novo e ainda assim você insiste em brincar com o fogo, até o momento em que realmente se queima.
Por ter bem mais idade e experiência, sua mãe consegue antever algumas possíveis situações e por isso o alerta sobre as chances de se queimar.
Mark Zuckerberg é possivelmente o filho que está brincando com fogo, e os legisladores norte-americanos (e do mundo todo) são a mãe que está alertando para não continuar com essa brincadeira de criptomoeda.
A libra, criptomoeda que a Calibra, empresa ligada ao Facebook, está tentando emplacar, promete ser uma moeda global com lastro em moedas fiduciárias e em bonds suíços.
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Desde que o CEO do Facebook divulgou o seu plano de lançar a criptomoeda oficialmente, a iniciativa já foi bombardeada por reguladores, que pediram explicações e que a empresa suspenda seu desenvolvimento.
“Não sei bem do que se trata, mas quero que você pare com isso.”
“Não li o seu documento explicativo sobre o projeto, mas já não gostei.”
Esse foi o tom nada amistoso dos órgãos internacionais que pediram explicações sobre o projeto ou simplesmente pediram o seu encerramento.
Na semana na qual mais se falou da libra, autoridades do FSB, que coordena as regras financeiras para os países do G20, do FCA, do Reino Unido, e do Banco da Inglaterra já indicaram que gostariam de entender melhor o projeto para ter certeza de que o Facebook não está infringindo nenhuma lei.
O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, e a presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Estados Unidos, Maxine Waters, pediram à Calibra que interrompesse o desenvolvimento do projeto.
Foi basicamente um bombardeio das principais entidades internacionais e órgãos soberanos contra a ideia embrionária da libra.
E, ontem, essa história ganhou um novo capítulo quando cinco outros legisladores norte-americanos publicaram uma carta aberta endereçada ao CEO e à COO do Facebook, Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg, assim como ao CEO da Calibra, David Marcus.
A carta tinha um tom de pedido claro e direto para os responsáveis pararem o desenvolvimento da Libra.
Não é para menos: com mais de 2 bilhões de usuários no mundo congregados em suas redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp), a Libra pode criar uma nação global com dinheiro próprio e suas próprias regras.
E isso nenhum regulador ou órgão soberano vai deixar acontecer sem lutar contra.
Muito provavelmente a Calibra e o Facebook, indiretamente, vão ter que ceder em alguns pontos se quiserem continuar avançando com a Libra.
Além disso, se o papo de que o Facebook é responsável por apenas 1 por cento da empresa colar, os legisladores americanos poderão ir atrás de outras empresas, como Mastercard, PayPal e Visa, que fazem parte do consórcio da Libra.
A questão é que alguém vai ter que assumir esse filho entre hoje e o lançamento oficial da iniciativa (em 2020) e decidir por pará-lo ou não.
E só para contextualizar quando serão disponibilizados os próximos episódios dessa série, dia 17 está marcada uma audiência no Congresso americano para ouvir o que o CEO da Libra tem a dizer.
Vale lembrar que o agendamento dessa audiência ainda em julho mostra como os congressistas americanos tratam o assunto como urgente.
Geralmente, esse período pré-recesso já está cheio de compromissos agendados e por isso mesmo evita-se marcar algo tão em cima da hora.
Digo isso porque o normal seria uma audiência como essa ser marcada apenas depois do recesso de agosto.
E, sendo bem sincero com aquilo que acredito, se até lá Zuckerberg não se preocupar em fazer um ótimo lobby, os congressistas vão puxar o plugue da tomada e matar essa iniciativa ainda em julho.
Basta que eles cortem o acesso ao sistema bancário ou ofereçam seguranças para o consumidor como “charge back” e proteção contra fraude que uma criptomoeda não poderia oferecer; pois, se oferecer, perde grande parte da essência descentralizada.
Vamos aguardar a audiência para saber a continuação dessa história.
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