Como guardar seus bitcoins com segurança: conheça as melhores wallets, as carteiras digitais de criptomoedas
Entenda o que são as wallets e saiba quais são as mais recomendadas por especialistas

Depois de te contar um pouco sobre o universo dos criptoativos nesta matéria e recomendar as melhores corretoras (exchanges) para você investir no Brasil e fora do país, hoje vou te ensinar o último passo para investir em bitcoin e outras criptomoedas com segurança: a escolha das wallets, as carteiras que guardam as suas moedas virtuais.
Já falei aqui que, para selecionar uma boa exchange, você deve comparar taxas, verificar o volume de negociações e investigar o número de incidentes ou roubo de dados ocorridos com a corretora. Mas se eu tivesse que escolher o mandamento número um na hora de investir, com certeza seria: nunca deixar dinheiro parado na conta da exchange.
O motivo? As casas que atuam como intermediárias na compra e venda de criptoativos são muito mais visadas do que o investidor comum durante ataques virtuais. Não é à toa que, vira e mexe, vemos uma série de casos sobre corretoras que sofreram invasões de hackers.
E se as ameaças podem vir de tantos lados, como se proteger? A melhor solução é guardar as suas criptomoedas com segurança nas chamadas wallets, que nada mais são do que carteiras digitais. Para que você entenda melhor, vou te explicar como elas funcionam e ainda vou sugerir algumas opções, para diferentes perfis de investidor.
O que são essas tais wallets?
Assim como você costuma guardar dinheiro e cartões em uma carteira, no mundo das criptomoedas não é diferente. Também é necessário guardar seus ativos com segurança para não perdê-los ou ficar suscetível a ataques virtuais.
As wallets ou carteiras digitais são responsáveis por armazenar as chaves públicas e privadas - longas sequências de números e letras - que dão acesso ao seu saldo.
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A chave pública é um código que você pode passar para as outras pessoas depositarem dinheiro na sua conta. É como se fosse o seu endereço no blockchain, uma espécie de livro contábil responsável pelo registro das transações. Já a chave privada é semelhante ao segredo de um cofre. Você não pode passá-la para ninguém.
Na prática, ao transferir bitcoins e outras criptomoedas para uma wallet, a operação fica registrada no blockchain. A wallet é apenas uma interface que permite o acesso e o controle dos seus criptoativos.
Em outras palavras, trata-se de um programa que permite transações, armazenamento e monitoramento das suas moedas virtuais.
Tipos de wallets
Existem três opções de carteiras digitais disponíveis: as software wallets, as hardware wallets e as paper wallets. As primeiras são programas que podemos baixar no computador ou no celular, acessar on-line ou até mesmo instalar como extensão do nosso navegador de internet.
Uma das vantagens das software wallets é a possibilidade de fazer backup. Caso você perca o celular ou o computador, é possível restaurar as chaves e recuperar o saldo perdido. Outro ponto positivo é a facilidade no gerenciamento do dinheiro ao oferecer um par de chaves para cada tipo de criptoativo.
Mas, para fazer as transações, é necessário estar on-line, o que pode ser considerado uma desvantagem frente às carteiras digitais que funcionam sem acesso à internet. Outro ponto negativo é que esse tipo de carteira é mais suscetível a ataques de hackers e malwares, que buscam danificar dispositivos e roubar dados.
As hardware wallets, por sua vez, funcionam como dispositivos físicos que se assemelham a pen drives. Eles guardam as chaves e os criptoativos. A principal vantagem é a capacidade de fazer transações offline, ficando menos suscetíveis a ataques de hackers.
Apesar de serem mais práticas do que as software wallets, elas costumam ser mais caras, pelo menos no Brasil. Se optar por esse tipo de carteira, as opções sugeridas pelos analistas com os quais eu conversei são a Ledger Nano S e a Trezor. As duas têm as mesmas funcionalidades (quantidade e suporte de ativos), mas a Ledger costuma ser mais barata e nunca foi hackeada, ao contrário da Trezor, que já sofreu um ataque.
