A Faria Lima está contra Lula? O que realmente pensam os gestores de fundos multimercados sobre o governo e o cenário macro, após mais um ano sofrendo com resgates
No episódio do Touros e Ursos, o analista Bruno Mérola falou sobre o pessimismo do mercado e a situação da indústria de fundos
Que a Faria Lima nunca foi a maior fã do presidente Lula não é exatamente uma novidade. Ainda assim, o ano de 2024 começou com um relativo otimismo com o Brasil. No primeiro trimestre, a sensação no mercado era de “agora vai”, de que o Ibovespa finalmente sairia do limbo e que a taxa Selic continuaria a cair até o patamar de um dígito.
Mas tudo começou a degringolar a partir de abril. O mercado passou a precificar mais altas de juros no Brasil, e a situação fiscal foi se tornando uma sirene de alerta cada vez mais alta.
Em dezembro, a sensação é de extremo pessimismo com a bolsa brasileira, motivado pela decepção com o pacote de cortes de gastos anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no fim de novembro.
Os gestores de fundos multimercados, que alocam em diferentes classes de ativos, já “dão a letra”: a expectativa para frente é de alta na inflação, desvalorização do real e cenário fiscal difícil.
Mas isso quer dizer que o mercado está de má vontade com Lula, no clima do “quanto pior, melhor”?
De maneira geral, parece que não. Uma pesquisa da Empiricus Research indica que boa parte dos principais gestores de fundos multimercados locais não mantinha posições relevantes “contra o Brasil” no chamado “Haddad Day” — dia seguinte ao pronunciamento do ministro da Fazenda, que aconteceu na noite de 27 de novembro.
Leia Também
Fim do tarifaço contra o Brasil? Lula se reúne com Trump, que fala em 'negociação rápida'; equipes econômicas vão debater soluções ainda hoje
João Fonseca na final do ATP 500 da Basileia: veja o horário e onde assistir
O responsável por essa pesquisa foi Bruno Mérola, analista de fundos de investimento da Empiricus Research e convidado da semana do podcast Touros e Ursos, que costuma monitorar o “humor” de mais de 130 gestores de fundos multimercados.
“Eu não acho que seja [uma questão] política, nem estrutural. Acho que seja de fato conjuntural para esse cenário de expectativa futura para o fiscal brasileiro”, explica o analista.
No começo do ano, quando ainda havia esperança para os ativos de risco brasileiros, muitos gestores de multimercados estavam comprados em bolsa, mostrando que a “aversão a Lula” não era tão forte a ponto de afastar os investimentos em ações brasileiras.
Agora, o status dos gestores é de neutralidade. “Quem não está comprado em bolsa, não está vendido”, diz Mérola.
A questão é que as ações estão tão baratas historicamente que vale a pena “pagar pra ver”, na expectativa de ganhos futuros, ainda que de médio a longo prazo.
Somado a isso, a baixa participação dos grandes fundos de investimento na bolsa indica que há pouco espaço para grandes vendas. Isso reduz o potencial de queda do mercado, desestimulando posições vendidas.
Assista ao episódio na íntegra, clicando no player abaixo:
Fundos multimercados continuaram a sofrer com resgates neste ano
Nesse contexto de extremo pessimismo, os fundos multimercados também têm sentido os respingos da crise: neste ano, foram mais de R$ 300 bilhões em resgates.
Por investirem em várias classes de ativos, inclusive em ações, a queda do Ibovespa faz com que estes veículos de investimento também performem mal.
Para aqueles investidores que se posicionaram nos tempos áureos dos fundos, a sensação é de frustração. Em uma “tempestade perfeita”, com a Selic voltando a subir e a aversão ao risco aumentando progressivamente, muitos estão migrando de volta para a renda fixa.
A solução para esse problema não é exatamente fácil. Para Mérola, os multimercados precisam voltar a apresentar resultados consistentemente positivos por um longo período para recuperarem a confiança.
Vale lembrar que os fundos passaram por várias mudanças regulatórias neste ano também, especialmente na classe de fundos exclusivos, tornando-os menos atrativos em alguns aspectos.
O analista explica mais sobre esse assunto no episódio:
Mérola comenta também sobre os fundos de crédito high grade, que apesar de terem títulos de dívida de empresas de qualidade, estão vendo os spreads (diferença entre o retorno do título de crédito e da taxa de juros básica) diminuírem, conforme a Selic aumenta.
Apesar disso, ele não acredita que isso vai causar uma saída em massa dos investidores.
Na visão do analista, quem tem alocações nesse tipo de ativo olha basicamente se está obtendo retornos acima de 1% ao mês, que é a “métrica clássica” de rendimentos. Como os ganhos ainda estão superando esse benchmark, o investidor fica mais “acomodado”.
Para decidir onde investir, o analista da Empiricus Research recomenda que se observe a consistência a longo prazo do fundo. Embora não seja possível cravar que ganhos passados são garantia de retornos futuros, “consistência passada é um bom indicativo de consistência futura”, diz.
No bloco dos touros e ursos da semana, os prêmios de ursos ficaram com os fundos de crédito high grade com liquidez muito alta, o Ibovespa e os fundos imobiliários.
