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Israel admite ter atingido posto egípcio perto da fronteira com Gaza; Brasil vai presidir debate na ONU sobre cessar-fogo

Tanque em uma estrada na fronteira da Faixa de Gaza

O 16º dia de guerra entre Israel e o Hamas tinha tudo para começar como ontem, com uma pequena frota de caminhões com mantimentos e remédios atravessando a passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, para levar a ajuda humanitária à população.

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Mas, segundo informações da CNN, a entrega foi interrompida por explosões próximas à fronteira — que é a única saída de Gaza por terra não controlada por Israel, e sim pelo Egito.

Testemunhas citadas Reuters também reportaram terem ouvido sons de explosão seguidos da passagem de ambulâncias logo após o segundo comboio com cerca de 19 caminhões entrar na passagem.

Mais tarde, as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) confirmaram, via comunicado nas redes oficiais, que um de seus tanques atingiu acidentalmente um posto egípcio em Kerem Shalon, na região da tríplice fronteira de Gaza com Israel e o Egito.

"O incidente está sendo investigado e os detalhes estão sob revisão. A IDF expressa tristeza em relação ao incidente", diz a publicação.

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Ainda não há informações se as explosões em Rafah e a admissão do exército de Israel estão relacionadas, assim como se os caminhões com alimentos, água e remédios conseguiram entregar os itens em Gaza.

Ontem, 20 dos cerca de 200 veículos que aguardam na passagem de Rafah foram liberados e entraram no território.

O movimento foi costurado entre autoridades egípcias e israelenses após uma visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Tel Aviv.

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A cúpula de Israel recusava-se a quebrar o cerco até a derrota do Hamas, mas afirmou, após o encontro, que não impediria o trânsito de comida, água e medicamentos desde que esses suprimentos não chegassem até o grupo terrorista.

A continuidade da passagem de ajuda humanitária, porém, foi colocada em dúvida neste domingo (22) com a escalada do conflito. A CNN reportou que combatentes do Hamas e de Israel entraram em confronto dentro de Gaza pela primeira vez desde o início da guerra, em 7 de outubro.

Além disso, as tropas israelenses segue fortalecendo o cerco ao território para uma possível invasão por terra e ordenaram a evacuação de mais 14 comunidades na região norte da Faixa de Gaza.

Brasil presidirá debate sobre Israel e Hamas na ONU

Enquanto isso, os países da região e demais continentes observam e discutem o andamento do conflito. O Brasil presidirá nesta semana uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Vale destacar que o país teve uma resolução rejeitada no mesmo conselho nesta semana, mas nem por isso desistiu de colaborar sobre o tema e fez ontem um novo apelo por um cessar-fogo.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, representou o país em uma cúpula convocada pelo Egito para discutir a guerra no Oriente Médio.

"A missão que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva [PT] me confiou, quando me instruiu a representá-lo nesta reunião, foi inequívoca: somar a voz do Brasil à de todos aqueles que apelam pela calma, pela contenção e pela paz na região", declarou ele.

Vieira reforçou a condenação já feita por Lula aos atos terroristas praticados pelo Hamas em 7 de outubro e que deram início ao atual conflito. "Brasileiros estão entre as vítimas, três compatriotas foram assassinados em Israel."

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O ministro também abordou o réves na ONU: "Os muitos votos favoráveis - de 12 dos 15 membros - evidenciam o amplo apoio político em favor de uma ação rápida por parte do Conselho. Acreditamos que essa visão é compartilhada pela comunidade internacional em geral."

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