Em uma busca rápida em sites populares brasileiros, vi que as duas opções recomendadas podem custar entre R$ 300 e R$ 1.400. Mas, se optar por adquirir algum desses produtos pela internet, certifique-se de que ele não é de segunda mão, pois sempre há o risco de vir infectado com vírus do antigo dono.
Finalmente, as paper wallets, como o próprio nome indica, são carteiras impressas, de papel mesmo. Elas podem ser adquiridas on-line, mas não permitem o gerenciamento da sua conta pela internet. Além de serem pouco práticas, pois é difícil acessá-las de qualquer lugar, essas carteiras têm outra grande desvantagem: em caso de perda, não há backup.
Em outras palavras, se você perder o papel, é impossível recuperar o acesso às suas criptomoedas. Por esta razão, ela é o tipo de carteira menos recomendada pelos analistas com os quais conversei.
As preferidas dos analistas
Eu conversei com analistas especializados em criptomoedas, e eles me passaram as melhores opções de carteiras digitais. As mais recomendadas são as software wallets e as hardware wallets, e a escolha entre uma e outra depende mais do seu perfil de investidor.
Eu mencionei, anteriormente, que as hardware wallets indicadas foram a Ledger Nano S e a Trezor. Já entre as software wallets, as carteiras recomendadas foram a Jaxx, a Coinomi e a MyEtherWallet.
A Jaxx têm versões para desktop e smartphone, podendo também ser instalada como extensão de navegador. Ela é bem fácil de criar e usar, além de permitir a sincronização entre o aplicativo móvel e a versão para desktop.
Outro ponto positivo é que ela aceita uma ampla gama de moedas e tem uma funcionalidade que pode te ajudar bastante: a ShapeShift, uma espécie de corretora dentro da própria Jaxx. Por meio dela é possível vender bitcoin e comprar ethereum, por exemplo, caso você precise fazer alguma transação com urgência.
Já a Coinomi possui versões para desktop e smartphones. Uma das suas vantagens é a fácil gestão de portfólio, já que ela mostra, numa mesma página, quanto o usuário possui de cada criptoativo.
Ela também oferece a opção de comprar criptomoedas com cartão de crédito. O único detalhe é que, nesse caso, o investidor é cobrado em dólar, o que pode não ser interessante para nós, brasileiros, por conta das taxas cobradas pelas operadoras de cartão.
Além disso, o processo para o investidor ter acesso às suas chaves é mais complexo na Coinomi do que na Jaxx.
Finalmente, a MyEtherWallet tem, como maior atrativo, a possibilidade de fazer portabilidade de todos os tokens criados para o padrão do ethereum. Seu layout também é bastante intuitivo, o que torna a criação da conta bastate simples.
A MyEtherWallet ainda oferece várias opções de backup e acesso, além de permitir sincronização com a hardware wallet Ledger Nano S, também recomendada pelos analistas.
Olhos bem abertos
Na hora de investir em bitcoin e outras criptomoedas, é preciso ter alguns cuidados. Tenha atenção com ofertas mirabolantes de exchanges e, assim que fizer qualquer tipo de negociação de compra ou de venda, transfira logo os ativos para a sua wallet de preferência.
Se optar pelas softwares wallets, teste cada uma das opções para escolher a mais adequada ao seu perfil, já que o download e o uso são gratuitos. Apenas a transferência efetiva de criptoativos para a carteira digital é que pode ter algum custo, já que pode haver a cobrança de uma taxa pelos mineradores. Essa taxa pode variar de uma wallet para outra e de acordo com a quantidade de moedas digitais transferidas.
Investir em criptomoedas não precisa ser complicado. Basta seguir as recomendações de analistas e as orientações de segurança das exchanges. Tenha atenção com e-mails e verifique sempre se o site da corretora está correto. Não se esqueça também de criar uma autorização de dois dígitos para as transações. Segurança é fundamental quando o assunto é criptoativos.
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