Gastando a grana de Lemann: Americanas já sacou metade dos R$ 2 bilhões que sócios ofereceram e vem mais por aí
A varejista reiterou nesta terça-feira (20) que continua comprometida com os seus credores para a construção de um consenso sobre o plano de recuperação judicial
Na esteira da fraude na Americanas (AMER3), os sócios de referência da varejista — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — ofereceram R$ 2 bilhões na forma de linha de crédito — e R$ 1 bilhão já foram gastos pela companhia na tentativa de arrumar a casa.
"A Americanas já sacou R$ 1 bilhão da linha de DIP de R$ 2 bilhões, concedida por seus acionistas de referência, que ofereceram as melhores condições em processo competitivo conduzido pela companhia, restando ainda um saldo de R$ 1 bilhão para suprir eventuais necessidades de recursos da Americanas antes da solução definitiva de sua estrutura de capital", reforça a empresa.
E mais recursos estão a caminho. Nesta terça-feira (20), a Americanas informou que sua estrutura de capital está sendo discutida com credores e prevê, por parte dos acionistas de referência:
- Um aumento de capital de curto prazo, em dinheiro, no valor de R$ 10 bilhões (considerando o financiamento DIP já aportado);
- Dois potenciais aumentos de capital adicionais, em datas futuras sendo acordadas, de até R$ 1 bilhão cada.
"Os dois aumentos de capital adicionais poderão ser acionados caso a companhia esteja, nas datas futuras a serem acordadas, acima de determinados limites máximos de alavancagem ou abaixo de um nível mínimo de liquidez, ambos a serem detalhados oportunamente”, disse a Americanas em comunicado.
No início da tarde de hoje, as ações AMER3 caíam 1,65%, a R$ 1,19. Em um mês, os papéis acumulam alta de 8,11%. Em um ano, a baixa acumulada é de 91%.
- R$ 4 mil em mais de R$ 1 milhão em apenas 10 meses: foi o que este grupo de investidores conseguiu em 2021. Agora, novas vagas estão abertas para pessoas interessadas em buscar mais de 100 mil dólares nos próximos meses com criptoativos. [SAIBA COMO ENTRAR AQUI]
O plano de recuperação judicial
A Americanas reiterou hoje que continua comprometida com os seus credores para a construção de um consenso sobre o plano de recuperação judicial, apresentado em 20 de março e ainda sujeito a revisões e ajustes.
Leia Também
"A companhia busca um plano que reflita visões compartilhadas e atenda seus stakeholders e ainda não tem previsão de uma data para a conclusão dessas negociações", diz o comunicado.
Nas negociações com credores, a Americanas afirma que foi solicitada a inclusão de um período de lock-up para venda de ações da companhia pelos acionistas de referência. A abrangência desse lock-up ainda está em discussão no âmbito do acordo mais amplo.
A companhia diz, por fim, que segue empenhada em manter "negociações construtivas" com seus credores em busca de uma solução que permita a continuidade de suas atividades.
"Assim que um acordo esteja inteiramente negociado com os credores, a companhia divulgará ao mercado todo seu conteúdo", acrescenta.
Os credores da Americanas
Na segunda-feira (19), a Americanas publicou um edital que contém a relação de credores da empresas e de suas subsidiárias (JSM Global, B2W Digital Lux e ST Importações). A lista está disponível em documento no site da companhia.
O edital também contém a confirmação da entrega do plano de recuperação judicial do grupo, que já havia sido apresentado pelo administrador judicial em 20 de março de 2023 à 4ª Vara Empresarial da Comarca do Estado do Rio de Janeiro.
A Americanas informou ainda que, a partir de segunda-feira (19) passam a contar os prazos legais de dez dias para apresentação, ao juízo da recuperação judicial, de impugnações à relação de credores, e de 30 dias para o oferecimento de objeções ao plano de recuperação judicial.
VEJA TAMBÉM - ELETROBRAS (ELET3): UM ANO APÓS A PRIVATIZAÇÃO, A EMPRESA ENTREGOU O PROMETIDO?
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem