Grandes bancos ainda dominam mercado de cartões de crédito no Brasil, apesar de aumento da competição
Dados do Banco Central mostram que 60% do saldo devedor dos clientes está concentrado nos cinco grandes bancos

Apesar da crescente competição e do aumento do número de cartões de crédito nos últimos anos, os cinco grandes bancos continuam a dominar o mercado brasileiro, de acordo com o Banco Central.
Os dados da autarquia mostram que a entrada de novos competidores no segmento de cartões pós-pagos possibilitou que uma parcela significativa da população brasileira obtivesse acesso a um ou mais cartões de crédito. No entanto, independentemente do número de cartões, mais de 60% do saldo devedor continua concentrado nos cinco grandes bancos.
Em junho de 2022, a quantidade de cartões de crédito chegou a 190,8 milhões, quase o dobro da população economicamente ativa do Brasil, que era de 107,4 milhões, de acordo com dados de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estatísticas do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
VEJA TAMBÉM – 10 anos de Nubank: fintech volta a deixar BB, Bradesco e Santander para trás, o que esperar daqui para a frente?
Com base no Sistema de Informações de Crédito do Banco Central (SCR), o BC identificou que em junho de 2022, 84,7 milhões de clientes possuíam saldo devedor maior que zero, um aumento de 30,9% em comparação ao mesmo mês de 2019, quando esse número era de 64,7 milhões.
O crescimento do mercado foi impulsionado principalmente pela atuação de instituições predominantemente digitais, que aumentaram sua base de usuários em 27,6 milhões de indivíduos durante o período analisado. Esse grupo também apresentou o maior crescimento do saldo devedor dos clientes entre junho de 2019 e 2022, com um aumento de 292,3%.
De acordo com o BC, a expansão do mercado de cartões de crédito se refletiu no aumento de vínculos por usuário no período, embora a fatia que mantém saldo devedor em apenas uma instituição emissora seja a maior (54% em 2022, contra 62% em 2019), seguida por dois vínculos (25% em 2022, contra 24% em 2019). Aqueles que têm três ou mais vínculos representam 22% do total, contra 14% antes.
Leia Também
Endividamento em Alta
No boxe, o Banco Central busca avaliar se os usuários que possuem um número maior de cartões de crédito com diferentes emissores ou que possuem cartões de um determinado grupo de emissores tendem a utilizar mais linhas de crédito onerosas.
"O maior acesso a cartões de crédito, embora positivo do ponto de vista da inclusão financeira, também merece atenção por seu potencial de aumentar o nível de endividamento das famílias", diz o documento, citando que o crédito rotativo é uma das operações com maiores taxas de inadimplência e custo no mercado.
Após a análise, o BC considerou que o aumento do saldo devedor médio e do limite utilizado, à medida que cresce o número de vínculos, indica que provavelmente existe uma busca por mais limite para gastos por parte de usuários com cartões em um número maior de instituições.
- Leia mais: Novo cheque especial? Nubank começa a oferecer limite adicional no cartão de crédito para clientes fazerem Pix
Além disso, há indícios de que o acesso a um maior número de cartões com emissores diferentes tende a aumentar o saldo médio em modalidades sujeitas à cobrança de juros, em que se destaca o crédito rotativo, cujas taxas de juros são elevadas.
Com 4 vínculos, o porcentual das modalidades à vista e parcelado por lojista, sem característica de crédito, cai para 68%, de 71% com um vínculo. Com 4 vínculos, é de 66%.
Mas o BC destaca que o porcentual do rotativo e do rotativo não migrado (para o parcelado com juros, conforme a regra de transferência após 30 dias), gira entre 17% e 20% independentemente do número de vínculos.
As taxas exorbitantes do rotativo estão na mira do governo, que criou um grupo de trabalho junto com os bancos e o BC para pensar em soluções. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, uma das opções na mesa, segundo fontes, é acabar de vez com a modalidade.
Emissores de cartões
Quando a análise é feita por grupo de emissores de cartões, o BC avaliou que o endividamento oneroso no cartão é significativamente maior no segmento de bancos privados pequenos e médios e financeiras, independentemente do número de vínculos do usuário.
"Esse resultado está em linha com o perfil de atuação desse grupo, que tem como prática comum a realização de empréstimo pessoal com cobrança das parcelas na fatura do cartão."
Em lado oposto, está o segmento dos bancos cooperativos e cooperativas singulares, com porcentual de utilização do cartão nas modalidades sujeitas à cobrança de juros bem menor que os demais grupos.
As informações são do Estadão Conteúdo.
