Após sucessivos aumentos na produção no ano passado, a Arábia Saudita e outros países produtores de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) informaram, neste domingo (2), cortes voluntário na produção do óleo.
O cartel deve reduzir cerca de 1,15 milhão de barril por dia (bdp) até o final de maio. Contudo, o corte é menor que as expectativa, de 2 milhões de bpd.
"Esse corte voluntário é adicional à redução na produção acordada na 33ª Reunião Ministerial da Opep e não Opep em 5 de outubro de 2022", diz o comunicado do Ministério de Minas e Energia da Arábia Saudita. "O responsável do Ministério da Energia enfatiza que se trata de uma medida de precaução destinada a apoiar a estabilidade do mercado petrolífero."
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Corte na produção de petróleo
A fim de reduzir os impactos na oferta de petróleo com a guerra na Ucrânia, a Opep+ aumentou gradativamente a produção do óleo entre julho e setembro do ano passado.
Mas, em outubro de 2022, a Opep+ retomou os cortes na produção de petróleo na ordem de 2 milhões de barris por dia em novembro até o final do ano passado — o que não agradou os EUA.
O território governado por Joe Biden é um dos países que mais pressionam pelo aumento da oferta da Opep+ para conter a disparada de preços, sobretudo, de energia com impacto na inflação americana.
Sendo assim, os EUA defende preços mais baixos para apoiar o crescimento econômico e impedir que o presidente russo, Vladimir Putin, consiga mais capital para financiar a guerra na Ucrânia.
Por fim, os preços do barril do óleo caíram para mínimas de 15 meses no início deste mês em resposta à crise bancária com o colapso dos bancos regionais americanos Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank, além do banco suíço Credit Suisse pelo UBS BB.
*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo