Mal conseguiu um alívio com a renegociação da dívida com os credores de debêntures, a CVC (CVCB3) enfrenta agora um novo percalço. Isso porque Marcelo Kopel, diretor financeiro e de relações com investidores da rede de agências de turismo, decidiu deixar a companhia.
A CVC não informa as razões da saída do executivo, que esteve à frente do processo de renegociação da dívida. Enquanto a empresa não arruma um substituto, o CEO Leonel Andrade vai acumular o cargo de forma interina.
A primeira reação dos investidores à notícia é negativa. No pregão desta terça-feira da B3, as ações da CVC (CVCB3) recuavam mais de 4% por volta das 10h25, uma das maiores quedas entre os papéis que compõem o Ibovespa.
Uma das maiores vítimas corporativas da pandemia da covid-19, a CVC vem passando por um longa reestruturação. Dentro desse processo, a companhia já precisou renegociar a dívida duas vezes e teve de recorrer a um aumento de capital.
E a arrumação nas finanças ainda não terminou, já que a renegociação mais recente com os credores — concluída no mês passado — prevê a realização de um aumento de capital de pelo menos R$ 125 milhões até novembro deste ano.
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CVC: dados operacionais melhores
Por outro lado, os números operacionais mais recentes mostram uma melhora nos números da CVC. Em janeiro deste ano, por exemplo, a empresa registrou um volume de reservas confirmadas de R$ 1,35 bilhão, alta de 90% em relação ao mesmo mês de 2022.
Resta saber se essa recuperação vai se refletir nos resultados do primeiro trimestre, que devem sair no próximo dia 9 de maio. Nos últimos três meses do ano passado, a CVC registrou prejuízo de R$ 96,8 milhões.