A semana de quatro dias úteis vem se tornando um sonho cada vez mais próximo da realidade. Do outro lado do planeta, os trabalhadores da Australásia — região que inclui Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné e algumas ilhas da Indonésia — foram os últimos a experimentar a semana mais curta.
Os resultados do experimento foram divulgados nesta semana pela organização 4 Day Week — que coordenou os testes da semana de quatro dias no Reino Unido e é responsável pelo estudo no Brasil —, em parceria com a Boston College.
Por lá, a jornada de 32 horas semanais, sem a redução dos salários, durou seis meses e contou com a participação de 26 empresas.
E, entre os resultados, está a adesão (quase) total da semana mais curta de forma permanente. Cerca de 95% das companhias — ou seja, 24 empresas — que realizaram o teste-piloto estão interessadas em continuar com a semana mais curta.
Resultados da semana de quatro dias na Australásia
O relatório dos resultados da 4 Day Week Australasia apontou uma série de benefícios observados no teste-piloto.
Entre as vantagens estão a redução das demissões durante o período do experimento. Bem-estar, produtividade e equilíbrio entre a vida profissional e pessoal também foram listados pelo estudo. Confira alguns números:
- 54% dos trabalhadores relataram um aumento em sua capacidade de trabalho atual;
- 38% dos funcionários se sentiram menos estressados;
- Redução média de 44% nas ausências no trabalho;
- Redução de 9% nas demissões;
- 11% dos funcionários afirmaram que nenhum valor em dinheiro os faria voltar a trabalhar cinco dias por semana.
Além disso, os trabalhadores das empresas participantes do teste relataram que o tempo gasto entre o deslocamento da residência ao trabalho diminuiu 36 minutos, em média, por semana.
E, ainda segundo o relatório, os benefícios também foram observados em casa. A participação, por exemplo, dos homens em relacionamentos heterossexuais nos afazeres domésticos aumentou cerca de 27%.
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Semana mais curta vai chegar ao Brasil?
O Brasil será o próximo país a experimentar a semana de quatro dias úteis organizada pela 4 Day Week.
O experimento deve acontecer ainda este ano, no segundo semestre. Segundo o calendário previsto, as companhias que quiserem fazer parte do teste receberão mais informações sobre o programa; os treinamentos preparatórios começam em setembro para as participantes.
Então, o teste-piloto da semana menor será adotado, efetivamente, a partir de novembro deste ano.