Você sabia que aproximadamente metade dos lares brasileiros hoje são sustentados por mulheres?
Pois é, algumas pesquisas recentes mostram que mais de 50% das famílias brasileiras têm uma mulher como responsável financeira.
Bem, isso nem deveria ser uma grande surpresa, entre outras coisas, pela crescente participação delas no mercado de trabalho e também por uma maior autonomia financeira.
Na verdade, a grande surpresa para mim apareceu quando analisei o ambiente de investimentos.
Segundo dados da B3, as investidoras representam apenas 24,9% dos CPFs cadastrados na bolsa, o que nos leva a uma grande inconsistência.
Investidores de acordo com o gênero. (Fonte: B3)
Se as mulheres são as responsáveis financeiras pela maioria dos lares brasileiros, por que elas são tão poucas quando o assunto é investimento?
Obviamente eu não tenho todas as respostas para essa pergunta, apesar de suspeitar de algumas coisas que podem interferir nesse número — e que renderiam assunto para uma outra coluna.
Mas eu acho que existe uma barreira cultural importante aqui também, algo parecido com o que já vimos diversas vezes no passado em outros segmentos.
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Uma barreira derrubada pelas mulheres
A Dona Nair foi uma das primeiras mulheres a conquistar uma habilitação para dirigir na cidade de Piracicaba, onde eu nasci.
Ela era minha vizinha, e contava essa história para todo mundo com muito orgulho.
Infelizmente, ela já nos deixou, mas hoje eu fico imaginando como ela se sentiria ao saber que o número de condutoras de carros (Categoria B) já superou o de homens no Brasil, algo inimaginável quando ela tirou carta.
Eu sei que cada pessoa tem mais facilidade em algumas áreas e em outras menos...
No entanto, quando o assunto é investimento, todos deveríamos ter o mesmo interesse e condição, até porque todos nós como seres humanos temos sonhos, necessidades financeiras, preocupação com o nosso futuro e o dos nossos filhos etc.
Então por que hoje essa diferença é tão grande? Para entender melhor a visão feminina da história, perguntei para a Alessandra, uma das maiores investidoras que eu conheço, se ela tinha alguma explicação, e a resposta apenas reforçou o que eu já suspeitava:
Ora, o simples fato de ser um ambiente "naturalmente mais masculino" hoje não quer dizer nada – lembre-se que dirigir carro era "naturalmente mais masculino" no passado e mesmo assim chegamos onde chegamos, não é?
Se faltam inspirações femininas, conheça a Giselle
Eu gostaria de compartilhar o caso de uma assinante do Flash Trader, a minha série de opções na Empiricus.
Quando você fala em "investir de opções" logo vem na mente o filme Lobo de Wall Street e várias coisas bem masculinas, não é?
Pois bem, saiba que a Giselle é provavelmente a assinante que mais ganhou dinheiro até hoje na série "mais masculina" da Empiricus, e é um exemplo de que dá pra ser um investidor bem-sucedido, desde que tenha o suporte e a base de conhecimento necessária.
Na minha opinião, um dos problemas é que ainda faltam referências femininas nos investimentos.
Se hoje para uma mulher tirar carta é algo natural, dado que ela já vê sua mãe, sua tia e suas amigas dirigindo todos os dias, o mesmo não acontece com investimentos.
Talvez faltem mais "Giselles" para inspirar outras mulheres e mostrar que nada impede elas de investirem também.
Que a Giselle seja uma inspiração para você, que você seja uma inspiração para as mulheres ao seu redor e que um dia essas sejam inspirações para outras, para chegarmos a um 50%/50% também no número de investidores na bolsa.
Se você está chegando agora, ainda está com receios e não sabe muito bem por onde começar, a minha dica é o curso Brasil Investidor, da Larissa Quaresma.
Um curso completo que vai te ensinar desde o planejamento financeiro até como investir em renda fixa, fundos de investimentos e ações – tudo isso por apenas R$ 1.
Se quiser conferir como funciona e garantir o seu acesso, deixo aqui o convite.
Um grande abraço e até a semana que vem.
Ruy