🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR ESTE MÊS – ACESSE DE GRAÇA

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Eleições 2018

Bolsonaro e Haddad acham um ponto em comum

Discursos se amansam em busca do eleitor de centro e daqueles que não foram ou não pretendem votar. Será que dura?

Eduardo Campos
Eduardo Campos
9 de outubro de 2018
6:01 - atualizado às 22:52
Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, candidatos às eleições presidenciais de 2018
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Sérgio Silva/Wikimedia Commons

Não seria um exagero dizer que o segundo turno da eleição presidencial teve sua largada oficial, por assim dizer, no “Jornal Nacional” desta segunda-feira. Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, quase sempre antagônicos, fizeram um discurso convergente e mais manso em termos políticos. Eles acenaram para o que seria o eleitor de centro.

Esse ente da teoria política voltou a ser cortejado em rede nacional depois de ter desaparecido em meio à disputa entre o ódio a tudo que está aí e a revanche petista do primeiro turno. Haddad pediu compreensão e Bolsonaro se disse um escravo da Constituição.

Candidatos que tentaram olhar exclusivamente para esse eleitorado foram engolidos no primeiro turno. As próximas pesquisas podem dar uma ideia se essa convergência ao centro ou retorno ao eleitor médio vão render alguma coisa em termos de voto, com a consequente resposta dos indicadores de mercados. Os debates previstos também serão interessantes para ver até que ponto durará essa pretendida “cordialidade” ou se é só um esquenta para uma luta de fazer inveja ao famoso MMA.

Sacrifício de Haddad

Por sair em desvantagem na contenda, Fernando Haddad, parece ter feito o maior sacrifício para tentar acenar que apesar de PT não é tão PT assim, ou que é um PT diferente dos outros. Desautorizou publicamente umas das lendas do partido, o ex-ministro José Dirceu, dizendo que ele “não participa da minha campanha e não participará do meu governo”.

Haddad respondia a questionamento levantado tendo como base entrevista em que Dirceu falou que seria “questão de tempo pra gente tomar o poder. Tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”.

Respondendo sobre o tema que foi comum aos dois, o respeito à Constituição, Haddad disse “democracia em primeiro lugar”. Nas considerações finais disse que a democracia e os direitos estão em jogo e pediu “compreensão” à população. Esse pedido por “compreensão” soou quase como um pedido de perdão pelos “malfeitos” do passado, eufemismo do partido para corrupção.

Leia Também

Haddad também rasgou mais um pedaço do plano de governo oficial que ajudou a escrever. Abandonou a ideia de promover uma “Assembleia Nacional Constituinte, livre, democrática, soberana e unicameral, eleita para este fim nos moldes da reforma política apresentada” no plano de governo do partido. O ordenamento legal não permite convocação de constituintes.

Falou de reformas, mas não da Previdência. Falou em reforma tributária e reafirmou proposta de isentar de Imposto de Renda (IR) quem ganha até cinco salários mínimos. Falou em reduzir impostos da classe média. Voltou à carga contra os bancos, falando em reduzir e baratear juros, como forma de estimular empresas e também o mercado de trabalho. E voltou a atacar o teto de gastos, que na sua avaliação impede os investimentos.

A vez do capitão e das caneladas do vice

Bolsonaro falou depois de Haddad, em ordem determinada por sorteio. Agradeceu os votos que recebeu, especialmente dos eleitores do Nordeste, região do país onde não foi vencedor. Disse que apesar de ter perdido nunca teve tamanha votação dissidente por lá e partiu para o ataque dizendo que não teve mais votos por culpa das “fake news”. “Não vamos acabar com o Bolsa Família”, disse.

Também voltou a negar que vai elevar a cobrança de impostos. Disse que proposta de Paulo Guedes, seu assessor econômico, é de isentar quem ganha até cinco salários mínimos e quem ganha acima disso pagará 20%. E que não pretende recriar a CPMF.

Disse que vai jogar pesado contra a insegurança pública para que as mulheres se sintam protegidas. Ainda nessa área defendeu a redução da maioridade penal.

Depois foi a vez de Bolsonaro responder às perguntas do tema da noite. Ele foi questionado sobre as declarações do seu vice, general Hamilton Mourão, sobre a realização de uma nova Constituição, feita por notáveis, sem participação popular. E sobre outra afirmação dele sobre a possibilidade de “autogolpe” presidencial.

