Itaú BBA corta preço-alvo da Sabesp (SBSP3), mas ação continua sendo ‘top pick’ e tem potencial para se tornar pagadora de dividendos
Analistas ajustam as projeções por conta do cenário macro turbulento, mas veem com bons olhos o baixo endividamento da companhia e o potencial de crescimento do EBTIDA

A deterioração progressiva do cenário macroeconômico, a perspectiva de escalada da Selic e inflação e os recentes resultados da maior empresa de saneamento do país fizeram os analistas do Itaú BBA atualizarem as projeções para a Sabesp (SBSP3).
A ação da companhia teve o preço-alvo ajustado para R$ 132,20, contra os R$ 143,40 anteriormente definidos.
Apesar da redução no indicador, a instituição segue firme na recomendação de compra do papel, que é uma das principais escolhas no setor de utilities (segmento que inclui energia e saneamento básico).
Os analistas justificam a indicação por conta do valuation atrativo do papel, do crescimento forte do EBTIDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), do baixo nível de endividamento e do potencial de geração de valor através de novas concessões.
A instituição avalia positivamente o processo de turnaround da empresa após a privatização e acredita que os investidores vão ganhar confiança conforme a companhia comece a entregar resultados.
Redução de custos e ajuste na receita
A Sabesp tem tomado uma série de iniciativas para consertar o problema de “gap” na receita – aproximadamente R$ 800 milhões –, causado pelos descontos de tarifas para clientes de larga escala, como indústrias e empresas.
Leia Também
Depois de analisar os contratos e mapear os riscos, a companhia decidiu remover o desconto para a maioria desses consumidores, resolvendo quase 70% do “rombo” na receita. Atualmente, a regulação permite até R$ 300 milhões em reduções tarifárias.
"Acreditamos que a empresa tentará negociar com o regulador para incorporar a lacuna restante nas tarifas, zerando a diferença de uma forma ou de outra”, escrevem os analistas do Itaú BBA.
Somado a isso, a ex-estatal tem trabalhado também para reduzir os custos, uma iniciativa que o BBA considera promissora e importante.
Até o final deste mês, a Sabesp está conduzindo um programa de demissão voluntária, que deve ter uma alta adesão, na projeção dos analistas.
“Seguindo o padrão observado em outras privatizações, esperamos um ajuste significativo no perfil da força de trabalho da empresa, com funcionários não gerenciais de longa data optando pelo programa de desligamento voluntário e novos talentos sendo recrutados”, diz o relatório.
Há também uma expectativa de mudanças nas posições de gerência e na remuneração em todos os níveis.
Sabesp: a nova ‘vaca leiteira’ da bolsa?
Apesar de prever uma geração de caixa negativa até 2028, por conta do alto capex (investimento) e da pressão nas despesas, o Itaú BBA acredita que a Sabesp tem potencial para manter os níveis de dívidas baixos.
Mais especificamente, eles não esperam que a alavancagem supere o múltiplo de 2,5 vezes dívida líquida/EBTIDA.
Por outro lado, os analistas projetam aumento significativo do EBITDA nos próximos anos, impulsionado pelos reajustes tarifários e pelos contínuos esforços de redução de custos da empresa.
A combinação destes fatores cria um cenário promissor para que a Sabesp se torne uma pagadora de dividendos no médio a longo prazo.
Entre leilões e leilões
O Itaú BBA vislumbra a Sabesp como uma consolidadora, participando de leilões de saneamento e adquirindo empresas. Vale lembrar que, em encontros recentes com investimentos, o governo de São Paulo mencionou o projeto de fazer alguns leilões de concessões entre o fim deste ano e começo de 2026.
Em concessões fora de SP, os analistas preveem até mesmo que a companhia possa se juntar à Equatorial (EQTL3).
“Em nossa visão, a Sabesp poderia contribuir com sua expertise em engenharia, enquanto a Equatorial poderia fornecer seu conhecimento dos desafios das concessões (para aquelas que opera) e extrair sinergias com as operações da distribuidora de energia elétrica”, comentam.
Também joga a favor das duas empresas o fato de que, em um cenário macro mais difícil, os leilões sejam mais racionais e tenham propostas menos agressivas da concorrência.
“Os maiores concorrentes da Sabesp e da Equatorial estão altamente endividados e vão ter dificuldade em fazer empréstimos a um preço razoável”, informa o relatório.
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas