Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro
Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”
Não dá pra agradar todo mundo — e, mesmo com o bitcoin (BTC) acima dos US$ 100 mil, com crescente institucionalização e projeções otimistas para 2025, há quem continue torcendo o nariz. Entre eles, Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, figura histórica do ceticismo cripto. Mas, nesta segunda-feira (19), ele deu um passo em direção à conciliação.
Durante o dia anual do investidor do banco, Dimon anunciou que os clientes do JP Morgan agora podem comprar bitcoin. Mas o executivo não abandonou seu ceticismo quanto ao criptoativo. “Não acho que você deva fumar, mas defendo seu direito de fumar”, disse ele. “Defendo seu direito de comprar bitcoin.”
A decisão coloca o JP Morgan lado a lado com instituições como o Morgan Stanley, que já permite a oferta de ETFs de bitcoin à vista para clientes qualificados por meio de seus consultores financeiros.
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No caso do JP Morgan, o acesso ao bitcoin será mais limitado. “Vamos permitir que você compre”, reforçou Dimon. “Não vamos custodiar. Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes.”
O anúncio veio poucos dias depois de analistas do próprio JP Morgan projetarem que o bitcoin deve superar a valorização do ouro ainda em 2025.
“Inútil”: o histórico de críticas de Dimon ao bitcoin
As críticas de Jamie Dimon ao bitcoin não são novidade, e o CEO possui um histórico de declarações fortes sobre o ativo digital.
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“O próprio bitcoin não tem valor intrínseco”, disse em entrevista à CBS News em janeiro de 2025. “É amplamente utilizado por traficantes sexuais, lavadores de dinheiro, ransomware. Então, simplesmente não me sinto bem em relação ao bitcoin.”
Em 2021, em meio à alta do mercado de criptoativos, ele classificou o bitcoin como “inútil”. Já em 2023, diante de legisladores no Senado, afirmou: “Sempre fui profundamente contra o cripto, o bitcoin etc. O único caso de uso verdadeiro disso são criminosos, traficantes de drogas… lavagem de dinheiro, evasão fiscal.” E foi além: “Se eu fosse o governo, eu acabaria com isso.”
No Fórum Econômico Mundial de 2024, em Davos, repetiu o tom: “Bitcoin não faz nada. Eu o chamo de pedra de estimação.” E, ao final da entrevista com a CNBC, disparou: “Esta é a última vez que falo sobre isso com a CNBC, que Deus me ajude.”
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As mesmas convicções, um cenário diferente
Desde a posse de Donald Trump, em janeiro, as principais agências reguladoras do setor bancário dos EUA revogaram diretrizes consideradas anti-cripto. Isso abriu caminho para que bancos possam custodiar criptoativos, com o fim da norma contábil SAB 121.
Mesmo assim, a atuação direta com empresas do setor ainda exige sinal verde explícito do Federal Reserve, o que limita os próximos passos de instituições como o JP Morgan.
Um porta-voz do banco se recusou a detalhar os planos específicos em relação ao bitcoin. Até aqui, a exposição da instituição ao setor cripto era concentrada em produtos baseados em futuros, sem envolvimento direto com a moeda digital.
Apesar da aparente contradição entre as palavras e as ações de Jamie Dimon, a decisão marca mais um avanço do bitcoin rumo ao mercado financeiro tradicional, ainda que a passos cautelosos.
* Com informações da CNBC
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