Com IOF mais alto, conta em dólar e moeda em espécie perdem vantagem ante cartão de crédito internacional e pré-pago
Alíquota do imposto agora é igual — e mais alta — para todas as modalidades de câmbio feitas por pessoas físicas, sobretudo quem viaja para o exterior

Comprar e gastar em moeda estrangeira vai ficar mais caro para os brasileiros agora que o governo anunciou mudanças nas alíquotas e na forma de cobrança do Imposto sobre Transações Financeiras (IOF).
No fim da tarde desta quinta-feira (22), a Receita Federal anunciou mudanças no tributo sobre uma série de operações financeiras além do câmbio, como seguros, previdência e crédito.
A partir desta sexta (23), o IOF para as operações de câmbio terá alíquota única de 3,50%, válida para a maioria dos casos, um patamar mais elevado do que o que vinha sendo praticado até então.
- VEJA MAIS: Faltam menos de 10 dias para o fim do prazo da declaração; confira o passo a passo para acertar as contas com o Leão
Com isso, tanto a compra de moeda estrangeira em espécie, como a carga de contas em dólar e outras moedas, de cartões pré-pagos e os pagamentos via cartão de crédito internacional ficarão mais caros.
Além disso, a compra de dinheiro vivo e as contas digitais em moeda estrangeira perdem a sua vantagem em relação aos cartões de crédito internacionais e os pré-pagos, que antes tinham um IOF bem mais alto.
Como fica a cobrança de IOF nas transações de câmbio a partir desta sexta
Anteriormente, tanto a compra de moeda estrangeira em espécie quanto por meio de contas digitais (como Nomad, Wise e as oferecidas por instituições financeiras) ficava sujeita a um IOF de apenas 1,10%, o que as tornava muito mais vantajosas que a compra de cartões pré-pagos em moeda estrangeira ou os gastos no cartão de crédito internacional, sujeitos, em 2025, a um IOF de 3,38%.
Leia Também
Em tempo, o IOF dos cartões de crédito e pré-pagos vinha sendo reduzido escalonadamente, em 1 ponto percentual por ano, a partir da alíquota inicial de 6,38%, praticada até 2022.
Ou seja, a partir do ano que vem, o tributo, nesses casos, cairia para 2,38%. Com as mudanças anunciadas hoje pelo governo, essa queda escalonada deixa de ocorrer.
Agora o IOF para a compra ou gasto em moeda estrangeira em todas essas modalidades, muito utilizadas por quem viaja para o exterior, passa a ser o mesmo: 3,50%. Repare que, em todos os casos, a alíquota agora está mais alta.
Empréstimos externos de curto prazo (até um ano), que já não ficavam mais sujeitos à cobrança de IOF, também passam a ser tributados à alíquota de 3,50%, assim como as transferências para investimento em fundos no exterior.
No caso do que a Receita chama de "operações não especificadas", a saída de recursos do país passa a ficar sujeita a uma alíquota de 3,50%, enquanto as entradas permanecem na alíquota anterior, de 0,38%.
As contas em dólar perdem a vantagem?
Uma das principais vantagens de utilizar contas digitais em moeda estrangeira, que oferecem um cartão de débito para pagamentos e saques no exterior, era justamente o IOF mais barato.
Agora, elas estão iguais aos cartões de crédito e pré-pagos, tanto nos quesitos praticidade e segurança, quanto no quesito IOF.
Porém, essas contas devem permanecer com uma outra vantagem: elas costumam praticar o câmbio comercial, mais barato que o câmbio turismo, utilizado na compra de dinheiro em espécie e na carga de cartões pré-pagos.
Mesmo assim, agora os pré-pagos recuperaram boa parte da competitividade perdida quando essas contas digitais surgiram no mercado.
Embora ainda tendam a se manter mais caros que as contas em moeda estrangeira por causa do câmbio turismo, os pré-pagos contam com a vantagem de poderem ser multimoedas (a maioria das contas ainda não é), além de utilizados por menores de idade (as contas digitais são para maiores de 18 anos).
- LEIA TAMBÉM: Renda fixa isenta de Imposto de Renda? Estes 9 títulos de crédito privado incentivado podem gerar retornos de até IPCA + 8,9%; veja aqui.
No entanto, ambos os métodos mantêm uma vantagem em relação ao cartão de crédito internacional: a possibilidade de planejamento, pois o usuário pode ir formando, aos poucos, a sua poupança em moeda estrangeira por meio de cargas periódicas, travando o valor do câmbio antes mesmo de viajar.
No caso dos cartões de crédito, o usuário não forma poupança e fica sujeito à taxa de câmbio da data da compra, sem qualquer possibilidade de se planejar.
Mesmo assim, a competição entre contas em dólar e cartões de crédito internacionais deve agora ficar bem mais acirrada, pois ambos se igualam em praticidade e segurança, sendo que os cartões podem até praticar taxas de câmbio mais camaradas que a cotação turismo.
Além disso, as compras internacionais no crédito não deixam de gerar pontos, milhas ou cashback, o que as demais formas de pagamento no exterior não oferecem.
As instituições que oferecem contas em dólar, cartões pré-pagos e cartões de crédito internacionais também devem passar a competir mais no spread de câmbio e nas taxas praticadas pelos serviços prestados — por exemplo, para saques no exterior.