Do lado dos touros, Mérola destacou a previdência privada como “o eterno vencedor da indústria de mudanças regulatórias”. “A Previdência não acaba sendo muito afetada por isso e até seria muito difícil você mexer nas regras dela”, complementa. Além disso, a quantidade de benefícios tributários acaba sendo bastante relevante no longo prazo.
A Alphabet, por conta do desenvolvimento de chips quânticos, e o CDI (por conta do aumento da Selic no Copom desta semana) também foram “premiados” como touros.
Trump confirma encontro com Lula e diz que avalia reduzir tarifas ao Brasil “sob certas circunstâncias”
O republicano também lembrou da breve conversa com o presidente brasileiro nos bastidores da ONU, em Nova York
Mega-Sena sorteia quase R$ 100 milhões hoje — mas não é a única com prêmio milionário; confira os sorteios deste sábado
A Mega-Sena está encalhada há sete sorteios. Timemania, Lotofácil, Quina, Dia de Sorte e +Milionária também voltam a correr hoje
João Fonseca x Jaume Munar no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir
João Fonseca encara o espanhol Jaume Munar neste sábado (25) pela semifinal do ATP 500 da Basileia; partida define quem vai à final do torneio suíço
“Brasil não precisa se defender”, diz CEO da COP30 sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial; entenda o que o governo quer do encontro
A gestão do evento adotou medidas rigorosas para reestruturar a participação do setor privado e de outras instituições na Agenda de Ação da COP30, segundo a executiva
De desistência em desistência, João Fonseca avança à semifinal no ATP 500 da Basileia, tem melhor colocação de sua história e garante bolada
Após vitória com desistência de Shapovalov, João Fonseca chega à semifinal do ATP 500 da Basileia, conquista seu melhor ranking na carreira e garante prêmio de quase R$ 850 mil
É tudo fachada? Arranha-céu cheio de bilionários e famosos corre risco de colapso
Refúgio de bilionários onde mora Jennifer Lopez corre risco de desabamento. Entenda o que causou a crise no arranha-céu
Usiminas (USIM5) cai até 8% com prejuízo inesperado, mas possíveis dividendos melhoram humor do acionista
Empresa registrou um prejuízo de 3,5 bilhões no terceiro trimestre após revisões de ativos que os analistas não esperavam
Vai tentar o Sisu 2026? Agora você pode usar a melhor nota do Enem dos últimos três anos
MEC muda regra para ampliar oportunidades e reduzir a pressão sobre os candidatos; veja como vai funcionar o novo sistema de seleção
NBA abre temporada nas páginas policiais: escândalo de apostas leva técnico e jogador à prisão e envolve até a máfia
Escândalo de apostas esportivas e manipulação de resultados atinge a NBA; investigação do FBI prende 31 pessoas, incluindo o técnico Chauncey Billups e o armador do Miami Heat, Terry Rozier
Black Friday ou Black Fraude? Golpes disparam e consumidores ligam o alerta; veja como se proteger
Descontos de mentira, Pix falsos e anúncios clonados: os bastidores da “Black Fraude”
Restituição do IR: Receita Federal libera consulta a lote da malha fina; veja se você recebe
Consulta ao lote residual de outubro contempla contribuintes que saíram da malha fina ou entregaram a declaração fora do prazo
João Fonseca x Denis Shapovalov no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir
João Fonseca enfrenta o canadense Denis Shapovalov pelas quartas de final do ATP 500 da Basileia nesta sexta-feira (24)
Mega-Sena acumula de novo e prêmio em jogo se aproxima de R$ 100 milhões
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela está encalhada há sete sorteios, mas só voltará à cena amanhã.
Lotofácil 3520 tem 33 ganhadores, mas só 5 ficam milionários
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta sexta-feira (24) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3521
Caixa libera hoje (24) parcela de outubro do Bolsa Família para NIS final 5
Caixa libera mais uma rodada do Bolsa Família; 18,9 milhões de famílias recebem em outubro
“Com a dívida pública no nível atual, cada brasileiro acorda devendo R$ 30 mil”, diz Gustavo Franco
Idealizador do Plano Real afirma estar assustado com a situação fiscal, e afirma que a postura do governo está errada e precisa mudar
Só para os “verdadeiros”: Maroon 5 fará show gratuito no Brasil, mas apenas 3 mil fãs terão acesso
Banda se apresentará de graça em São Paulo no dia 5 de dezembro; saiba como concorrer aos ingressos
Por que a temporada de balanços do 3T25 não deve ser “grande coisa”, segundo estes gestores — e no que apostar
O Seu Dinheiro conversou com Roberto Chagas, head de renda variável do Santander Asset, e Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA. Eles explicam porque a safra de resultados deve ser morna e quais são as empresas que devem se destacar — além de ações para ficar de olho
Do CadÚnico ao CNPJ: o novo rosto do empreendedorismo brasileiro derruba mito sobre o Bolsa Família
Levantamento do Sebrae e do MDS mostra que 2,5 milhões de brasileiros inscritos em programas sociais decidiram empreender após entrarem no CadÚnico
Governo Lula aperta caixa do INSS após fraude — e um acordo com os Correios pode estar em risco
Segundo a revista Veja, o bloqueio e a redução de recursos determinados pelo governo agravaram a situação financeira do INSS; entenda o que isso significa
