JBS (JBSS3): dupla listagem nos EUA deve desbloquear potencial do frigorífico brasileiro, de acordo com o Citi; saiba o que fazer com as ações
Na última sexta-feira (30), a companhia obteve aprovação da CVM para estrear na bolsa de Nova York e iniciar seu programa de BDRs na B3

A dupla listagem da JBS (JBSS3) parece ter sido uma escolha sábia, ao menos na visão do Citi, que considerou esse movimento uma virada de jogo, com potencial de reduzir significativamente o desconto de avaliação do frigorífico.
Na última sexta-feira (30), a companhia obteve aprovação final da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para estrear na bolsa de Nova York (NYSE) e iniciar seu programa de BDRs Nível II na B3.
Devido a esses fatores, em conjunto com uma possível inclusão em outros índices — como o Russell 1000 e o S&P 500 — e à expansão para alimentos preparados com margens mais altas, a recomendação do Citi é de compra para o papel da JBS.
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O banco americano reforça que, apesar da atual volatilidade causada por surtos de gripe aviária e pelo ciclo desafiador no mercado de carne bovina dos EUA, o foco dos investidores deve migrar rapidamente para o frigorífico brasileiro, em relação às concorrentes americanas Tyson Foods e Pilgrim’s Pride.
Potencial imediato da JBS e maior visibilidade global
A autorização para a estreia do frigorífico na bolsa de Nova York ampliará significativamente a visibilidade da companhia entre investidores globais, de acordo com o Citi.
No curto prazo, é projetado que a JBS alinhe sua avaliação ao múltiplo atual da subsidiária Pilgrim’s Pride, de 6,5x EV/Ebitda, contra os atuais 5,8x do frigorífico brasileiro — implicando em uma potencial valorização de 30% — e há chance de fechar a lacuna mais ampla em relação à Tyson Foods, de 8,0x — um upside de 80%.
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“Cada incremento de 1x no múltiplo EV/Ebitda equivale a uma valorização de 40% nas ações da JBS”, pontuam os analistas do Citi.
Agora, para o longo prazo, a reavaliação da JBS dependerá de iniciativas estratégicas de crescimento, especialmente no segmento de alimentos preparados, que oferecem margens mais elevadas.
O banco americano espera que a listagem em solo americano leve o frigorífico para um caminho de crescimento orgânico e via fusões e aquisições, aproveitando sua nova flexibilidade para captação de recursos, sem diluir o controle acionário da J&F, holding da JBS.
“A inclusão em índices de referência, como o Russell 1000 e o S&P 500, segue sendo um importante catalisador para atrair fluxos de investimento passivo adicionais”, acrescentam os analistas do Citi.
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No caso de essa possibilidade se concretizar, a JBS superará com folga o limite atual de entrada no índice Russell 1000 (US$ 4,6 bilhões), com uma capitalização de mercado de cerca de US$ 16 bilhões.
No entanto, como a listagem na NYSE ocorreu após a data de corte do índice, junho e novembro de 2026 serão as primeiras datas viáveis para inclusão.
Confira o cronograma da nova listagem
- 06/06 - Último dia de negociação das ações da JBS S.A. (JBSS3) na B3 e efetivação da dupla listagem;
- 09/06 - Início da negociação dos BDRs da JBS N.V. na B3;
- 11/06 - Crédito dos BDRs e início do processo de conversão em ações Classe A na NYSE;
- 12/06 - Data estimada da estreia das ações Classe A da JBS na NYSE;
- 16/06 - Pagamento estimado de dividendos e leilão das frações de ações.
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