Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3 — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas
Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira

Nada como ser o primeiro em algo. E, nesta sexta-feira (25), o Brasil entra mais uma vez para a história do mercado de criptoativos: começa a ser negociado na B3, a bolsa de valores do país, o primeiro ETF (fundo negociado em bolsa) do mundo baseado na criptomoeda XRP.
O produto é uma criação da Hashdex, gestora especializada em ativos digitais e pioneira no segmento de ETFs de cripto, com a administração da Genial Investimentos. Ainda em fevereiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu o sinal verde para a estreia do fundo, que chega ao mercado sob o ticker XRPH11.
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Na prática, o fundo replica o Nasdaq XRP Reference Price Index e investirá, no mínimo, 95% do seu patrimônio em XRP. Essa exposição pode se dar por meio da compra direta do ativo, de contratos futuros atrelados ao índice ou outras estratégias que acompanhem a sua rentabilidade.
O XRP e o mercado brasileiro
A novidade marca mais um passo do Brasil como protagonista no mercado global de criptoativos — e não passou despercebida por especialistas.
“Esse ETF é mais um marco importante para a indústria e para a adoção em massa de cripto — tanto pelo varejo quanto pelo institucional — e também para o crescimento da indústria cripto no Brasil, que já é grande e, pelo que estamos vendo, só tende a crescer”, afirma Marcello Cestari, analista e trader responsável pelos fundos de criptoativos da Empiricus Gestão.
Nesse sentido, Cestari chama atenção para os números do setor. Um estudo dos institutos Datafolha e Paradigma Education revelou que 16% da população brasileira já investe em cripto, 54% tem algum conhecimento sobre o tema e cerca de 3 milhões de pessoas fazem autocustódia,ou seja, guardam suas moedas digitais sem a intermediação de corretoras ou bancos.
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Esse cenário também reflete um ambiente regulatório mais favorável. Para o analista, o lançamento do ETF evidencia esse avanço no Brasil. “Isso marca mais um avanço da indústria cripto brasileira, um ambiente regulatório mais amistoso e favorável à indústria, o que nos coloca entre os 10 maiores mercados globais de cripto”, afirma.
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Corrida pela inovação
A XRP, por sua vez, carrega um histórico que vai além do seu valor de mercado — atualmente estimado em US$ 128 bilhões, o que a posiciona como a quarta maior criptomoeda do mundo. Ela é o token oficial de pagamentos internacionais da Ripple, empresa norte-americana que desenvolve soluções financeiras usando tecnologia blockchain.
O objetivo da Ripple é ambicioso: construir uma infraestrutura de pagamentos mais eficiente e menos custosa do que o sistema tradicional, baseado em bancos correspondentes e na rede Swift.
Com o XRP, empresas podem converter pagamentos em moeda local para a criptomoeda, transferi-los e reconvertê-los no destino, com redução significativa de taxas e tempo.
Nos Estados Unidos, o movimento em torno da XRP também avança. Gestoras como Grayscale e Bitwise Asset já solicitaram à Security Exchange Commission (SEC, equivalente à CVM dos EUA) a autorização para lançar ETFs semelhantes.
A chegada de Paul Atkins à liderança da SEC reforça as expectativas de que os fundos sejam aprovados pelo órgão regulador e, em breve, cheguem às bolsas norte-americanas.
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