A Moat Capital, gestora de alguns dos fundos de ações que mais sofreram após a divulgação da inconsistência contábil das Americanas (AMER3) no dia 11 de janeiro, informou que se desfez de todo o seu investimento nos papéis da companhia.
Em nota, a asset diz que "encerrou as posições de todos os seus fundos em ações ordinárias das Lojas Americanas. Ressalta, mais uma vez, que fará tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir e resguardar nossos direitos pelas perdas enquanto éramos acionistas minoritários."
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Dois produtos da Moat figuram na lista dos fundos com maior exposição recente às ações AMER3. Inclusive, um deles, o Moat Capital FIC FIA, ocupa o primeiro lugar, com uma participação das ações das Americanas na carteira correspondente a 7,29% em 30 de dezembro de 2022, data do último portfólio divulgado publicamente.
Sua cota se desvalorizou 6,83% no dia 12 de janeiro, dia seguinte da divulgação do fato relevante informando sobre o rombo no balanço da varejista, então estimado em R$ 20 bilhões. Naquela data, os papéis AMER3 despencaram mais de 70% na B3.
Já no multimercado Moat Capital Long Bias FIC FIM, a participação das ações de Americanas na carteira chegava a 5,13% no dia 30 de dezembro de 2022, e a sua cota caiu 3,52% em 12 de janeiro.
Do dia 11 de janeiro para cá, os papéis das Americanas já despencaram mais de 83% na bolsa. Mas não foram apenas as ações que sofreram; as debêntures, títulos de dívida da companhia, também se desvalorizaram e deram prejuízo aos fundos de renda fixa que investem nesses papéis. A varejista, aliás, já deu os seus primeiros calotes em debêntures.