Bolsonaro disse que apesar de Mourão ser general e ele capitão, ele, como presidente, desautorizou Mourão nesses dois momentos. “Não poderei, jamais, ir além da Constituição”, disse. Complementou afirmando crença no voto popular e se dizendo “escravo” da Constituição, afirmações que repetiu mais de uma vez.

Segundo Bolsonaro, o que se busca é “ter um governo com autoridade e sem autoritarismo”. Para ele, o que falta a seu vice é “tato”, convivência com a política, mas que ele vai se adequar à realidade. “Ele foi infeliz, deu canelada. Presidente não autoriza qualquer coisa nesse sentido”, completou.

Para encerrar, voltou o foco para o seu eleitorado dizendo que busca reunir o povo sob a bandeira verde e amarela e o hino nacional, “unindo todos que foram divididos pela esquerda”. Que não aceita “toma lá, dá cá” e que seus ministros, esses sim, serão notáveis.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
“UM MIMO”

Em viagem à Califórnia, Haddad afirma que vai acelerar desoneração de data centers para aumentar investimentos no Brasil

5 de maio de 2025 - 20:43

O ministro da Fazenda ainda deve se encontrar com executivos da Nvidia e da Amazon em busca de capital estrangeiro para o País

PRIMEIRO ENCONTRO

Haddad realiza reunião com secretário do Tesouro dos EUA e discute tarifas impostas ao Brasil e investimentos em data centers

4 de maio de 2025 - 18:21

A reunião entre Fernando Haddad e Scott Bessent marcou o primeiro encontro presencial entre representantes do alto escalão do Brasil e EUA desde a posse de Donald Trump

CARIMBANDO O PASSAPORTE

Haddad viaja à Califórnia para buscar investimentos para data centers no Brasil

3 de maio de 2025 - 9:05

Nos EUA, Haddad se encontrará com executivos de Google, Nvidia e Amazon; ministro também irá ao México aprofundar relações bilaterais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta

2 de maio de 2025 - 8:21

As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA

8 DE JANEIRO

Entenda por que Bolsonaro pode se beneficiar se ação penal de Ramagem for suspensa no caso da tentativa de golpe de Estado

1 de maio de 2025 - 9:46

Câmara analisa pedido de sustação da ação contra o deputado Alexandre Ramagem; PL, partido de Bolsonaro, querem anulação de todo o processo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

PESQUISA

Desaprovação a Lula cai para 50,1%, mas é o suficiente para vencer Bolsonaro ou Tarcísio? Atlas Intel responde

28 de abril de 2025 - 18:13

Os dados de abril são os primeiros da série temporal que mostra uma reversão na tendência de alta na desaprovação e queda na aprovação que vinha sendo registrada desde abril de 2024

JOGANDO UM CHARME

Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas

28 de abril de 2025 - 16:15

Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias

EM RECUPERAÇÃO

Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa

5 de abril de 2025 - 17:58

O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell

4 de abril de 2025 - 8:16

Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem

DE OLHO NAS URNAS

Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest

3 de abril de 2025 - 12:02

Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026

60 ANOS DE BC

Não haverá ‘bala de prata’ — Galípolo destaca desafios nos canais de transmissão da política monetária

2 de abril de 2025 - 16:50

Na cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central, Gabriel Galípolo destacou a força da instituição, a necessidade de aprimorar os canais de transmissão da política monetária e a importância de se conectar com um público mais amplo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump

1 de abril de 2025 - 8:13

Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump

DIA 71

O copo meio cheio de Haddad na guerra comercial de Trump

31 de março de 2025 - 20:03

O ministro da Fazenda comentou sobre tarifas contra o Brasil horas antes de a guerra comercial do republicano pegar fogo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump

31 de março de 2025 - 8:18

O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”

AGENDA NO EXTERIOR

Viagem a Paris: Haddad discutirá transição ecológica e reforma do G20 na França

30 de março de 2025 - 11:54

Financiamento a florestas tropicais e mercado de carbono são destaques dentre as pautas da agenda de conversas do ministro em Paris.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo

27 de março de 2025 - 8:20

Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC

ENQUANTO ISSO NA SALA DE JUSTIÇA

STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe; o que acontece agora

26 de março de 2025 - 14:10

Além de Bolsonaro, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus sete aliados do ex-presidente

TÁ NA ATA

Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar

25 de março de 2025 - 12:10

Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom

25 de março de 2025 - 8:13

Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar