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Brasil coloca China, Rússia e EUA do mesmo lado — o que Putin, Xi e Biden falaram sobre ataques em Brasília

Tabuleiro de xadrez; nele, há três peças diferentes, identificadas com as bandeiras dos EUA, da China e da Rússia; simboliza a tensão geopolítica e a guerra no leste europeu

O Brasil conseguiu realizar uma missão que até o último domingo (08) era considerada praticamente impossível: colocar EUA, Rússia e China do mesmo lado da história. Os líderes dos três países condenaram os ataques ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

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O primeiro a se manifestar foi o presidente dos EUA, Joe Biden, que ontem mesmo se posicionou, condenando a invasão e reafirmando apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Condeno o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil. As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser prejudicada. Estou ansioso para continuar a trabalhar com Lula”, disse Biden.

Nesta segunda-feira (09) foi a vez do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do presidente chinês, Xi Jinping, se manifestarem também contra os ataques em Brasília. Confira o que outros líderes falaram sobre a invasão.

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O que Putin disse

Putin era considerado um aliado por Jair Bolsonaro. O ex-presidente chegou a realizar uma viagem polêmica à Rússia logo após a invasão da Ucrânia e se gabava de ter fechado negócios com Moscou na área de fertilizantes.

Mais cedo, o líder russo condenou os ataques de bolsonaristas às sedes dos três poderes em Brasília.

"Condenamos da maneira mais firme as ações dos instigadores de distúrbios e apoiamos plenamente o presidente Lula da Silva", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres.

A declaração chama atenção não só pela suposta ligação entre Bolsonaro e Putin, mas também pelo fato de a Rússia ter sido duramente criticada em nível internacional por atentar contra a democracia em diversas ocasiões — inclusive nas últimas eleições, no ano passado, que mantiveram Putin no poder. 

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O que disse Xi

A China — que também não é um expoente da democracia, mas é um dos principais parceiros comerciais do Brasil — manifestou uma forte oposição aos ataques em Brasília, que foram chamados de violentos pelo Ministério das Relações Exteriores chinês.

Em coletiva de imprensa mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que “a China segue de perto e se opõe de maneira firme aos violentos ataques às autoridades federais no Brasil no último domingo”.

“Apoiamos as medidas tomadas pelo governo brasileiro para acalmar a situação, restaurar a ordem social e salvaguardar a estabilidade social. Acreditamos que sob a liderança do presidente Lula, o Brasil vai manter a estabilidade nacional e a harmonia social”, afirmou.

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