Onde investir 2025: Bitcoin (BTC) a R$ 1 milhão? Como Trump pode levar as criptomoedas a nova era de recordes ou frustrar o mercado
Analistas preveem um novo ciclo de valorização em 2025, impulsionado pelo amadurecimento do mercado e pela expectativa de um ambiente regulatório mais favorável; descubra as melhores opções de investimento entre as criptos para este ano

Se 2024 foi um divisor de águas para o mercado de criptomoedas, com momentos históricos como a quebra da barreira dos US$ 100 mil pelo bitcoin (BTC), 2025 não deve ficar atrás — e o investidor ainda tem tempo de embarcar nessa e aproveitar os bons ventos dos ativos digitais, com cautela e sem exageros.
É o que afirmam Marcello Cestari, analista e trader da Empiricus Gestão, e Fabrício Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin, convidados do Seu Dinheiro para o programa Onde Investir 2025 sobre criptomoedas.
Após a aprovação dos primeiros fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista nos Estados Unidos, o esperado halving de abril e a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, Cestari e Tota enxergam um horizonte de novas máximas históricas, sustentado por um ambiente regulatório mais favorável, além do crescente interesse institucional no mercado cripto.
No evento, os dois especialistas falaram sobre as melhores opções para quem quer ter uma parte da carteira composta por ativos digitais, projetam até onde o preço do bitcoin pode chegar e alertam sobre os riscos no horizonte desse mercado. Você confere tudo a partir de agora.
Esta matéria faz parte de uma série especial do Seu Dinheiro sobre onde investir em 2025. Eis a lista completa:
- Cenário macroeconômico
- Renda fixa
- Ações e dividendos
- Fundos imobiliários
- Criptomoedas
- Investimentos internacionais
A tríade das criptos e outras oportunidades para investir em 2025
Com um salto de mais de 126% em 2024, o bitcoin segue como a porta de entrada para o mercado de criptomoedas em 2025. Seja por meio de exchanges ou da crescente variedade de ETFs à vista, as opções de exposição ao BTC só aumentam.
Leia Também
A possibilidade de o governo Trump criar uma reserva nacional em bitcoin também reforça as expectativas de novas máximas históricas.
“Não é tarde [para comprar bitcoin]. Ainda estamos no começo [de uma trajetória longa]. É fundamental que uma parcela significativa do portfólio de investidores em cripto esteja alocada em bitcoin. Ele é a base de tudo e concentra a maior parte dos recursos da maioria dos investidores”, diz Tota, do Mercado Bitcoin.
Apesar de ser a porta de entrada, o BTC não está sozinho na preferência dos especialistas quando o assunto é aporte em criptomoedas. Ethereum (ETH) e solana (SOL) completam a tríade dos ativos digitais “que o investidor não pode deixar de ter”, segundo Cestari e Tota.
A possível regulamentação do staking — mecanismo que funciona como uma espécie de aluguel de criptomoedas — para ETFs de ethereum, juntamente com a esperada aprovação de ETFs de solana, são fatores que mantêm o mercado otimista para este ano.
Além das três principais criptomoedas, o setor de inteligência artificial (IA) em conjunto com a tecnologia blockchain, surge como uma aposta promissora, com o potencial de ampliar a eficiência nas finanças descentralizadas (DeFi).
“Fora da tríade, um setor que merece a atenção do investidor é o de IA. Estou bastante otimista com o segmento, que só não performou melhor que as memecoins; IA foi o segundo melhor setor do mercado de cripto no ano passado”, diz Cestari, da Empiricus.
Outro caminho de diversificação relevante apontado pelos especialistas no Onde Investir 2025 é a tokenização de ativos reais. Essa prática ganhou força em 2024, quando a BlackRock lançou um fundo tokenizado, utilizando a rede ethereum, de títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
Tota, do Mercado Bitcoin, vê na tokenização de ativos reais um caminho “mais palatável para o investidor institucional, que consegue fazer uma ponte com ativos mais tradicionais e já conhecidos, entendendo riscos e benefícios”.
A modalidade de investimento também é considerada mais eficiente e menos onerosa, além de permitir o fracionamento dos ativos, reduzindo custos e facilitando o acesso de novos investidores.
Bitcoin: o céu é o limite para os preços?
A aposta dos especialistas é de mais um ano de fortes altas para a maior criptomoeda do mundo — com preços entre US$ 150 mil e US$ 200 mil.
“Eu acho que o bitcoin pode bater na casa dos US$ 150 mil este ano. Devo revisar a projeção ao longo de 2025, mas olhando para hoje, essa é minha estimativa. Estou bem otimista, e o bull market de 2025 tende a ser parecido com o de 2017 e o de 2021, ainda que tenhamos uma configuração diferente do mercado”, diz Cestari, da Empiricus.
