Cade aprova acordo de R$ 897,9 milhões para por fim aos processos da Lava Jato contra empreiteiras
O maior valor a ser pago será o da Odebrecht, que vai desembolsar R$ 578,1 milhões referente a seis processos
A novela das empreiteiras na Lava Jato ganhou ares de conclusão nesta quarta-feira, 21. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou um total de 16 acordos em que as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Carioca pagarão juntas R$ R$ 897,9 milhões para encerrar processos relacionados à operação.
Entre as empreiteiras, o maior valor será pago pela Odebrecht: R$ 578,1 milhões referentes a seis processos diferentes. Já a construtora OAS propôs o pagamento de R$ 175,1 milhões, a Andrade Gutierrez, R$ 75 milhões, e a Carioca Engenharia R$ 68,9 milhões.
Com a aprovação dos pagamentos, as investigações de cartéis serão encerradas em diferentes processos: desde obras de estádios da Copa do Mundo de 2014, passando pela urbanização de favelas no Rio de Janeiro, licitações de ferrovias e obras da Petrobras e da usina de Angra 3.
Tá barato isso aí
Apesar de o valor aparentemente alto, o montante a ser pago pelas construtoras foi criticado por dois dos seis conselheiros do Cade. O conselheiro João Paulo Rezende afirmou que as quatro construtoras faturaram R$ 25 bilhões com as obras superfaturadas. Com isso, as multas seriam de pouco mais de 3% do faturamento, enquanto na jurisprudência do Cade pode chegar a 20%. Além disso, elas terão 20 anos para pagar, enquanto no Cade as multas são pagas em até quatro anos usualmente.
Rezende votou contra a homologação dos acordos e disse que, pelos seus cálculos, o valor pago deveria ser pelo menos três vezes maior. Já a conselheira Cristiane Alkmin, que também foi contra os acordos, disse que a multa deveria ser de cerca de R$ 4 bilhões para ter efeito dissuasório.
"São as empreiteiras líderes da Lava Jato e na maior investigação de cartel da história, a multa será de apenas 2% do faturado. As empresas certamente querem regularizar sua situação para voltar a contratar empréstimos. Já que o BNDES não empresta mais para as construtoras, o Cade será seu novo BNDES", completou Rezende.
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A conselheira criticou ainda que os 16 acordos utilizaram três metodologias distintas. "Estamos falando de um caso emblemático para o Brasil, não podemos fazer uma negociação tão benéfica para as empresas e tão ruim para o Estado", completou Cristiane.
Ao fecharem acordo, quando assinam esse tipo de compromisso, as empresas se livram de multas ainda maiores e encerram os processos contra elas. Em troca, colaboram com as investigações.
*Com Estadão Conteúdo.
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