O que acho que todos agora podemos concordar é que, de fato, comprar moeda estrangeira em espécie não tem mais praticamente vantagem alguma, exceto no caso de quem viaja para países onde cartões são menos aceitos (como Japão) ou para ter algum trocado para itens de menor valor.
Conta de luz vai ficar mais cara em São Paulo: Enel vai aumentar tarifa em 14%; confira quando o reajuste passar a valer
O aumento impacta exclusivamente a área de concessão de São Paulo capital e interior. Para grandes indústrias e shoppings, o reajuste será de 15,77%.
Bancos digitais conquistam mais ricos: por que bancos tradicionais estão ficando para trás?
Estudo da Ipsos-Ipec aponta que assessoria humana ainda é importante na hora de investir, mesmo nas plataformas digitais
B3 lança contratos futuros de juros offshore: entenda o que são e como funcionam esses novos produtos
Investidores brasileiros poderão operar taxas de juros dos EUA, México e União Europeia diretamente na B3, sem precisar de conta no exterior
Quem ganha e quem paga: Anbima lançará site detalhando taxas cobradas dos investidores pelos fundos de investimento
Transparência sobre os custos é uma das principais mudanças da Resolução 175, da CVM, cujo prazo de adaptação acaba na próxima segunda-feira (30)
Quina de São João: quanto rende o prêmio de R$ 250 milhões na poupança, no Tesouro Direto, no CDI e na LCI
Largado em uma caderneta de poupança, o prêmio da Quina de São João renderia R$ 1,6 milhão por mês, mas pode chegar a bem mais, mesmo na renda fixa conservadora
Câmara aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos; texto segue para o Senado
Reajuste na tabela do imposto de renda poderá impactar o orçamento público em R$ 3,29 bilhões
Loft firma parceria com o Inter (INBR32) para ampliar rede de crédito imobiliário
A empresa já mantém acordos com Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Caixa Econômica Federal
Desafiamos o ChatGPT e a DeepSeek a darem palpites para nosso bolão da Quina de São João — qual inteligência artificial vai se sair melhor?
Caixa vai sortear a Quina de São João no próximo sábado, dia 28 de junho; o prêmio principal é estimado em R$ 230 milhões
Renda fixa, ações ou dólar: onde e quanto investir com a Selic em 15% ao ano?
Mudança na taxa de juros é oportunidade para revisitar a carteira de investimentos e fazer ajustes para melhor alocação
Sem fiador ou caução: garantias de aluguel evoluem e novas opções prometem segurança para o proprietário e retorno ao inquilino
O Seu Dinheiro foi atrás do que há de mais novo no mercado de locação de imóveis para explicar como as garantias funcionam e comparou todas as opções
Lotofácil mantém a reputação de fábrica de milionários e faz de aposta solitária a estrela da sorte; Mega-Sena e Quina acumulam
É importante lembrar que a Quina de São João ainda recebe apostas e entra na penúltima semana antes do sorteio em 28 de junho
Lotofácil e Mega-Sena podem fazer sortudos milionários neste sábado (14), enquanto Quina de São João ainda aceita apostas
Casas lotéricas de todo o Brasil e os canais eletrônicos da Caixa recebem apostas para a Mega-Sena e Lotofácil até às 19h
Não é aumento, é correção: Fazenda diz que combinação de imposto para ricos e maior isenção até R$ 7 mil reduz desequilíbrios
Estudo realizado pelo Ministério da Fazenda ressalta que a proposta de reforma do IR pode conciliar justiça fiscal e social, mantendo a responsabilidade fiscal, caso seja adotada em conjunto
Governo muda novamente IOF para VGBL e planejamento sucessório melhora um pouco; veja como ficam as regras agora
Sofrerão cobrança de IOF apenas os aportes em VGBL que superarem os R$ 600 mil no ano, não mais os R$ 50 mil por mês; tributação se dará agora apenas sobre o que exceder limite de isenção
Cadê meu imposto? Brasileiros são os que menos sentem o retorno da carga tributária — e não é de hoje
Estudo com 30 países revela que o Brasil continua na última posição em ranking de desempenho do retorno dos impostos à sociedade há mais de uma década
Investiu seu FGTS na Eletrobras? Veja se valeu a pena essa aposta e quais são as alternativas se quiser pular fora
Privatização da estatal elétrica completa três anos neste mês; Seu Dinheiro compara o retorno para quem ficou no FGTS com o que foi entregue pelos Fundos Mútuos de Privatização da Eletrobras
O que sabemos até agora sobre o aumento da tributação dos investimentos e o fim da isenção de IR de LCIs, LCAs e outros incentivados
Propostas precisarão passar pelo crivo do Congresso; veja quais já foram comentadas publicamente por Haddad e Hugo Motta e quais ainda estão no campo do rumor
Nova fase do consignado privado começa com portabilidade liberada e crédito adicional para trabalhadores; entenda as novidades
O programa fornece crédito com juros mais baixos a trabalhadores com carteira assinada
Governo adia para 25 de junho cobrança de nova alíquota do IOF sobre previdência
Aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos de previdência privada do tipo VGBL serão taxados em 5% a partir de 25 de junho
Pix Automático vem aí: Banco Central lança nova funcionalidade, que pode substituir débito automático e cartão de crédito; veja como vai funcionar
A nova função vai ao ar no próximo dia 16 e promete facilitar pagamentos de contas como academia, condomínio e assinaturas de streaming