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Milei bebeu do próprio veneno: Argentina corta tarifa que o próprio governo aumentou na tentativa de brecar os preços

Javier Milei, novo presidente da Argentina

Javier Milei, presidente da Argentina

Dizem que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose — e o presidente da Argentina, Javier Milei, é a prova de que o ditado popular tem sentido. 

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Quando assumiu o governo, em 10 de dezembro, Milei aumentou o imposto de importação — a ideia era elevar a receita federal e reduzir o déficit fiscal. Só que a tarifa mais elevada acabou também aumentando os preços das importações na Argentina

Por isso, o governo argentino foi obrigado a dosar melhor o remédio para colocar a economia nos eixos e o ministro da Economia do país, Luis Caputo, teve que ir a público anunciar a redução da tarifa de importação de mercadorias e frete.

A alíquota do chamado Imposto para uma Argentina Inclusiva e Solidária (PAIS, em espanhol) foi reduzida de 17,5% para 7,5%. 

A medida, divulgada na plataforma X, se tornará efetiva a partir do dia 2 de setembro

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“Importante! A partir de segunda-feira, 2 de setembro, a alíquota do Imposto Pais para importação de mercadorias e frete será reduzida de 17,5% para 7,5%. Prometemos e cumprimos!”, escreveu Caputo no X. 

https://twitter.com/LuisCaputoAR/status/1828588742216683833

Um pequeno passo para a Argentina…

A inflação na Argentina em 12 meses passa dos 200% embora já tenha desacelerado desde que Milei tomou posse. 

Por isso, o corte do PAIS é um pequeno passo nos esforços do governo para normalizar a economia.

Até julho, o governo tinha arrecadado 4,3  trilhões de pesos (US$ 4,5 bilhões) em receitas provenientes da tarifa, o que representa cerca de 6% do total das receitas fiscais, segundo dados do governo. O imposto incide sobre uma série de transações que vão além da importação.

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Mesmo assim, Milei e Argentina ainda têm um longo caminho a percorrer. Por exemplo, o imposto PAIS é aplicado em um nível diferente quando os argentinos trocam pesos por dólares nos bancos.

 Essa taxa não mudará por enquanto, nem o limite de US$ 200 por mês que os argentinos podem alterar desde que Milei mantenha o controle cambial.

*Com informações da Bloomberg

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