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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Com o pé direito

Bitcoin (BTC) volta ao patamar de US$ 20 mil pela primeira vez desde novembro

Principal criptomoeda do mundo começou bem o ano e já avança mais de 25% em janeiro; apenas na última semana, alta foi de mais de 20%

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
14 de janeiro de 2023
17:08
bitcoin criptomoedas btc buy in the dip (1)
Imagem: Shutterstock

O bitcoin (BTC) passou por uma forte alta na última semana e voltou, neste sábado (14), para o patamar dos US$ 20 mil pela primeira vez desde novembro do ano passado. Há pouco, a criptomoeda era cotada a US$ 20.777,20, o equivalente a R$ 105.708,16.

A maior criptomoeda do mundo tem desempenho positivo no acumulado do ano, de cerca de 25% em dólares e 20% em reais. Mas, apenas na última semana, a alta supera os 20% em dólares e 18% em reais.

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A escalada do preço do bitcoin reflete uma melhora de perspectiva dos investidores quanto à postura do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, em relação à taxa de juros. Nesta semana, dados econômicos dos Estados Unidos reforçaram a visão de que o fim do ciclo de aperto monetário no país pode ser antecipado.

O principal destaque foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), que recuou 0,1% em dezembro, acumulando 6,5% em 12 meses, em linha com o esperado pelo mercado. Já as expectativas para a inflação em um ano caíram de 4,4% para 4,0%.

Em adição a isso, em sua fala na última semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, não deu nenhuma indicação negativa sobre a política monetária, o que, por ora, foi um alívio para os mercados.

A alta de juros nos Estados Unidos é o principal fator a reduzir a atratividade de ativos de risco, como ações e criptomoedas, dado que aumenta a rentabilidade dos títulos públicos americanos, considerados os ativos mais seguros do mundo.

A visão majoritária entre os especialistas em criptomoedas é de que o pior do Grande Inverno Cripto ficou para trás, uma vez que agora o Fed deve começar lentamente a reduzir o seu aperto monetário, de forma a levar a inflação americana a convergir novamente para a meta.

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