XP Properties (XPPR11) desaba na B3 após corte de 66% nos dividendos; veja o que afeta os rendimentos do fundo imobiliário
A previsão do depósito na conta dos investidores, que foi de R$ 0,30 por cota na última distribuição, desceu para R$ 0,10 por cota nos pagamentos futuros.
![fundo imobiliario fii IRDM11 dividendos fundos imobiliários](https://media.seudinheiro.com/uploads/2022/09/fundo-imobiliario-fii-628x353.png)
Os fundos de investimento imobiliário ficam mais populares a cada ano porque unem duas paixões dos brasileiros: o investimento em imóveis e dinheiro pingando na conta todos os meses na forma de dividendos.
Por isso, qualquer notícia que ameace um desses dois elementos costuma ser desastrosas para as cotações dos FIIs no mercado secundário.
No caso do XP Properties (XPPR11), um dos destaques negativos desta quarta-feira (1), foi um anúncio de redução dos proventos a serem pagos nos próximos meses o responsável pelo tombo.
O fundo de escritórios comunicou ontem a expectativa de corte de mais de 66% em seus dividendos. A previsão do depósito na conta dos investidores, que foi de R$ 0,30 por cota na última distribuição, desceu para R$ 0,10 por cota nos pagamentos futuros.
Com isso, as cotas XPPR11 chegaram a cair mais de 9% na abertura do mercado na B3 e, por volta das 14h30, ainda despencavam 6,5% na B3, a R$ 28,22.
- Por que estamos no momento ideal para poder ganhar dinheiro com dividendos? O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para te ensinar como buscar renda extra com as melhores ações pagadoras da Bolsa. [ACESSE AQUI GRATUITAMENTE]
Vacância elevada está por trás do corte de dividendos
Apesar da reação negativa, o corte não deve ter surpreendido quem acompanha o XP Properties há mais tempo.
No último relatório gerencial, divulgado no final de janeiro, a gestão já havia antecipado que, “em função do cenário bastante desafiador”, o fundo estava sujeito a “eventuais reduções na distribuição de rendimentos ao longo do ano”.
O “cenário desafiador” mencionado no documento é formado principalmente pelo elevado nível de vacância física do portfólio. Cerca de 46% da área total disponível para locação encontra-se vaga atualmente.
Vale relembrar que o segmento de lajes corporativas, no qual o FII se insere, foi um dos mais afetados pela pandemia de covid-19 e ainda não se recuperou totalmente do crescimento na adoção do home office.
Regiões como a da Avenida Faria Lima, em São Paulo, estão aquecidas, mas o setor ainda sofre com a desocupação elevada em regiões mais afastadas do centro financeiro do país.
O XP Properties detém uma fatia de dois imóveis no entorno da avenida em questão, mas os outros três edifícios do portfólio estão em locais mais afastados e correspondem a maior parte da vacância do portfólio.
Alavancagem financeira também atrapalhou o resultado do FII
Outra ameaça para os dividendos do fundo imobiliário é o início do pagamento de obrigações financeiras contraídas para a compra de imóveis.
Encerrou-se no último mês o período de carência de dois dos quatro Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) vinculados à carteira do FII. Ou seja, o XPPR11 deverá iniciar o pagamento do saldo devedor dos títulos, que totaliza pouco mais de R$ 202 milhões.
A gestão do fundo destaca que já tem adotado algumas estratégias para mitigar o impacto da despesa financeira nos resultados. Uma delas foi a venda de um dos andares do Edifício Santa Catarina em dezembro do ano passado. A transação renderá R$ 19,3 milhões para o caixa do FII.
O XP Properties negocia ainda a venda de uma fatia de sua participação nos Edifícios Faria Lima Plaza, Módulo Rebouças, Box 298, Itower por cerca de R$ 200 milhões.
Além disso, o FII segue em seus esforços de locar áreas atualmente vagas no portfólio. “O pipeline de potenciais locações é composto por 16 mil m² para a região de Alphaville e 4 mil m² para a Faria Lima, ambos com média probabilidade de conversão”, detalha a gestão.
Ações da Usiminas (USIM5) despencam 23% após balanço; é hora de fugir dos papéis ou aproveitar o desconto?
A performance reflete números abaixo do previsto pelo mercado para o segundo trimestre de 2024
Alívio para a BRF (BRFS3) e a JBS (JBSS3)? Brasil vai declarar fim do foco da doença de Newcastle no RS — mas há obstáculos no caminho
Apesar do fim do foco da doença no Rio Grande do Sul, as exportações não devem ser imediatamente retomadas; entenda o que está em jogo para o Brasil agora
Fundo imobiliário TRXF11 entra para o setor de saúde com acordo de R$ 621 milhões para construir novo hospital para o Einstein
O FII comprou um imóvel localizado no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo, que deve ser locado para o Einstein por 20 anos
PIB americano alimenta apetite do mercado por risco; confira o que o dado provocou na cotação do ouro em Nova York
Valorização do iene e do franco suíço contribuíram para o desempenho do metal precioso
Retorno de até 200% e dividendos isentos de IR: cinco fundos imobiliários que renderam mais do que imóveis residenciais nos últimos anos
Os FIIs se consolidaram como uma alternativa para lucrar com imóveis com mais liquidez e menos burocracia
R$ 570 milhões por uma fatia de um prédio: por que o fundo imobiliário KNRI11 aceitou desembolsar milhões por pouco mais da metade de um edifício corporativo em SP
O FII anunciou na última quarta-feira (24) a compra de 57% da Torre Crystal por R$ 570,8 milhões
Não vejo excesso de otimismo no mercado americano hoje, diz Howard Marks, o ‘guru’ de Warren Buffett
Em evento em São Paulo, gestor da Oaktree disse que euforia se concentra em um punhado de ações de tecnologia e que ações estão um pouco caras, mas nada preocupante
S&P 500 e Nasdaq têm o pior desempenho em dois anos e arrastam a Nvidia (NVDC34) — quem é o culpado por esse tombo?
Os vilões das baixas foram duas gigantes norte-americanas, que causaram um efeito dominó e pressionaram todo um setor; por aqui, dólar renovou máxima e Ibovespa terminou o dia em baixa
O mercado de ações dos EUA está caro, mas há oportunidades: veja as principais apostas da gestora do JP Morgan para o 2º semestre
Para Mariana Valentini, da JP Morgan Asset Management, é necessário diversificar a carteira de investimentos — e outros países além dos EUA podem ser uma boa pedida agora
Fiagro salta mais de 30% e registra o maior retorno do ano; confira o ranking dos fundos agro mais rentáveis de 2024 até agora
De acordo com um levantamento da Quantum FInance, oito fundos da classe acumulam um retorno positivo neste ano