Tota vai na mesma direção. “Eu estou muito otimista e enxergo o bitcoin entre US$ 150 mil e US$ 200 mil, mas se fosse para ficar com um número, seria US$ 170 mil”, diz.
“Vejo um cenário de dólar estressado aqui, podendo se deteriorar e, por isso, não seria surpreendente ver o bitcoin chegar a R$ 1 milhão no Brasil”, acrescenta o diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin, para quem.
Diante desse otimismo, os especialistas explicam como o investidor brasileiro deve se posicionar. Ambos discordam da visão mais conservadora e baseada na renda fixa norte-americana e global, que recomenda a alocação de apenas 1% ou 2% em criptomoedas.
“Pensando no investidor brasileiro, sem risco, é possível fazer um CDI no ano, então aloque em cripto o correspondente a um ano de CDI, que hoje equivale a 12%, 13%, 14%”, afirma Tota.
“Se considerarmos que as pessoas têm uma vida de investimento que dura 20, 30 anos, isso representa um ano da vida dela. Se tudo der errado — e não vai dar — ela perdeu apenas um ano em investimentos”, acrescenta o diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin.
Cestari, que também defende uma posição na casa de 10%, faz uma recomendação importante ao investidor brasileiro: “Não seja ganancioso demais, realize seus lucros”.
O que pode dar errado em 2025?
Ainda em dezembro, a reafirmação de Trump sobre a criação de uma reserva estratégica de bitcoin levou a criptomoeda ao maior valor da história até então, ultrapassando os US$ 108 mil. De lá para cá, os ânimos arrefeceram e 2025 começou mais morno.
Um movimento natural de correção de preços, combinado com a perspectiva de manutenção dos juros pelo Federal Reserve (Fed) em patamar mais elevado, assustou investidores — o que desencadeou uma nova onda de liquidações, levando o bitcoin de volta para a faixa dos US$ 90 mil.
O movimento ajuda a lembrar os investidores de que os riscos ligados aos ativos digitais não podem ser ignorados, especialmente se Trump não demonstrar flexibilidade suficiente para implementar propostas no prazo esperado pelo mercado.
“Podemos ter um governo que vai sofrer muita pressão política e não vai ter tanta flexibilidade quanto estávamos imaginando. Isso vai atrasar o desenvolvimento da regulação dos Estados Unidos, e a indústria não está precificando esse tipo de atraso. Não acho que isso vai acontecer, mas sempre existe esse risco”, diz Cestari, da Empiricus.
Outro ponto de atenção são os projetos que aparentam ser inovadores e ganham tração no mercado, mas que podem desmoronar ao menor sinal de adversidade.
Os especialistas alertam também para a possibilidade, ainda que remota, de colapso de grandes empresas do setor. Episódios como os das falências de grandes players — FTX, Voyager, Celsius e Terra — mostram que o risco não é inexistente.
“Sempre existe o risco de quebra de um grande player. Se no mercado tradicional existe fraude, a exemplo do que aconteceu com a Americanas, no mercado cripto pode acontecer o mesmo”, acrescenta Cestari.
Regulamentação do bitcoin e de outras criptomoedas
O cenário das criptomoedas e do próprio bitcoin neste ano é radicalmente diferente daquele em que esses ativos foram concebidos. Criadas inicialmente com a proposta de construir um mercado completamente independente e desvinculado das instituições que contribuíram para a crise financeira de 2008, hoje o setor ganha força justamente com a regulamentação.
Para Tota, esse movimento não é necessariamente negativo, já que ele considera ser impossível atrair investimentos substanciais sem algum grau de regulação.
O diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin também lembra que um nível adequado de segurança permite que mais pessoas se dediquem ao setor e facilita o acesso de investidores ao mercado em larga escala.
Nesse contexto, os especialistas dizem que o Brasil se destaca por, desde 2022, ter a Lei 4.178/2022 — o chamado ‘Marco Legal das Criptomoedas’ —, que designou o Banco Central como regulador do setor.
“Uma coisa muito acertada no Brasil, e que no mundo tem gerado as melhores soluções, é quando você regula os intermediários e não tenta regular a tecnologia”, afirma o diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin.
Esse modelo de regulação foca nos intermediários — e não nos detalhes de cada modalidade de investimento e suas tecnologias —, permitindo a inovação, enquanto garante a segurança necessária para o funcionamento do mercado.
“Quando um setor se torna grande o suficiente, ele vai atrair regulamentação inevitavelmente”, acrescenta Tota.
