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Fundos imobiliários e renda fixa prefixada brilharam em maio; bitcoin derrapou. Veja o ranking completo dos melhores e piores investimentos do mês

Montagem com prédios com notas de dinheiro representando fundos imobiliários dividendos

O mês de maio foi marcado por um renascimento dos fundos imobiliários (FIIs) depois de um início de ano bastante difícil. Com isso, o IFIX, principal índice dessa classe de ativos na bolsa, levou a medalha de ouro no ranking dos melhores investimentos do mês, com alta de 5,43%.

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Em seguida, com a medalha de prata pelo segundo mês consecutivo, vêm os títulos públicos prefixados (Tesouro Prefixado) de prazos mais longos.

O Ibovespa não subiu ao pódio, mas fechou o mês em alta de 3,74%, aos 108.335 pontos, numa das mais altas colocações da lista.

No cenário macroeconômico, os ativos de risco, como ações e FIIs, bem como os de renda fixa prefixada e atrelada à inflação (títulos públicos e debêntures) se beneficiaram de uma queda generalizada dos juros futuros, após a aprovação do arcabouço fiscal e de dados de inflação abaixo do esperado – e que não incorporavam, ainda, um corte recente nos preços dos combustíveis feito pela Petrobras.

A descompressão nos juros reflete uma expectativa de corte na taxa Selic já no início do segundo semestre pela inflação aparentemente mais controlada, bem como uma redução na percepção do risco-país, agora que há uma previsibilidade para a trajetória da dívida pública.

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Os sinais vindos do exterior também foram majoritariamente favoráveis, sem indicações de novas altas de juros por parte do Federal Reserve, o banco central americano, e com um acordo entre o governo e o Congresso para suspensão do teto da dívida pública do país, o que havia elevado o risco nos mercados globais.

Como esse cenário de maior alívio e previsibilidade, as ações puderam se valorizar, e ativos que sofrem com os juros altos, como os fundos imobiliários, tiveram espaço para subir.

No caso da renda fixa prefixada e atrelada à inflação, a valorização ocorre porque os preços dos títulos costumam subir quando a expectativa é de queda nos juros. Eu falei mais sobre essa valorização dos prefixados nos últimos dois meses nesta outra matéria.

Veja a seguir o ranking completo dos melhores e piores investimentos do mês:

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Os melhores investimentos de maio

InvestimentoRentabilidade no mêsRentabilidade no ano
IFIX5,43%5,10%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 20334,35%11,85%
Tesouro Prefixado 20294,12%13,07%
Tesouro IPCA+ 20353,95%11,27%
Ibovespa3,74%-1,28%
Índice de Debêntures Anbima - IPCA (IDA - IPCA)*3,57%2,35%
Tesouro IPCA+ 20453,18%12,95%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20552,59%11,33%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20322,36%9,42%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20402,32%10,22%
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)*2,25%2,42%
Tesouro Prefixado 20262,24%9,81%
Tesouro IPCA+ 20292,01%-
Dólar PTAX1,92%-2,32%
Dólar à vista1,72%-3,92%
Tesouro Selic 20261,21%-
Tesouro Selic 20291,20%-
CDI*1,07%5,32%
Poupança antiga**0,68%3,41%
Poupança nova**0,68%3,41%
Ouro0,00%3,97%
Bitcoin-6,04%56,85%
(*) Até dia 30/05. (**) Poupança com aniversário no dia 26.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..

Fundos imobiliários tiveram seus motivos particulares para subir

Além dos fatores macroeconômicos, relacionados à queda dos juros, alguns motivos específicos do setor foram decisivos para o excelente desempenho dos fundos imobiliários em maio.

O principal deles foi a recuperação estelar na bolsa de uma série de fundos de títulos de dívida (fundos de papel) que haviam tomado calote de um devedor importante, mas obtiveram na Justiça o direito de executar as garantias dos papéis.

Todas as razões para a "ressureição dos FIIs" foi esmiuçada nesta outra matéria, assinada pela repórter Larissa Vitória.

As ações com os melhores desempenhos em maio

EmpresaCódigoDesempenho no mês
YduqsYDUQ372,66%
AzulAZUL455,25%
DexcoDXCO349,41%
LocawebLWSA346,07%
HapvidaHAPV343,48%
AlpargatasALPA440,89%
CognaCOGN340,69%
MRVMRVE340,28%
ViaVIIA329,35%
BRFBRFS328,08%
Fonte: B3/Broadcast

As ações com os piores desempenhos em maio

EmpresaCódigoDesempenho no mês
CieloCIEL3-13,52%
AssaíASAI3-12,29%
ValeVALE3-11,88%
CarrefourCRFB3-11,72%
BradesparBRAP4-10,42%
BB SeguridadeBBSE3-9,47%
WEGWEGE3-8,20%
CopelCPLE6-7,61%
SLC AgrícolaSLCE3-7,40%
CSNCSNA3-6,85%
Fonte: B3/Broadcast

Bitcoin foi o único ativo com desempenho negativo

Entre os ativos acompanhados no ranking dos melhores investimentos do Seu Dinheiro, o bitcoin foi o único a anotar desempenho negativo no mês.

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O mercado de criptomoedas passou um calor neste último mês por conta do lançamento do protocolo Ordinals, que facilita a criação de certificados digitais (tokens não fungíveis ou NFTs, na sigla em inglês) na blockchain do bitcoin.

A rede do criptoativo foi desestabilizada com a atualização, o que fez as taxas de transação aumentarem vertiginosamente, além de provocar um congestionamento. Com isso, as cotações caíram, e as negociações chegaram a ser suspensas pela Binance, a maior corretora de criptomoedas do mundo.

A rede da Ethereum, segunda maior criptomoeda do mundo, também chegou a ficar fora do ar por conta de um erro em uma das suas atualizações.

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