Bolsa Família hoje: Caixa libera pagamento para NIS final 2; veja detalhes
Beneficiários com NIS final 2 recebem a parcela de agosto nesta terça-feira; valor mínimo é de R$ 600, mas adicionais podem elevar a renda familiar
“O Brasil está desandando, mas a culpa não é só do Lula”. Gestores veem sede de gastos no Congresso e defendem Haddad
Gestores não responsabilizam apenas o governo petista pelo atual nível da pública e pelo cenário fiscal do país — mas querem Lula fora em 2026 mesmo assim
Caixa começa a pagar Bolsa Família de agosto; confira o calendário
Cerca de 19,2 milhões de famílias receberão o benefício em agosto; valor mínimo é de R$ 600, com adicionais que podem elevar a renda mensal
Um colchão mais duro para os bancos e o que esperar para os mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam negociações sobre um possível fim da guerra na Ucrânia; no local, Boletim Focus, IGP-10 e IBC-Br
Agenda econômica: reta final da temporada de balanços, Jackson Hole e Fed nos holofotes; confira os principais eventos da semana
XP fecha a temporada de balanços enquanto dados-chave no Brasil, Fed, China e Europa mantém agenda da semana movimentada
Lotofácil 3472 pode pagar quase R$ 2 milhões hoje; Quina, Lotomania e Dupla Sena oferecem prêmios maiores
Lotofácil e Quina têm sorteios diários; Lotomania, Dupla Sena e Super Sete correm às segundas, quartas e sextas-feiras
O colchão da discórdia: por que o CEO do Bradesco (BBDC4) e até a Febraban questionam os planos do Banco Central de mudar o ACCP
Uma mudança na taxa neutra do ACCP exigiria mais capital dos bancos e, por consequência, afetaria a rentabilidade das instituições. Entenda o que está na mesa do BC hoje
Reformas, mudanças estruturais e demográficas podem explicar resiliência do emprego
Mercado de trabalho brasileiro mantém força mesmo com juros altos e impacto de programas sociais, apontam economistas e autoridades
Carteira dos super-ricos, derrocada do Banco do Brasil (BBAS3) e o sonho sem valor dos Jetsons: confira as notícias mais lidas da semana
A nostalgia bombou na última semana, mas o balanço financeiro do Banco do Brasil não passou despercebido
Quanto vale um arranha-céu? Empresas estão de olho em autorizações para prédios mais altos na Faria Lima
Incorporadoras e investidores têm muito apetite pelo aval Cepac, com o intuito de concretizar empreendimentos em terrenos que já foram adquiridos na região
Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais: confira o line-up, os horários e tudo o que você precisa saber sobre o Farraial 2025
A 8° edição do Farraial ocorre neste sábado (16) na Arena Anhembi com Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais
Brics acelera criação do ‘Pix Global’ e preocupa Trump; entenda o Brics Pay e o impacto no dólar
Sistema de liquidação financeira entre países do bloco não cria moeda única, mas pode reduzir a dependência do dólar — e isso já incomoda os EUA
Mega-Sena 2901 acumula em R$ 55 milhões; Quina 6800 premia bolão; e Lotofácil 3469 faz novo milionário — veja os resultados
Bolão da Quina rende mais de R$ 733 mil para cada participante; Mega-Sena acumula e Lotofácil premia aposta de Curitiba.
Governo busca saída para dar mais flexibilidade ao seguro e crédito à exportação, diz Fazenda
As medidas fazem parte das estratégias para garantir o cumprimento das metas fiscais frente às tarifas de 50% de Donald Trump
“Brasil voa se tiver um juro nominal na casa de 7%”, diz Mansueto Almeida — mas o caminho para chegar lá depende do próximo governo
Inflação em queda, dólar mais fraco e reformas estruturais dão fôlego, mas juros ainda travam o crescimento — e a queda consistente só virá com ajuste fiscal firme
As armas de Lula contra Trump: governo revela os detalhes do plano de contingência para conter o tarifaço
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (13) a medida provisória que institui o chamado Programa Brasil Soberano; a MP precisa passar pela Câmara e pelo Senado
Lotofácil 3467 tem 17 ganhadores, mas só dois ficam milionários; Mega-Sena 2900 acumula
A sorte bateu forte na Lotofácil 3467: três apostas cravaram as 15 dezenas, mas só duas delas darão acesso ao prêmio integral
Plano de contingência está definido: Lula anuncia hoje pacote de R$ 30 bilhões para empresas atingidas pelo tarifaço; confira o que se sabe até agora
De acordo com Lula, o plano de contingência ao tarifaço de Trump dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis
Preço do café cai pela primeira vez depois de 18 meses — mas continua nas alturas
Nos 18 meses anteriores, a alta chegou a 99,46%, ou seja, o produto praticamente dobrou de preço
O Ibovespa depois do tarifaço de Trump: a bolsa vai voltar a brilhar?
No podcast desta semana, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, analisa o cenário da bolsa brasileira e aponta os principais gatilhos que podem levar o Ibovespa a testar novas máximas ainda em 2025