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Pão de Açúcar (PCAR3) quer devolver galpão do fundo imobiliário BRCO11; contrato prevê multa salgada, mas rescisão deve afetar dividendos do FII

Grupo Pão de Açúcar GPA PCAR3

Fachada de loja do Pão de Açúcar

Pouco mais de quatro meses após o Bresco Logística (BRCO11) encerrar uma briga judicial com o Grupo Pão de Açúcar (GPA) que começou após uma tentativa de rescisão antecipada de aluguel, o fundo imobiliário comunicou ter recebido um novo pedido do GPA para o fim de uma locação antes do final do contrato.

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Segundo um fato relevante enviado ao mercado na última terça-feira (18), a companhia quer devolver 100% do Imóvel GPA CD04 São Paulo, que tem mais de 35,5 mil metros quadrados. O Pão de Açúcar ocupa o imóvel desde 2018 e o acordo entre as partes possui vigência até 1º de agosto de 2028.

A gestão do Bresco Logística destaca que o contrato prevê um aviso prévio de nove meses para a
desocupação e indenização equivalente a três vezes o valor do aluguel vigente, proporcional ao prazo remanescente.

Mas, mesmo com a multa, deve haver impacto financeiro para o FII, já que o imóvel representa 9,1% da área bruta locável (ABL) do portfólio do BRCO11 e cerca de R$ 0,09 do resultado financeiro.

Com a notícia, o fundo imobiliário opera em queda nesta quarta-feira (18). Por volta das 13h, as cotas recuavam 1,05% na B3, a R$ 123,93. Já as ações PCAR3 caíam 2,44% no mesmo horário — acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.

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Vale destacar que o Grupo Pão de Açúcar passa por uma reestruturação que inclui venda de ativos não essenciais e a redução de despesas que visa incrementar a eficiência. O processo englobou também a cisão bilionária com a rede colombiana de supermercados Éxito.

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GPA e BRCO11: como terminou a última rescisão antecipada?

Vale relembrar que o último pedido de rescisão antecipada do GPA ao Bresco Logística terminou nos tribunais. Após meses de disputa, ambas as partes celebraram em junho deste ano um acordo para encerrar a discussão.

A empresa concordou em pagar R$ 12 milhões ao BRCO11, que cobrava judicialmente uma indenização pela rescisão antes do prazo previsto no contrato.

Além da compensação financeira, o acordo também formalizou a renovação do aluguel do imóvel alvo da disputa por 60 meses contados a partir de 1º de agosto deste ano. O valor mensal pago pelo GPA passou para R$ 1,35 milhão, cifra 13,2% superior ao valor vigente de locação.

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