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A próxima vítima? Quem é o PacWest, banco que já perdeu 72% do valor na bolsa e pode ser vendido para se salvar

Próxima Vítima de Jerome Powell quem é o PacWest Bancorp, banco que está na na corda bamba

Analistas do mercado tentam se convencer de que a crise dos bancos dos Estados Unidos não teria um contágio generalizado entre as instituições. Entretanto, os dados dizem o contrário. A “bola da vez” é o banco PacWest Bancorp, cujas ações têm queda de mais de 40% no pré-mercado em Nova York nesta quinta-feira (04). 

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No acumulado de 2023, os papéis do banco já tiveram uma desvalorização da ordem de 72%, o que acendeu a luz amarela para os investidores.

Afinal, após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB), do Signature Bank, do Silvergate e do First Republic Bank, o mercado parece pouco disposto a dar margem para novos problemas.

Sendo assim, o PacWest está avaliando opções para “salvar” os negócios, e isso inclui uma possível venda das operações. Segundo reportagem da CNBC, executivos do banco trouxeram consultores para “avaliar os planos de longo prazo” da instituição.

Foi justamente esse o gatilho para os investidores amplificarem o movimento de venda das ações do banco desde ontem à noite.

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Afinal, quem é o PacWest?

Desde o início da crise bancária nos Estados Unidos, o investidor brasileiro precisou se familiarizar com o nome de uma série de instituições de médio porte no país, que ao contrário do Brasil tem um sistema financeiro bastante pulverizado.

Possível próxima vítima, o PacWest Bancorp foi fundado em 1999 e tem sede em Los Angeles, Califórnia. Segundo a última demonstração de resultados, são mais de US$ 44 bilhões em ativos totais sob custódia da instituição.

Assim como outros bancos regionais dos EUA, os principais serviços oferecidos incluem empréstimos imobiliários, investimentos em construção e comércio, além de serviços de tesouraria para pequenas e médias empresas.

O que houve e o futuro do banco PacWest

A situação do PacWest já despertava o receio do mercado, mas em um comunicado enviado ao mercado, o banco confirmou os planos de busca por investidores e parceiros para reduzir os efeitos nocivos da crise bancária.

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Mas afinal, o que levou o PacWest para esta situação?

O balanço do banco mostrou que os depósitos caíram para US$ 28,2 bilhões no primeiro trimestre, o que representa uma contração de US$ 5 bilhões em relação ao fim de dezembro. 

A corrida por saques, vale ponderar, foi bem menor do que a do o First Republic Bank, que não conseguiu se salvar mesmo depois de receber uma injeção de US$ 30 bilhões para tentar estancar a crise

No caso do PacWest, apesar dos resgates no acumulado dos três primeiros meses do ano, entre o dia 20 de março e o fechamento do trimestre, a instituição financeira registrou a entrada líquida de US$ 1,1 bilhão em depósitos.

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Ainda assim, a companhia anunciou um plano estratégico para “otimizar a eficiência operacional”. Por último, o comunicado destaca que tem antecipado alguns desses passos como resposta à atual crise no setor bancário.

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Descubra a resposta para este e outros problemas envolvendo dinheiro no novo episódio de A Dinheirista, que resolve suas aflições financeiras com bom humor:

Banco quebrado e falido: os rastros da crise

Tudo começou quando o Silicon Valley Bank (SVB) viu-se forçado a liquidar posições em títulos diversos, o que resultou em uma perda de US$ 1,8 bilhão. A partir daí, os investidores começaram a ficar apreensivos com a saúde financeira da instituição.

A alta nos juros penalizou especialmente os Treasuries, os títulos do Tesouro norte-americano, e as perdas com esses investimentos fizeram diversos bancos sentirem um abalo nos negócios — chegando ao ponto de alguns fecharem as portas. 

Na esteira dos acontecimentos, as ações do setor caíram em bloco por diversos dias seguidos. O Credit Suisse foi o principal expoente da crise dos bancos na Europa, e precisou ser comprado pelo concorrente, o UBS. Há menos de uma semana, o First Republic Bank também teve seus negócios assumidos pelo JP Morgan.

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É verdade que a situação do PacWest parece mais controlada — entretanto, os investidores parecem não querer ver para crer.

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