Bitcoin vai do inferno ao céu e fecha como melhor investimento de abril; um título de renda fixa se deu bem com a mesma dinâmica
As idas e vindas das decisões do presidente dos EUA, Donald Trump, causaram uma volatilidade além da habitual no mercado financeiro em abril, o que foi muito bom para alguns ativos
“VOL é vida”. Este é um ditado do mercado financeiro para dizer que a volatilidade dos ativos é benéfica para o ganho de capital. Em abril, essa premissa foi muito verdadeira para os investimentos que mais se valorizaram no mês: bitcoin e Tesouro Prefixado.
O mês começou com o “Dia da Libertação” de Donald Trump — parece que faz um ano, mas faz um mês. Na data, o presidente norte-americano anunciou as novas tarifas de importação para o mundo, e o mercado reagiu muito mal às alíquotas, que foram maiores do que as esperadas.
Foram dias de sangria para quase todos os ativos financeiros do mundo: dólar, ações, bitcoin, títulos públicos.
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A situação piorou quando o presidente da China, Xi Jinping, devolveu a mesma moeda e travou uma guerra comercial com Trump.
Nova sessão de sangria.
Até aqui, abril entrava para a história como um mês para se esquecer. A maior parte dos ativos acumulava desvalorização.
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Até que o presidente dos Estados Unidos recuou. Retirou as taxas mais altas contra todos os países, à exceção da China, ao pausar o tarifaço em 90 dias, mantendo apenas a alíquota mínima, de 10%.
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Isso já causou um grande alívio nos mercados, que se ampliou quando Trump anunciou a intenção de dialogar com a China e diminuir os impostos contra o país, que estão em impressionantes 145% — para alguns produtos, em 245%, considerando os impostos estabelecidos no primeiro mandato do republicano.
Bitcoin vai da lanterna ao topo
As reviravoltas do mês terminaram com saldo positivo para quase todos os ativos acompanhados pelo Seu Dinheiro, com apenas uma exceção — que falaremos mais adiante.
O investimento que mais ganhou foi o bitcoin, que se valorizou em 11,9% em abril. A criptomoeda, entretanto, foi do inferno ao céu, pois bateu a mínima do ano ao longo do mês.
A rentabilidade em 2025 continua negativa, em -7,04%, mas o saldo de abril acabou sendo mais positivo do que negativo: ao fim de março, a rentabilidade negativa no ano era de -18%.
Além do recuo de Trump em relação às tarifas, um dos motivos apontados para a alta da criptomoeda é uma correção do valor, visto que o preço ficou muito depreciado entre janeiro e março.
A tese de que o bitcoin pode ser considerado uma criptomoeda para reserva de valor continua tendo bastante força, e especialistas do setor acreditam que novos recordes podem ser estabelecidos em 2025.
Brilho da renda fixa
Outro giro 180 em abril foi o do Tesouro Prefixado.
O título público se beneficiou com as mudanças nas projeções dos agentes de mercado para a taxa Selic com o novo cenário que se avizinha com tarifas de Trump. A expectativa é de que as tarifas de importações levem à atividade global a uma desaceleração.
Com isso, a economia brasileira também deve desacelerar, e as taxas de juros, que precisavam ir às alturas para conter a inflação no país, talvez não precisem mais ir tão longe.
O Tesouro Prefixado é o título público mais sensível a essas mudanças de cenário de curto prazo para os juros. O título com vencimento em 2032 que estava pagando uma taxa na faixa de 15% no dia 2 de abril diminuiu para uma taxa de 14% neste dia 30.
Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos de renda fixa são inversamente proporcionais. Isso significa que, quanto menor a taxa, maior o preço do título, e vice-versa.
Em outras palavras, quando os juros futuros (esperados) sobem, as taxas acompanham, e os preços dos papéis caem; mas quando os juros futuros caem, as taxas também reduzem, e os preços dos títulos sobem.
Com isso, em abril, o preço dos títulos do Tesouro Prefixado 2032 se valorizou em 6,34% — conseguindo o segundo lugar no pódio de melhores investimentos do mês.
O terceiro lugar ficou para o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais de 2035, que registrou alta de 5,26% nos preços.
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Veja a seguir o ranking completo dos piores e melhores investimentos de abril:
| Investimento | Rentabilidade no mês | Rentabilidade no ano |
|---|---|---|
| Bitcoin | 11,93% | -7,04% |
| Tesouro Prefixado 2032 | 6,34% | - |
| Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035 | 5,26% | 6,66% |
| Ouro (GOLD11) | 5,14% | 16,22% |
| Tesouro Prefixado 2028 | 3,98% | - |
| Ibovespa | 3,69% | 12,29% |
| IFIX | 3,01% | 9,51% |
| Tesouro IPCA+ 2029 | 2,64% | 5,50% |
| Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)* | 1,60% | 6,19% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2045 | 1,44% | 1,96% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | 1,35% | 3,53% |
| Tesouro IPCA+ 2040 | 1,13% | - |
| Tesouro Selic 2028 | 1,06% | - |
| Tesouro Selic 2031 | 1,04% | - |
| CDI* | 1,00% | 4,02% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2060 | 0,87% | - |
| Poupança antiga** | 0,64% | 2,53% |
| Poupança nova** | 0,64% | 2,53% |
| Tesouro IPCA+ 2050 | 0,40% | - |
| Dólar à vista | -0,50% | -8,15% |
| Dólar PTAX | -1,41% | -8,57% |
(**) Poupança com aniversário no dia 28.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc.
Dólar na lanterna
O dólar à vista (cotação de mercado) e o dólar PTAX (cotação do Banco Central) fecharam pelo segundo mês consecutivo na lanterna dos melhores investimentos do mês.
A crise de confiança dos investidores nos Estados Unidos tem prejudicado o desempenho da moeda no mercado internacional. O dólar não tem sido a escolha de segurança nos momentos de aversão a risco, esse posto tem sido ocupado pelo ouro e outras moedas, como o euro.
O índice dólar (DXY), que acompanha o preço da divisa frente uma cesta de pares globais, fechou abril com uma queda de -4,02%. No ano, a perda chega a 8,15%.
A fraqueza no mercado internacional se refletiu no desempenho contra o real, mas não só. A entrada de fluxo estrangeiro no Brasil ao longo de abril também ajudou na desvalorização do dólar.
No próximo mês, quem sabe, o dólar consiga música no Fantástico.
Maiores altas do Ibovespa em abril
| Empresa | Código | Desempenho no mês |
|---|---|---|
| Pão de Açúcar | PCAR3 | 35,92% |
| Locaweb | LWSA3 | 35,58% |
| Azzas 2154 | AZZA3 | 28,98% |
| Localiza | RENT3 | 27,92% |
| YDUQS | YDUQ3 | 27,50% |
| Cogna | COGN3 | 26,60% |
| Hypera | HYPE3 | 23,90% |
| Assaí | ASAI3 | 22,05% |
| Auren | AURE3 | 19,62% |
| Marfrig | MRFG3 | 19,27% |
Maiores quedas do Ibovespa em abril
| Empresa | Código | Desempenho no mês |
|---|---|---|
| Azul | AZUL4 | -55,32% |
| Brava | BRAV3 | -24,89% |
| PetroRecôncavo | RECV3 | -22,20% |
| Petrobras | PETR3 | -19,71% |
| Petrobras | PETR4 | -17,31% |
| PRIO | PRIO3 | -14,87% |
| Gerdau | GGBR4 | -7,35% |
| IRB | IRBR3 | -7,35% |
| Minerva | BEEF3 | -6,80% |
| Vale | VALE3 | -6,53% |
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