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Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Coteminas (CTNM4), empresa ‘abandonada’ pela Shein

Coteminas, parceira da Shein, entra com pedido de recuperação judicial

Coteminas, parceira da Shein, entra com pedido de recuperação judicial

Em maio deste ano, a Coteminas (CTNM4) havia entrado com um pedido de recuperação judicial em conjunto com outras empresas do mesmo grupo. E, nesta sexta-feira (26), a Justiça acatou a decisão da empresa de reestruturação dos negócios. 

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Na mesma decisão, o Odernes Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (Fip Ordenes) também aceitou o acordo proposto pela AMMO Varejo e outras empresas do grupo. Assim, as companhias conseguiram a prorrogação do vencimento de obrigações referentes às debêntures do conglomerado. 

No passado, o fundo de investimentos havia alegado que o vencimento antecipado das dívidas da AMMO, em 30 de maio de 2022. Em outras palavras, o FIP Ordenes acredita que o grupo não cumpriu com as obrigações relacionadas às debêntures — e que, por isso, a dívida deveria ser paga imediatamente. 

Assim, a Coteminas entrou com o pedido de recuperação judicial com o intuito de proteger seus negócios, tendo em vista que o grupo agora entra em stay period — isto é, momento em que os credores não podem tomar medidas contra a empresa.

Os investidores parecem ter gostado da decisão. Os papéis CTNM4 subiam 3,13% por volta das 11h, negociados a R$ 0,99. 

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A união da Coteminas (CTNM4) faz a força

O preço abaixo de R$ 1,00 fez as ações da Coteminas se enquadrar na categoria de penny stocks. Por isso, a B3, que opera a bolsa brasileira, proíbe que uma empresa fique por mais de 30 pregões com os papéis nesse patamar.

E já alertou a companhia sobre a situação em um ofício enviado no final do mês passado.

Para voltar a enquadrar a cotação nas regras da bolsa, o conselho de administração da Coteminas decidiu propor um grupamento de ações aos investidores. A operação deve ser votada em uma assembleia marcada para 16 de agosto.

A ideia dos conselheiros é que grupos de cinco papéis CTNM4 sejam unidos para formar uma nova ação — e o preço também será multiplicado pelo mesmo fator. Ainda não há data para que o grupamento seja efetivado. O cronograma será publicado após a assembleia apenas caso a proposta seja aprovada pelos acionistas

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Foi tão bom, mas foi só por um momento

Há um ano, a Shein fez uma parceria estratégica com a Coteminas. O acordo aconteceu em meio a debates entre o governo federal e as gigantes do varejo chinês.

Em geral, o acordo prevê que 2 mil dos clientes confeccionistas da empresa passem a ser fornecedores da Shein para atender os mercados doméstico e da América Latina.

A parceria também abrange o financiamento para capital de trabalho e contratos de exportação de produtos para o lar.

Porém, após meses do anúncio do acordo entre Coteminas e Shein, os avanços foram mínimos e não se refletiram em uma melhora dos negócios de ambas as empresas.

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