Nubank (ROXO34) atinge lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, enquanto rentabilidade (ROE) vai a 27%; ações caem após resultados
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital do cartão roxo atingiu a marca de 27%; veja os destaques do balanço

O Nubank (ROXO34) anunciou nesta terça-feira (13) um lucro líquido de US$ 557,2 milhões no primeiro trimestre de 2025, descontados os efeitos de variação cambial.
O montante representa um crescimento de 74% em relação ao mesmo período do ano passado, mas estabilidade frente ao último trimestre, com leve alta de 0,9%.
Já o indicador ajustado, também em base neutra de câmbio, somou US$ 606,5 milhões no período, alta de 61,8% na relação ano a ano.
A cifra veio acima do esperado do mercado. Segundo o consenso fornecido pela empresa, a média das estimativas indicava um lucro de US$ 561 milhões no período.
Segundo o Nubank, o "sólido crescimento reflete o sucesso contínuo e a resiliência da estratégia e do modelo de negócios" do banco.
"Estamos confiantes de que, ao aprimorar continuamente nosso portfólio e posição de mercado, o Nubank aproveitará a longa jornada de crescimento à nossa frente e proporcionará valor duradouro tanto para clientes quanto para acionistas", afirmou David Vélez, fundador e CEO do Nubank.
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A rentabilidade do Nubank
Enquanto isso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital do cartão roxo atingiu a marca de 27% no início deste ano.
Ou seja, aumento de 4 pontos percentuais (p.p) em relação ao mesmo intervalo de 2024, mas queda de 2 p.p em relação ao quarto trimestre.
A rentabilidade entregue pela empresa veio abaixo das expectativas dos analistas do Goldman Sachs, que previam um ROE de 28,5%, mas equivale a um retorno bem acima da taxa básica de juros (Selic), que atualmente encontra-se na casa de 14,75% ao ano.
Mesmo assim, o rendimento ainda supera, em muito, os patamares já elevados de bancos tradicionais como o Itaú Unibanco (ITUB4).
A primeira reação dos investidores ao balanço foi negativa. As ações do Nubank passaram a cair 4,64% após o fechamento dos mercados em Wall Street, negociadas a US$ 12,53 no after market.
Outros destaques do balanço do Nubank no 1T25
A receita líquida do Nubank encerrou o primeiro trimestre a um novo recorde de US$ 3,2 bilhões, alta de 40% frente ao mesmo intervalo do ano anterior.
Já a receita média mensal por cliente ativo (ARPAC, na sigla em inglês) caiu 1,75% na mesma base, para US$ 11,20.
Mas o banco afirma que esse valor pode "continuar subindo rapidamente", à medida que reduz a discrepância em relação aos bancos tradicionais, que geram receitas superiores a US$40, por meio do lançamento de novos produtos e entradas em novos segmentos.
Enquanto isso, o custo médio de servir mensal por cliente ativo diminuiu 12,5% entre janeiro e março, para US$ 0,70.
Por sua vez, a base de usuários atingiu a marca de 118,6 milhões de clientes ativos no primeiro trimestre, com uma taxa de atividade mensal de 83%. A cifra equivale a uma adição de 4,3 milhões de usuários na comparação com o mesmo intervalo de 2024.
No Brasil, a base de clientes subiu 14% frente ao mesmo período do ano anterior, a 104,6 milhões —equivalente a 59% da população adulta do país.
Carteira de crédito e inadimplência
O portfólio de crédito total do Nubank chegou a R$ 24,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 22,9% em relação a igual intervalo de 2024 e de 16,4% no comparativo com o trimestre imediatamente anterior.
A receita financeira líquida de juros (NII, na sigla em inglês) somou US$ 1,8 bilhão, um aumento de 34% em relação aos últimos 12 meses.
Já a margem financeira líquida (NIM, também na sigla em inglês) atingiu a marca de 17,5%, queda de 2 pontos percentuais na comparação anual e de 0,2 p.p na base trimestral.
Segundo o banco, a redução esteve alinhada com as expectativas e foi resultado de "escolhas estratégicas feitas para otimizar o crescimento de longo prazo do Nu" em relação à precificação de depósitos em novas regiões geográficas.
Quando ajustado ao risco, o indicador chega a 8,2%, cifra 1,3 p.p abaixo do mesmo período de 2024 e do trimestre anterior.
"Essa compressão foi impulsionada pelo aumento da Provisão para Perdas de Crédito, devido ao forte crescimento da carteira e ao modelo de provisionamento antecipado", disse o banco.
As despesas com provisão para perdas de crédito subiram 17% na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 973,5 milhões em perdas previstas no crédito.
Do lado dos níveis de inadimplência (NPLs) do banco, o índice de devedores acima de 90 dias teve alta 0,2 ponto percentual frente ao primeiro trimestre de 2024, mas recuo de 0,5 p.p ante o quarto trimestre, a 6,5%.
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