Por que o Itaú BBA diz que o ethereum (ETH) será o novo protagonista do ciclo de alta no mercado cripto
O entusiasmo com o ETH, segunda maior criptomoeda do mundo, se apoia em uma recuperação vertiginosa após um início de ano pouco animador
IPO da Gemini surpreende com demanda 20 vezes maior que o esperado e faz preço das ações saltarem
Setor de criptoativos virou protagonista de ofertas públicas em Wall Street em 2025, após anos de desconfiança e embates regulatórios
Com novas regras nos EUA e otimismo no mercado, confira as criptomoedas para investir em setembro
Levantamento do Crypto Times traz indicações de Foxbit, MB Research, Coinext, Bitso, QR Asset, Vault Capital, Hurst Capital e BTG Pactual
Como uma atualização na rede do ethereum (ETH) fez disparar o roubo de tokens por meio de ‘phishing’
Golpistas roubaram mais de US$ 12 milhões da rede do ethereum por meio de esquemas de phishing em agosto, um aumento de 72% em relação a julho
Cruz da Morte: o que é o padrão que ameaça distanciar ainda mais o bitcoin (BTC) da busca por novos recordes
Pouco mais de duas semanas depois de atingir sua máxima histórica, bitcoin (BTC) agora acumula queda de mais de 10%
Hackers internacionais roubam US$ 28 milhões em dinheiro e criptomoedas na Coreia do Sul — até Jungkook, do BTS, entrou na mira
Rede de hackers desviou US$ 28 milhões em dinheiro e criptomoedas de investidores, celebridades e executivos na Coreia do Sul
Economista brasileiro lança robô que ‘vasculha’ o mercado em busca de criptomoedas com potencial de explodir; veja
Ferramenta desenvolvida por Valter Rebelo, economista do Insper, busca identificar ativos com potencial de multiplicar investimentos
Conheça a Cronos (CRO), criptomoeda que chegou a disparar mais de 40% após aquisição bilionária do Trump Media Group
A Crypto.com, desenvolvedora da CRO, é uma das principais parceiras de cripto da administração Trump
Grupo de mídia da família Trump fecha acordo de US$ 6,4 bilhões com empresa de criptomoedas
O movimento aprofunda os laços entre os negócios do presidente dos Estados Unidos e a indústria de criptoativos
Entre cortes de juros e barulhos de Brasília: por que o desafio brasileiro não dá trégua
Crescem os sinais de que os juros podem começar a cair por aqui, porém o cenário brasileiro não se resume apenas à inflação e à atividade econômica, contando com outros obstáculos
Ethereum (ETH) supera bitcoin (BTC) com máximas históricas. O que impulsionou a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo?
Depois de um começo de ano difícil em 2025, o ethereum recuperou as perdas no último final de semana
Ele passou 5 anos em fuga sob suspeita de roubar R$ 70 milhões em criptomoedas — e acabou na cadeia por causa de uma bituca de cigarro
Suspeito teria lesado cerca de 1.300 pessoas em fraude com criptomoedas contra investidores na Coreia do Sul
Criptomoedas sobrevivem à ata do Fed e ganho passa de 10%; taxa de juros nos EUA é o nome do jogo
Com o Fed dividido e Congresso dos EUA de olho na regulação do setor, criptomoedas reagem a falas de dirigentes e ganham fôlego antes do decisivo encontro de Jackson Hole
Bitcoin (BTC) em correção e criptomoedas em queda: por que as falas de Powell em Jackson Hole podem mexer com o mercado
Expectativas sobre juros nos Estados Unidos aumentam a tensão no mercado de ativos digitais, por isso, investidores aguardam sinais decisivos no encontro desta semana
Bitcoin (BTC) bate novo recorde e contagia o mercado cripto em agosto; Ethereum também brilha
Alta dos juros, cenário regulatório e entrada de grandes investidores explicam a disparada do Bitcoin do mundo; Ethereum também brilha e impulsiona o setor
A visão do BC de Galípolo para piloto do Drex, que será lançado em 2026
O Banco Central confirma a mudança de rumo e abandona o blockchain para lançar, no ano que vem, uma versão focada em destravar garantias em operações de créditos entre instituições financeiras
Bitcoin (BTC) atinge recorde, mas altcoins roubam a cena; mercado de criptomoedas alcança US$ 4,2 trilhões
Bitcoin alcança a nova máxima histórica, mas são as altcoins como o ethereum e a solana lideram as altas desta quarta-feira (13)
Itaú (ITUB4) expande sua oferta de altcoins e adiciona 5 novas criptomoedas ao seu app
Aave (AAVE), Avalanche (AVAX), Chainlink (LINK), Polygon (POL) e Litecoin (LTC) entram na lista do banco, que ampliou de duas para dez opções de criptomoedas em 2025
Bitcoin (BTC) encosta nos US$ 122 mil: novos recordes à espreita ou o retorno da volatilidade ao mercado?
Alta recente do BTC reflete otimismo com cortes de juros nos EUA, mas avanço da volatilidade e dados de inflação prometem testar o fôlego do mercado
Trump toca e o mercado dança: bitcoin (BTC) volta aos US$ 117 mil e impulsiona altas de quase 10%
Decreto do republicano abre caminho para a inclusão de criptomoedas nos planos de aposentadoria 401(k); medida mira mercado trilionário e anima investidores