Melhor investimento do semestre, bitcoin (BTC) perde força na semana e criptomoedas caem, de olho no noticiário corporativo; veja

Os primeiros seis meses do ano já estão sendo observados pelo retrovisor e quem deu o maior salto no período sem dúvidas foi o bitcoin (BTC). A maior criptomoeda do planeta registrou alta de mais de 70% em dólar, se consolidando como o melhor investimento do mês. 

Mas nesta sexta-feira (07) os investidores decidiram colocar o pé no freio, de olho nos números do emprego dos Estados Unidos. O principal relatório sobre o tema — o payroll — é o principal condutor do sentimento do dia. 

Os EUA criaram 209 mil empregos em junho, abaixo da projeção de 225 mil. A taxa de desemprego, por sua vez, recuou a 3,6% no período, em linha com o previsto.

Desde ontem (06), os investidores acompanham os dados de emprego e serviços, que vieram melhores do que o esperado. A notícia é positiva, porém abre espaço para que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) mantenha o ritmo do aperto monetário por lá. 

A expectativa para a próxima reunião da autoridade monetária é de uma elevação nos juros para a faixa entre 5,25% e 5,50%, um aumento de 25 pontos base (bps).

Esse cenário é dado como certo, de acordo com o CME Group, que colhe as expectativas do mercado — e que dá 92,4% de chances para isso acontecer.

Assim, as demais criptomoedas do mercado também recuam, em um movimento de ajuste ao noticiário corporativo do setor cripto. Confira:

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Bitcoin nas empresas: de olho nas notícias

Enquanto o mercado permanece lateralizado hoje, os movimentos das empresas do setor de criptomoedas continuam a todo vapor.

Vale lembrar que os EUA estão em uma verdadeira cruzada contra companhias que investem em criptomoedas e as investigações chegaram a envolver o FBI, a polícia federal norte-americana.

Jesse Powell — que nada tem a ver com Jerome Powell, presidente do Fed —, co-fundador da corretora de criptomoedas Kraken, foi um dos afetados. Em março deste ano, o FBI fez uma busca na CEO da exchange sob investigação de hacks na plataforma e lucro indevido utilizando ONGs como intermediários. 

O advogado de defesa alega a inocência de Powell. 

Giro pela Binance

Além disso, a maior corretora de criptomoedas do planeta também está na mira do regulador. Patrick Hillmann e Mattew Price, diretores da Binance, deixaram a empresa no meio do processo da SEC, a CVM dos EUA. 

O CEO da Binance, Changpeng Zhao, o CZ, minimizou a saída, afirmando que se tratava de mais um rumor (“FUD”, no jargão do mercado) e que a “nossa organização evolui e as situações pessoais mudam, há rotatividade em todas as empresas”. 

Na próxima semana, os investidores devem acompanhar os dados de inflação dos Estados Unidos e da China. Os indicadores podem dar novas pistas sobre o futuro da política monetária das duas principais economias do mundo.

*Com informações da Bloomberg e New York Times

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